Leituras de Natal
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
As férias de Natal estão aí e a magia do Natal faz parte do imaginário das nossas crianças. É por excelência uma época de partilha, afetos e nada melhor do que a leitura para expressar sentimentos e, claro está, aprender mais e melhor.
Nestas férias partilhe momentos mágicos com o seu filho, porque ler em conjunto é divertido e reforça laços familiares. Os contos, histórias e lendas natalinas são incontáveis. São histórias que fazem sonhar com os dias mágicos de Natal cheios de presentes e de momentos especiais em Família.
- Escolha um conto de acordo com a personagem do agrado do seu filho, ou então, de acordo com os valores que lhe quer transmitir. Crie um disfarce simples, por exemplo um nariz de rena e deixe a imaginação por conta dele.
- Através da leitura viaje com ele até ao Polo Norte e de forma emotiva e brincalhona leia com o seu filho poemas e textos descritivos sobre aquele grande senhor, o Pai Natal.
- Imagine, com ele, todos os cheiros e sabores de uma bela ceia de Natal lendo receitas típicas de Natal e, se possível, ponha em prática os seus dotes culinários.
- Incentive-o à partilha dos livros com os colegas, fale de amor e solidariedade para com o próximo.
- Façam o presépio juntos e de seguida leiam uma história sobre o nascimento do Menino Jesus, ensinando-lhe o verdadeiro significado do Natal.
- Adquira um advento de 25 histórias e leia, até ao Natal, uma história diferente ao seu filho.
- Decore a árvore de Natal com letras coloridas e alusivas ao Natal ou faça uma árvore de Natal com os livros dele.
- Compre as prendas com a ajuda do seu filho, dando prioridade aos livros.
- Ofereça livros/ contos de Natal.
- Visite uma biblioteca e requisite livros. Informe-se sobre as atividades desenvolvidas pela biblioteca, para crianças, nesta época natalícia.
- Oriente o seu filho na descoberta de palavras da área vocabular de Natal (exemplo: árvore de natal, bolas, estrelas, anjos, etc.) e com estas palavras inventem uma história diferente. Ainda com estas palavras, relembre as letras que ele já aprendeu e leve-o à descoberta das outras.
Não se esqueça que uma criança amada é uma criança feliz e, assim sendo, aprende mais e melhor!
Feliz Natal e Bom Ano!!!
Teresa Alexandre
Cupcakes Natalícios: para miúdos e graúdos
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Este mês, na rubrica Comer bem... Crescer melhor, trazemos-lhe, como não poderia deixar de ser, uma receita natalícia!
O envolvimento dos mais pequenos nesta tarefa é uma ótima forma de criar momentos de qualidade em família bem como de despertar o seu interesse pela culinária e promover o consumo de determinados alimentos. Pode também aproveitar para ir abordando os benefícios e a importância dos ingredientes que vai adicionando, criando também um momento de aprendizagem!
Os elementos chave desta receita são a abóbora, a cenoura, as nozes e a canela. Bem natalícios e saudáveis! Ora vejamos:
- Abóbora e cenoura: são dois hortícolas ricos em carotenóides, pigmentos que lhes conferem a cor alaranjada, sendo que o beta-caroteno é aquele que se apresenta em maior quantidade. Esta substância é precursora da vitamina A, essencial a um bom funcionamento do sistema imunitário, a uma boa visão e saúde da pele; em ambos os casos destaca-se ainda o teor em potássio, importante para a regulação da pressão arterial;
- Nozes: apesar de serem bastante calóricas, à semelhança de outros frutos gordos tão consumidos nesta época natalícia, como o caju, o amendoim e o pinhão e, por isso, ser necessária uma atenção redobrada em relação às quantidades consumidas, são excelentes fornecedoras de ácidos gordos ómega 3, essenciais a um bom desenvolvimento cardiovascular e cerebral. Contêm ainda quantidades significativas de minerais como o magnésio, potássio, fósforo e zinco e de vitaminas B1 e B6;
- Canela: esta especiaria, tão presente nesta época, possui importantes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e parece contribuir para a normalização da glicemia e do perfil lipídico, beneficiando, assim, a saúde cardiovascular. Para além disso, confere um sabor único a qualquer preparação!
