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A Família Madrigal: a família de todos

quinta-feira, 16 de junho de 2022
Imagem de dgabc.com.br

Adoro ver filmes de animação e, chamem-me lamechas, acabo sempre por chorar em quase todos. Mais do que filmes para crianças, na realidade eles trazem uma mensagem para todos nós, adultos.

A Família deve ser o nosso porto de abrigo. O “local” onde regressamos sempre que o dia é mais desafiante ou quando rejubilamos por mais uma etapa vencida. É o LAR que nos acalenta nos dias mais exigentes e nos oferece uma limonada nos dias mais solarengos.

Há, no entanto, expectativas que se criam. Papéis que a cada um são atribuídos, implícita ou explicitamente. E há que cumpri-los.

Acontece que nem sempre, para alguns elementos isso é possível sem deixarem de ser eles próprios. Desajeitados nos dotes musicais, ou na culinária, talvez o seu dom passe por fazer florir uma flor. E isso pode fazer os mais velhos sentirem-se defraudados nas expetativas que criaram.

Encanto é um filme de animação do mais doce, realista e emocionante que já vi. Retrata a Família Madrigal e todos os seus dons e defeitos.

Ele contem várias mensagens, nomeadamente o facto de que cada elemento deverá poder ser o que é na verdade e não o que outros acham que deva ser. Se não pudermos ser espontâneos no nosso LAR, onde poderemos ser?

Mas a mensagem mais importante é mesmo o AMOR. Sim, o AMOR que sempre prevalece quando damos oportunidade ao outro de ser ESCUTADO.

Mais uma vez o nosso lema aqui presente: Família, onde a vida começa e o amor nunca acaba.

 

Ainda não tiveram oportunidade de ver o filme? Não percam nem mais um minuto e vão buscar as pipocas.

Se já viram, qual a principal mensagem que ficou?

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Dentes de leite

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Os dentes decíduos, como se chamam tecnicamente, são popularmente chamados de "dentes de leite". Isto porque a sua coloração é mais branca que a dos dentes definitivos ou permanentes, fazendo lembrar o leite. 

Estes dentes começam a ser formados ainda durante a gravidez, logo nas primeiras semanas, estando a sua formação dividida em 3 etapas ao longo deste período. Daí ser tão importante a grávida vigiar bem a gravidez e ter, também ela, os devidos cuidados com os seus dentes. Sobre este tema, pode encontrar mais informação no artigo redigido pel' o pai, a mãe e eu aqui.

Os dentes de leite tendem a começar a nascer a partir dos 6 meses e terminam por volta dos 2 - 3 anos. É importante referir que estas idades são marcos variáveis, dado que crianças diferentes apresentam desenvolvimento diferente. 

Nesta fase totalizam 20 dentes, sendo 8 incisivos, 8 molares e 4 caninos, que nascem por etapas, tal como está presente na imagem em baixo. 

Fonte: desconhecida

Outra das diferenças relativamente à dentição decídua e permanente é que na primeira não existem dentes pré-molares.


Os sinais de que os dentes começam a querer romper a gengiva são:

  • saliva mais abundante e por vezes mais espessa;
  • gengivas mais "grossas" e poderão estar mais vermelhas (isto porque há um processo inflamatório associado);
  • maior irritabilidade do bebé (por desconforto/ dor);
  • o bebé leva todos os objetos e/ ou dedos à boca para poder "coçar" as gengivas;
  • eventualmente poderá haver uma rejeição da comida;
  • sono com muitas interrupções por dor/ desconforto.
Esta fase de nascimento dos dedos é, na maioria dos casos, bastante stressante para o bebé e para a família.


Por isso, o que poderá fazer para atenuar o desconforto? 
  • Caso amamente, faça gelado de leite materno. O frio ajudará a aliviar o desconforto que o bebé tem na boca.
  • Ofereça os mordedores que podem ir ao frigorífico/ congelador. Terá o mesmo efeito do gelado de leite materno e a criança também beneficiará das rugosidades que esse mordedor tem. 
  • Coloque soro fisiológico no frio e quando ele estiver a uma temperatura mais baixa, embeba uma compressa e passe na gengiva do bebé.
  • Opte por refeições mornas, iogurtes,... Isso ajudará a não aumentar a temperatura da boca e consequentemente o desconforto. 
  • Fale com a enfermeira/ pediatra/ médico assistente para saber a opinião sobre administrar paracetamol para alívio da dor. 

Após o nascimento dos dentes, é preciso ter algum cuidado especial?

Existe ainda a ideia de que estes dentes não são propensos a cáries e, caso eventualmente apareça, em nada são influenciados os dentes definitivos ou permanentes. Pois bem, na verdade esta conceção é um mito e sobre isso, a Dra. Sofia Arantes e Oliveira escreveu para o pai, a mãe e eu e pode encontrar informação aqui.

É importante que cuidem destes dentes tão bem quanto cuidarão dos dentes permanentes. Estes devem ser escovados pelo menos duas vezes ao dia (preferencialmente de manhã e antes de ir dormir), com pasta de dentes com flúor na quantidade de 1000 a 1500 ppm, tal como abordei no artigo sobre cáries. Nesse artigo poderá ler esta e outras dicas para uma adequada higiene oral. 

É importante não esquecer que dentes saudáveis são sinónimo de criança saudável e feliz. Os dentes não servem apenas para a mastigação. Eles têm também influência na fala. Há que preservá-los. 


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Como diminuir a dor da vacina?

quinta-feira, 28 de abril de 2022

 Os procedimentos dolorosos, ocorram eles em que momento da vida ocorrerem, são situações que promovem stress. Stress nas crianças e nas famílias que assistem com a frustração provocada pela ideia de que nada podem fazer.

Antigamente pensava-se que quanto mais pequena e prematura fosse a criança, menor a sua sensibilidade à dor. Pensamento completamente incorreto e já com vários estudos realizados que o inviabilizam.

Numa Neonatologia ou outro serviço de internamento em pediatria dispomos de medidas não farmacológicas (à parte a contenção, luminosidade, etc) que podemos utilizar e que ajudam na minimização deste stressor.

Nos centros de saúde não dispomos dessas alternativas, mas há sempre técnicas que poderemos utilizar e que são medidas não farmacológicas que denunciam boas práticas de cuidados. Vamos então enumera-las.

- Amamentação: Amamentar o seu bebé durante a realização do teste do pezinho ou durante a administração de vacinas diminui consideravelmente a sensação de dor. Acontece que, a partir dos 4 meses esta medida poderá começar a deixar de ser uma medida eficaz, dado que o bebé começa a ficar mais atento ao que o rodeia, deixando de mamar assim que alguém se aproxima.

- Chupeta: caso não amamente ou o seu filho utilize a chupeta e seja uma forma de o acalmar, esta consegue fazer magia e regular a criança nesta altura.

- Contenção e tom de voz (antes dos 12 meses de vida do bebé): a alternativa à amamentação, caso isso não coloque em causa a segurança de nenhum dos intervenientes (pais, bebé, enfermeira), é mesmo a contenção. Pode pegar no seu bebé ao colo e aconchega-lo, falar-lhe docemente e encorajá-lo.

Assim que o bebé completa 12 meses de vida, as vacinas deixam de ser administradas nas pernas e passam a sê-lo nos braços.

Nesta altura a contenção, o abraço, é fundamental.

É importante saber que a sua reação perante este procedimento influenciará sobremaneira a forma como o seu filho reagirá. Por isso mantenha o tom de voz tranquilo e baixo, a contenção que faz com que perceba que está ali para ele e a apoiá-lo. No final, independentemente da reação que ele tiver, elogie-o. Diga-lhe que foi muito corajoso e que não tem mal chorar. Que percebe que tenha sido doloroso e que entende que essa foi a melhor forma que encontrou para se expressar.

Dependendo da idade da criança, poderá prepará-lo para o procedimento que terá lugar no dia a seguir ou daqui a alguns minutos (para as crianças mais pequenas).

É importante que a criança se sinta compreendida, apoiada e respeitada, já que a vacinação é o "bicho-papão" dos mais pequenos (e de alguns graúdos também).


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A vacina Rotavírus

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Hoje falo sobre a vacina do Rotavírus, vacina que protege contra as gastroenterites.

É importante desmistificar uma situação. Esta vacina não evita que o seu filho venha a ter gastroenterites. O que acontece é que ela protege da severidade da situação.