Receita (10 queques)
Ingredientes:
- 125g de cenoura;
- 125g de abóbora-menina;
- 2 ovos;
- 75g de farinha de aveia (ou flocos de aveia triturados);
- 75g de farinha de trigo com fermento (ou adicionar 1 colher de chá de fermento);
- 40g de nozes;
- 3 colheres de sopa de azeite;
- 3 colheres de sopa de mel;
- sumo de meia laranja;
- 3 colheres de chá de canela em pó;
- 1 colher de café de sal.
Modo de preparação:
- Descasque a abóbora e a cenoura e corte em pedaços. Coloque num tacho com um pouco de água (se colocar em excesso estará a favorecer a perda de nutrientes e de sabor) e deixe cozer. Após a cozedura, escorra o excesso de água e, com a ajuda de uma varinha mágica, reduza a puré.
- Num recipiente, misture as farinhas, a canela, o sal e as nozes trituradas a gosto.
- Noutro recipiente, bata os ovos e adicione o mel, o sumo de meia laranja e o puré previamente preparado. Mexa bem e misture este preparado aos ingredientes secos.
- Distribua a massa por forminhas e leve ao forno, previamente aquecido a 180ºC, durante cerca de 25 minutos.
- Polvilhe os queques com um pouco de açúcar em pó, a título decorativo.
Bom apetite!
Maria Inês Cardoso
O Natal e Montessori
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
O tempo passa a voar e, quase sem darmos por isso, já estamos quase, quase no Natal! Um dos temas que surge de modo recorrente nesta altura do ano é a relação entre o Natal e Montessori. O que é que faz sentido em Montessori, no que diz respeito ao Natal? Como incentivar as nossas crianças, mas também os nossos familiares, a terem uma atitude consciente nessa época festiva, que hoje em dua está mais influenciada pelo consumismo? De que forma resfriar o ímpeto consumista das nossas crianças, que são bombardeadas com o catálogo dos brinquedos de Natal dos supermercados, publicidade a brinquedos na televisão e incentivos de quase todo o lado para começarem a escrever a carta para o Pai Natal, leia-se lista de presentes?
Mas a verdade é que, em Montessori, gostamos de celebrações! Celebramos a vida, celebramos o crescimento, o caminho percorrido e explicamos às crianças o significado das datas especiais, enfatizando a importância de dar relevância aos momentos vividos, ao crescimento e às mudanças que ocorrem a cada passo do nosso caminho. É por isso que celebramos com tanto entusiasmo os aniversários, prestando atenção essencialmente a pequenas coisas, que nos passam ao lado se não prestarmos atenção a elas todos os dias. Vemos as crianças ainda mais felizes nesse dia, em que cada uma delas sente, mais uma vez, o quanto é especial e única!
Acredito, por isso, que adotando essa filosofia de vida que se foca no aspeto afetivo e relacional das coisas conseguimos transmitir às nossas crianças aquilo que realmente é importante: o Natal, como qualquer outra celebração, é uma celebração de amor, de partilha, de proximidade, que deveria estar presente nos nossos dias, todos os dias, mas que nessa altura do ano é ainda mais enfatizada. Não significa que as crianças não podem receber presentes de Natal, mas acredito que resfriamos o impulso consumista delas se as conseguirmos focalizar noutras dimensões.
Outra questão muito ligada ao Natal e que faz sentido também colocar, tem a ver com o imaginário: devemos alimentar nas nossas crianças a crença na existência do Pai Natal? Essa é outra questão sensível e que não se esgota no Natal, mas também se aplica à Fada dos Dentes, ao Coelhinho da Páscoa, ...