É uma vacina que atualmente apenas é gratuita para alguns bebés considerados de risco, nomeadamente os bebés prematuros que tenham nascido com menos de 32 semanas e/ ou com baixo peso (< de 2500g), não podendo estar internados na altura em que devem ser vacinados.

É importante ainda saber que com > 27 semanas poderão fazer Rotarix e com 25 semanas ou mais deverão fazer Rotateq.

Em que diferem estas duas marcas da mesma vacina? Principalmente em dois aspetos:

- no número de doses (Rotarix é de duas doses e Rotateq 3 doses);

- a Rotarix é uma vacina atenuada e a Rotateq é uma vacina viva.

 
É importante ainda alertar que esta vacina, independentemente da marca, tem idade mínima para começar e terminar o esquema.

Por isso, abordem esta questão com a Enfermeira, Médico Assistente e/ ou Pediatra pelo menos no primeiro mês de vida, já que o seu início deverá ser aos 2 meses de vida. 

Alertar para o facto de que, embora esta vacina seja oral (na boca), esta deverá ser administrada no Centro de Saúde (ou Hospital), por um profissional de saúde. 

Por último, apenas alertar para os cuidados a ter após administração.

Se estamos a vacinar contra a gastroenterite, os sintomas que se poderão verificar no bebé são os desta doença. Por isso falamos de vómitos, diarreia e eventualmente febre. Poderá, tal como acontece com as outras vacinas, não ter qualquer tipo de sintomatologia.

Da vossa parte, pais, avós, amas, educadoras e auxiliares, o que necessitam fazer é lavar muito bem as mãos após mudar a fralda a este bebé. 

As fraldas deverão ir para um saco à parte do lixo doméstico, para evitar contaminação de quem recolhe o lixo, caso o saco se rompa.

Não esqueçamos do tema da campanha. “Vacinas: Na procura de uma vida longa e saudável.”


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Vacinas na Prematuridade

terça-feira, 26 de abril de 2022

Ao contrário do que se possa pensar, o esquema vacinal nas crianças prematuras inicia-se tendo em conta a idade cronológica, como é indicação da DGS (Direção-Geral da Saúde). Portanto, se a criança nasceu há 2 meses quer dizer que está na altura de continuar com o PNV (Plano Nacional de Vacinação), tal como os bebés de termo.

No entanto, existem 2 exceções que poderão significar o atraso da administração das primeiras vacinas e, consequentemente, das vacinas dos 2 meses.

As primeiras vacinas de qualquer bebé são a BCG (Vacina contra a Tuberculose) e a VHB (Vacina contra a Hepatite B), embora em boa verdade, a BCG só se esteja a administrar a crianças consideradas elegíveis, porque pertencem ao que denominamos grupos de risco.

A exceção no caso do bebé prematuro é que a BCG (caso pertençam ao grupo de risco) só pode ser administrada quando alcançar os 2kg. Pode ser administrado até aos 12 meses, sem ser necessária outra intervenção ou teste.

No caso da VHB, que no bebé de termo é dada no dia em que nasce ou antes de ter alta da maternidade, só poderá ser administrada assim que o bebé prematuro adquirir 2Kg ou um mês de vida (aquele que alcançar primeiro).

Para estas e restantes vacinas, dever-se-á ter em conta a situação de saúde do bebé e a idade gestacional. Isto porque, um bebés que tenha nascido com 28 semanas ou menos, deverá ser vacinado no hospital, quer esteja ou não internado. É ainda indicação da DGS que permaneça em vigilância durante 6 a 8h de forma a despistar alterações que possam surgir a nível cardio-respiratório.


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Semana Europeia da Vacinação 2022

domingo, 24 de abril de 2022

 Esta semana, com início no dia de hoje, celebra-se mais uma Semana Europeia da Vacinação.

Após um período demasiado desafiante onde a vacinação não evitou as infeções, mas teve com toda a certeza uma diminuição na sua severidade, mais uma vez a vacinação mostrou a sua importância na vida da população.

É um facto que nem todas as crianças (e até mesmo adultos) têm ao seu dispor um Plano Nacional de Vacinação tão completo e gratuito como acontece em Portugal.

É também um facto que com a pandemia, mesmo no nosso país, muitas crianças permanecem com vacinas em atraso, vacinas essas muito importantes para a manutenção da sua saúde.

Este ano, o tema da campanha é “Vacinas: Na procura de uma vida longa e saudável”.

Historicamente falando, as vacinas conseguiram erradicar algumas doenças e diminuir a incidência de outras. No entanto, é importante que continuemos a vacinar os nossos filhos, não só para favorecer a sua proteção individual, como para promover a imunidade de grupo.

Há um artigo publicado aqui no blogue, em 2018, redigido pelo Enfermeiro Ricardo Ferreira e que é denominado Vacinar: Sim ou Não?

Passem por lá e deem uma espreitadela e caso achem pertinente, por favor, façam-no chegar a mais pessoas partilhando-o.

Por aqui, qual a vossa opinião relativamente à vacinação de uma forma geral?

Os vossos filhos têm as vacinas em dia?


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Os medos na infância e adolescência

sábado, 9 de janeiro de 2021

O medo! O medo é um estado emocional que acontece após se tomar consciência do perigo ou ameaça suscitada por algo ou alguém, podendo ele ser real, imaginário ou não passar de uma hipótese. 

E embora se possa pensar que o medo é algo nocivo, por ser limitador, desengane-se! É o medo que promove a capacidade de sobrevivência, ajudando-nos na tomada de decisão e impedindo que nos coloquemos em risco. 

Quem de nós ainda não teve uma situação que o deixou mais receoso ou que quase o paralisou? O mesmo ocorre com a criança, com a agravante desta ser imatura e poder existir uma dificuldade em expressar as suas emoções adequadamente.

É importante ter em atenção também que é normal que a criança apresente os mesmos receios verificados nos seus pais e que para cada etapa do desenvolvimento existam situações características, que promovem o medo na criança. Para a conseguirmos ajudar, é importante que compreendamos o que é o medo e as situações que a podem deixar mais insegura. Só dessa forma vamos conseguir ajudá-la a enfrentá-los e controlá-los. 

Comecemos então por conhecer os medos característicos de cada idade. 


Então o que podemos fazer para ajudar a criança a lidar com estas situações causadoras de medo? Obviamente que as sugestões apresentadas deverão ter em conta a idade da criança. 

  • Nunca ridicularizar a criança;
  • Manter-se tranquilo e acalmar a criança sempre que esta se mostre receosa;
  • Aproximar/expor gradualmente a criança à situação que lhe causa medo ou permitir que ela observe outra criança a lidar favoravelmente com essa situação (por exemplo: brincar com um cão);
  • Ensinar estratégias de relaxamento (exemplo: cantar uma música, contar uma história, dançar, técnicas de respiração, ...);
  • Utilizar o humor, o riso e até a raiva para desmistificar o objeto do medo;
  • Uso de um objeto de segurança (por exemplo: dormir com um peluche);
  • Não utilizar os medos para conseguir obter um comportamento favorável por parte da criança. Por exemplo: "se não comeres tudo, o papão vem buscar-te", "se não te portares bem, a enfermeira dá-te uma vacina";
  • Abordar as preocupações do dia-a-dia com o adolescente e fazer uma escuta ativa. Mais do que conselhos, mostre-lhe que está ali para o ajudar a lidar com a situação da melhor forma. 

Tendo em conta que há medos característicos de cada faixa etária devido à imaturidade inerente, espera-se que estes medos sejam limitados no tempo e reversíveis. No entanto, é importante estar atento às reações das crianças e à evolução da situação. 

Assim sendo, deve preocupar-se se: 

  • o medo for algo muito intenso, assim como a angústia vivenciada pela criança, sendo o objeto do medo evitado ativamente;
  • o medo interfere com as atividades de vida diária e não atenua com técnicas de relaxamento/ distração;
  • a preocupação/ ansiedade se prolonga muito no tempo;
  • o medo não corresponde ao "normal" para a faixa etária;

  • compromete o bem-estar da criança e leva a uma regressão de comportamentos (exemplo: voltar a usar chupeta após longo tempo sem a utilizar). 
É importante também não esquecer que as crianças mais pequenas absorvem todos os comportamentos que observam nos pais e adotam-nos. Portanto, a forma como reagir a determinada situação, será a forma como a criança procederá também. 