Maria Montessori tinha uma posição muito clara em relação à fantasia nas crianças. Num dos seus livros, "A pedagogia científica" escreve o seguinte: "Nos países anglo-saxónicos, o Natal é um velhinho coberto de neve, que tem dentro de um cesto enorme brinquedos para as crianças, entrando durante a noite na sua casa. Como pode o fruto da nossa imaginação desenvolver a imaginação das crianças? Apenas nós imaginamos, eles não, eles acreditam, não imaginam (...). É mesmo a credulidade que queremos desenvolver nas nossas crianças? (...) Somos nós que nos divertimos com a festa de Natal e com a credulidade da criança."
Lendo esse excerto parece bastante clara a perceção de Maria Montessori de que devemos evitar recorrer ao tema do Natal para nutrir a fantasia nas crianças pequenas. Contudo, emquanto educadores de crianças, devemos levar a nossa reflexão mais longe. No meu caso, e tendo observado já ao longo dos anos as diversas facetas dessa crença, apercebi-me diversas vezes que algumas crianças sentem até algum medo do Pai Natal, principalmente as mais pequenas. Quando as crianças são sentadas no colo daquele senhor que não conhecem, de longas barbas brancas e que lhes parece enorme durante alguns momentos para tirar uma fotografia... e ainda lhes dizemos que é aquele senhor vestido de vermelho que vai entrar nas nossas casas a meio da noite de Natal.
Por outro lado, é também comum cedermos à tentação de "negociar" o bom comportamento das nossas crianças com afirmações do género: "Se não te portares bem, o Pai Natal não te dá prendas!" ou "Olha que o Pai Natal vê e ouve tudo!" ou ainda "Tens a certeza que este ano mereces as prendas do Pai Natal?".
O que transmitimos às nossas crianças é que o Pai Natal é como se fosse um juiz que sabe melhor do que os outros (leia-se pais) aquilo que a criança merece... A expressão "merecer", por si só, levanta também imensas reticências numa pedagogia em que se defende a importância da autoeducação da parte e a ausência de recompensas e de castigos. Se nos colocarmos no papel da criança, chegamos facilmente à conclusão que nada disso é muito coerente, nem tranquilizador.
Mas então, o que desenvolve na criança o mito do Pai Natal?
Debrucei-me sobre o assunto e encontrei um vídeo muito interessante, publicado por um site chamado "20 minutes", em que o jornalista diz, a propósito do Pai Natal: "(...) ele transmite à criança magia e fantasia, alimenta o imaginário das crianças para quem a relação com a realidade não está ainda formada". Da Psicologia e do conhecimento do desenvolvimento infantil, sabemos também que antes dos 4/ 5 anos de idade, a criança não distingue a realidade do imaginário.
A grande questão reside então no nosso papel de educadores: faz parte do nosso papel alimentar a imaginação da criança fazendo com que acredite em qualquer coisa? As nossas crianças não são capazes já, por si mesmas, passada essa idade, de inventar as suas próprias histórias?
Uma psicóloga, Anne Bacus, enuncia por sua vez diversos problemas relacionados com a crença no Pai Natal, alguns dos quais descrevo a seguir:
- A confiança da criança nos seus pais: é uma história contada pelo Pai e pela Mãe, por isso naturalmente a criança acredita nela. Não devemos nunca perder de vista que a criança confia de uma forma incondicional nos seus pais;
- A escolha dos presentes que damos: acabamos, algumas vezes, por atribuir a "culpa" ao pai Natal se a criança não recebe todos os presentes que desejou, quando na realidade essa escolha de não dar os presentes todos deveria ser assumida pelos pais, como uma escolha lógica de quem não pretende transmitir o lado material do natal aos seus filhos;
- A descoberta da verdade: quando a criança finalmente descobre que o Pai Natal não existe, poderá sentir-se enganada pelos pais e, nalguns casos, poderá ficar muito dececionada com os pais por a terem enganado durante anos.