No que diz respeito ao adolescente, embora passe com frequência a ideia que não necessita dos adultos, a sua maior ambição é perceber que os pais estarão sempre lá para o apoiar, mesmo que não tenha tomado as melhores decisões. 

Tal como referi no início, o medo faz-nos evitar situações de perigo, mas o nosso caminho é muito mais seguro se soubermos que não o trilhamos sozinhos. 

Em caso de dúvidas deverá sempre procurar ajuda junto dos profissionais de saúde. 


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Aranha, sim ou não?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Qualquer idade é propícia a acidentes, tendo em conta a fase do desenvolvimento e as competências que a criança tem nesse momento, assim como a sua mobilidade. Num futuro próximo abordaremos outros tipos de acidentes, no entanto parece-me ser importante falar sobre os andarilhos, mais conhecidos como aranhas. Sim, ou não à sua utilização?

A partir dos 6 meses a criança já deverá conseguir sentar-se sem apoio e, por isso, terá outra perceção do espaço que a rodeia. Nesta altura já rebola e rasteja, prontinha a começar a gatinhar. Esta maior independência coloca ao seu alcance objetos e situações que a deixam em perigo, enquanto a mãe e o pai piscam um olho. Assim, muitos pais, na melhor das intenções preferem sentar a criança na aranha e deixá-la explorar em… segurança. Mas será que está assim tão segura? Será que realmente a criança aprende a andar mais rapidamente do que se o tentasse fazer sozinha?


Caros pais, sentar a criança numa aranha é igual a sentá-la no automóvel, sem cinto de segurança.

Sabia que as quedas são uma das principais causas de acidentes mortais, na Europa, em crianças com idades entre os 0 e os 19 anos?

Sabia que uma das causas das quedas são as aranhas e que 90% dos danos causados são na cabeça e que, destes últimos, mais de 30% correspondem a danos cerebrais?

Assustadores estes números, não são? Também o são para a European Child Safety Alliance e para a ANEC (entidade europeia certificadora). E, por isso, desaconselham totalmente o uso das aranhas, já que para além de não promoverem o desenvolvimento da marcha nas crianças, também demonstraram aumentar exponencialmente o risco de acidentes a nível cerebral (como já referido).

Para além das quedas, o uso de aranhas/ andarilhos poderão levar a:

- queimaduras – a criança está mais elevada, consegue alcançar lugares mais altos e com isto, facilmente alcança fornos, puxa toalhas da mesa onde já estão recipientes com conteúdo quente, …;

- envenenamento -  exatamente pelos mesmos motivos descritos na situação anterior. Como se encontra mais elevado, tem acesso a lugares que de outra forma estariam ligeiramente mais inacessíveis.

É importante referir ainda que, de estudos realizados, os acidentes ocorrem maioritariamente sob observação dos pais. E embora pareça descabido, a razão deve-se ao facto de, nas aranhas, a crianças consegue percorrer uma maior distância, num menor espaço de tempo. O que dificulta a tarefa dos pais em alcança-los e evitar o acidente.

Para além disso, temos a questão do desenvolvimento físico. Se pensarmos bem, muitas crianças que são sentadas nas aranhas, ainda têm a perna curta, pelo que começam a “andar” em bicos de pés de forma a conseguirem movimentar a aranha. Esta situação associada a uma incorreta postura da anca poderá levar a problemas futuros na marcha.

Devido a todas as intercorrências verificadas ao longo dos anos, o Canadá foi o primeiro país a proibir a venda e utilização de aranhas, em 2004.

E se não pode utilizar as aranhas, como pode fazer para ajudar o seu filho a andar?

Para responder a esta, coloco outra questão. Como faziam os nossos pais para nos ajudar no desenvolvimento da marcha ou como fazemos nós com os nossos filhos, quando não temos aranha disponível?

Pois é! Não há nada melhor do que o deixar explorar o ambiente. Proteja-o de todos os locais que poderão suscitar perigo e deixe-o andar pela casa. Por norma, as primeiras vezes que se irá levantar, será apoiando-se no sofá ou num móvel. Garanta que o móvel não pode tombar e para isso tente fixá-lo o melhor possível à parede, por exemplo.

Dedique-lhe algum tempo e ampare-o na marcha. Ele irá adorar!

No fundo, é permitir que, no tempo dele, consiga dar os primeiros passos, sem recorrer a objetos que podem comprometer o adequado desenvolvimento e a saúde e bem-estar.

Nem tudo o que é “à moda antiga” é mau.

E por aqui desejamos uns felizes primeiros passos… em segurança.

 

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Ortoptista - o que é?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Ortoptista... a palavra difícil e a profissão que poucos sabem o que é. 

A licenciatura em Ortóptica atribui a qualificação para o exercício profissional independente e autónomo, cujo conteúdo funcional se rege pelos Decreto-Lei nº. 564/ 99 de 21 de dezembro; Decreto-Lei nº. 261/ 93 de 24 de julho e Decreto-Lei n.º 320/ 99 de 11 de agosto e pelo Despacho n.º 3207/ 2012 de 3 de dezembro. Os profissionais licenciados em Ortóptica enquadram-se na categoria de Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutica. 

Após esta "explicação legal", vamos simplificar! 

A palavra Ortóptica deriva do grego "ortho optikos" que significa "olhos direitos". Por aqui podemos entender que umas das principais áreas de intervenção é o estrabismo. Na verdade, a profissão, pelo nome que é conhecida até aos dias de hoje, foi criada exatamente com base no estrabismo. O ortoptista era um profissional de saúde que tratava as disfunções da visão binocular. Atualmente, essa continua a ser uma área nobre de atuação dos ortoptistas. No entanto, o trabalho que desempenhamos tornou-se muito mais amplo e dinâmico. 

Enquadrados em equipas multidisciplinares, na área de oftalmologia, os ortoptistas exercem funções tanto no setor público, como no setor privado. São responsáveis pela realização dos exames complementares de diagnóstico, podem realizar consultas de optometria e contactologia, trabalhar em centros de investigação, em áreas responsáveis pela baixa visão, treino visual e lecionar. Participam também em programas de rastreio, como o Rastreio Nacional de Retinopatia Diabética e os rastreios de deteção de fatores ambliogénicos, em idade pré-escolar. Isto faz com que, numa grande maioria das vezes, estes profissionais sejam uma primeira linha de contacto com a população. 

O mais provável é já se ter cruzado com um ortoptista, simplesmente não sabia é que era este o nome da sua profissão. 

E qual a importância da Ortóptica e de um Ortoptista?

São diversas as patologias oculares, assim como sistémicas, que podem provocar alterações na motilidade ocular. Desta forma, a Ortóptica propriamente dita, continua a ter um papel fundamental nos dias de hoje. 

Nas crianças é necessário garantir um diagnóstico precoce, de modo a que o tratamento seja o mais eficaz possível, permitindo que a criança tenha um correto desenvolvimento visual. Em adultos, uma das principais causas de estrabismo é o traumatismo e lesões nos pares cranianos, como consequência de doenças sistémicas. Logo, um acompanhamento próximo e estreito pode fazer toda a diferença. Grande parte das patologias oftalmológicas apresentam melhores prognósticos se detetadas precocemente. Fazendo os ortoptistas parte dos cuidados primários de saúde, são muitas das vezes estes profissionais que sinalizam situações urgentes e fazem um primeiro acompanhamento. 


Joana Azevedo

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Joana Azevedo

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

 

A Joana Azevedo tem 31 anos e é Ortoptista. 

A visão é uma das suas maiores paixões, o que a levou a licenciar-se em Ortóptica, na Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto. O seu percurso profissional foi sempre feito na área da visão, quer na parte comercial, quer na parte de prestação de cuidados primários de saúde. 

Atualmente encontra-se a trabalhar na Opticalia de Amarante, onde realizo consultas de optometria, contactologia, avaliações ortópticas, terapia visual, entre outras. 

Um dos seus principais objetivos é tornar a sua profissão mais conhecida e, para isso, criou uma página no Instagram (@ortoptista_joanaazevedo), onde diariamente explica o que é a Ortóptica e o que faz um Ortoptista. Uma das missões da sua página é a partilha de conteúdo informativo, de forma lúdica e elucidativa.

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