Tenho três filhos. Com os dois mais velhos fiz o mesmo que me fizeram a mim. Incuti neles a crença no Pai Natal, acreditando que isso tornaria o Natal mais mágico e especial. Tenho recordações fantásticas do Natal quando era criança, mas após uma profunda reflexão apercebo-me que as minhas melhores recordações pouco ou nada têm a ver com o Pai Natal. Lembro-me muito bem de decorar a casa com a minha irmã, de ir apanhar o musgo à floresta, com o meu Pai, que dedicava uma atenção especial ao presépio. Lembro-me das noites de Natal, do calor humano, das brincadeiras com os meus primos, ... Lembro-me muito pouco dos presentes, mas lembro-me do dia em que percebi que o Pai Natal não existia e lembro-me de ter ficado muito triste.
Decidimos, por isso, que não vamos contar a história do Pai Natal ao nosso filho mais novo. Vai compreender que somos nós que lhe damos um presente de Natal e, naturalmente, vamos ter de desconstruir a crença dos irmãos mais velhos no Pai Natal...
Em todo o caso, a escolha de incutir ou não esta crença nas crianças, deve ser uma escolha refletida e consensual para os pais, baseada acima de tudo no desenvolvimento da confiança na criança, da confiança em si mesma, mas também na confiança em nós, porque sabemos que esse é o motor da sua construção pessoal. Vamos contar-lhe a história do Pai Natal, mas insistindo muito bem no facto de ser uma história. Pretendemos acima de tudo enfatizar o significado histórico e bíblico da história do Natal, porque é antes de mais por essa razão que celebramos o Natal. Essa escolha não é, de forma nenhuma, um julgamento sobre escolhas diferentes da nossa. É apenas uma partilha. Nem faria sentido que fosse de outra forma! Dois dos meus filhos ainda acreditam no Pai natal... e na Fada dos Dentes!
Sylvia de Sousa Guarda
Pilates Clínico no Pós-Parto
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
O bebé já nasceu! E agora? Como cuido dele e de mim?
É verdade! A chegada do bebé é um momento maravilhoso e muito aguardado, mas é também um período de grande exigência para a mãe, que pode ter alguma dificuldade em encontrar tempo para cuidar de si. É importante lembrar que quanto melhor se sentir e cuidar de si, mais apta estará para cuidar do seu bebé.
Quando retomar a prática de exercício físico?
O retorno à rotina do exercício físico é feito, em geral, 6 a 8 semanas após o bascimento, conforme o tipo de parto e o decorrer do pós-parto e sempre após a consulta de revisão médica. Até lá, pode começar a exercitar os músculos do pavimento pélvico, tanto com contrações lentas como com contrações rápidas, de acordo com o que deverá ter aprendido nas suas aulas de pré-parto. Pode treinar estes músculos a qualquer momento, em qualquer lugar e posição, pelo que pode criar uma rotina que a ajude a lembrar-se: como, por exemplo, treinar sempre que o bebé mama.
É fundamental assegurar que a força da musculatura do pavimento pélvico está normalizada, quer o parto tenha sido eutócico (natural), quer tenha sido feita cesariana, a fim de prevenir perdas urinárias e prolapsos. No pós-parto, antes de iniciar qualquer prática de exercício físico, tenha o consentimento do médico que a acompanha e consulte um fisioterapeuta especialista em reabilitação pélvica e uroginecológica.
Porquê o Pilates Clínico?
O Pilates Clínico irá proporcionar à puérpera (mulher que acabou de ter um bebé) um treino de baixo impacto com intensidade crescente, adaptado à nova condição do pós-parto.
Quais os benefícios?
O treino de Pilates Clínico, devidamente orientados por um profissional com formação especializada, irá ajudar a:
- aprender a controlar a respiração e a saber induzir relaxamento;
- facilitar a recuperação da diástese abdominal;
- reeducar a postura e o ganho de uma nova consciência corporal;
- aumentar a força e a estabilidade do tronco superior e membros para que possa lidar melhor com as exigências do cuidado do seu bebé;
- recuperar uma boa forma física mais rapidamente;
- fazer com que se sinta bem e com mais energia.
Inês Azevedo Fraga
Nota: Imagens gentilmente cedidas pela goall health step by step
Subscrever:
Mensagens (Atom)