Diana Vaz
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Nasci a 30 de Outubro de 1987. Licenciei-me em 2009, pela Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches, em Lisboa e Pós-graduada em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Lisboa, em 2010.
Atualmente desenvolvo a minha atividade profissional na Unidade de Neonatologia da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa, onde participo no projeto "Transporte Seguro do Recém-Nascido" e sou co-responsável do projeto de promoção da parentalidade, na mesma Unidade, designado por "Conversas com os Pais".
Da conceção ao nascimento: 3º Trimestre
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Da 24ª à 40ª semanas entramos na reta final da gravidez.
A mãe sente um aumento de peso grande, pelo que é bastante importante manter um estilo de vida saudável contando com a ajuda do pai.
A fim de diminuir o stress, é importante começar a planear o parto, pensar no local onde deseja ter o bebé, fazer compras de última hora e preparar a mala da maternidade. Deverá consultar um médico com maior regularidade, para que o bem-estar materno-fetal seja vigiado de perto.
A partir da 35ª semana deverá registar os movimentos fetais, irá começar a realizar CTG (Cardiotocografia, que tem como finalidade avaliar os batimentos cardíacos do feto, percebendo através disto se está ou não em sofrimento) e deverá ter uma consulta periparto, para discutir a epidural, amamentação, suporte social, ...)
Durante este trimestre, o feto apenas adquire mais algum peso e cresce, mexendo-se de uma forma mais limitada e na grande maioria dos casos já se encontra na posição cefálica (ou seja, já deu a volta e encontra-se em posição de nascer).
Dado o tamanho do bebé e a compressão que este exerce no interior do corpo materno, os sintomas de azia são uma constante, bem como a urgência urinária, pelo que o pai tem de ter muita paciência nesta fase. A mãe já não consegue ter tanta agilidade, mas tudo por uma boa razão!!
Ao pai todos irão perguntar se já está preparado, se está a gozar os seus últimos dias de liberdade e se já mentalizou que, a partir do nascimento, nunca mais terá uma noite descansado. Decerto que todas estas questões já lhe passaram pela cabeça, mas converse com a mãe e eventualmente com o médico ou enfermeira de forma a ajudarem-vos a gerir alguma ansiedade. A partilha de experiências com outros pais também pode ser muito útil.
Os momentos de casal são fundamentais. Amem-se e usufruam de bons momentos, sonversem sobre a possibilidade do pai estar presente no parto, de cortar o cordão umbilical e sobre os sinais de parto. dado que ambos deverão conhecê-los nesta fase.
Nota: as imagens fetais foram retiradas da revista "A nossa gravidez"
A mãe sente um aumento de peso grande, pelo que é bastante importante manter um estilo de vida saudável contando com a ajuda do pai.
A fim de diminuir o stress, é importante começar a planear o parto, pensar no local onde deseja ter o bebé, fazer compras de última hora e preparar a mala da maternidade. Deverá consultar um médico com maior regularidade, para que o bem-estar materno-fetal seja vigiado de perto.
A partir da 35ª semana deverá registar os movimentos fetais, irá começar a realizar CTG (Cardiotocografia, que tem como finalidade avaliar os batimentos cardíacos do feto, percebendo através disto se está ou não em sofrimento) e deverá ter uma consulta periparto, para discutir a epidural, amamentação, suporte social, ...)
CTG (imagem retirada do Google imagens) |
Durante este trimestre, o feto apenas adquire mais algum peso e cresce, mexendo-se de uma forma mais limitada e na grande maioria dos casos já se encontra na posição cefálica (ou seja, já deu a volta e encontra-se em posição de nascer).
Feto entre a 28ª e a 32ª semanas |
Dado o tamanho do bebé e a compressão que este exerce no interior do corpo materno, os sintomas de azia são uma constante, bem como a urgência urinária, pelo que o pai tem de ter muita paciência nesta fase. A mãe já não consegue ter tanta agilidade, mas tudo por uma boa razão!!
Feto entre a 36ª e 40ª semanas |
Ao pai todos irão perguntar se já está preparado, se está a gozar os seus últimos dias de liberdade e se já mentalizou que, a partir do nascimento, nunca mais terá uma noite descansado. Decerto que todas estas questões já lhe passaram pela cabeça, mas converse com a mãe e eventualmente com o médico ou enfermeira de forma a ajudarem-vos a gerir alguma ansiedade. A partilha de experiências com outros pais também pode ser muito útil.
Os momentos de casal são fundamentais. Amem-se e usufruam de bons momentos, sonversem sobre a possibilidade do pai estar presente no parto, de cortar o cordão umbilical e sobre os sinais de parto. dado que ambos deverão conhecê-los nesta fase.
...... É agora!!!!! ......
As contrações são frentes e regulares.
A mãe sente uma pressão pélvica (ao nível da bacia).
A anestesista está preparada para realizar a epidural.
O pai está presente neste momento único.
Após um período de acalmia provocada pela analgesia, a dilatação e o trabalho de parto progridem. A bolsa de água já rompeu há muito e o período expulsivo inicia-se.
A mãe faz força ao comando do obstetra ou da enfermeira parteira e o pai auxilia-a, colocando a mão sobre a dela.
A tensão sente-se no ar, até que um choro forte irrompe pela sala.
Parabéns!!!! Já nasceu!!! É lindo!!!!
Imagem retirada do Google Imagens |
Da conceção ao nascimento: 2º Trimestre
Ufa!! O risco de aborto diminui bastante e este é o trimestre mais descansado da gravidez. Contudo, é importante manter um estilo de vida saudável e deve privilegiar momentos de exercício com o pai. Verá como é divertido sair à rua de barriguinha!!!
A mãe cada vez está mais diferente e a sua pele também, pelo que é muito importante hidratá-la nesta fase. O apoio do pai é fundamental para a mãe se sentir amada e aceitar melhor o seu corpo.
Relativamente ao feto, neste trimestre é quando todos os órgãos se especializam cada vez mais.
A medula óssea já é capaz de formar células sanguíneas, a coluna vertebral já está ossificada e os dedos começam a individualizar-se.
A partir da 14ª semana já é possível saber o sexo do bebé. Papás, já podem iniciar a decoração do quarto e a escolha do nome!!!
É curioso também como já tem unhas e cabelo e aos poucos começa a ter rotinas de sono a intervalos regulares, mas quando está acordado parece um furacão, uma vez que se mexe bastante.
Nesta altura, o feto já consegue ouvir o ruído do exterior, pelo que pode e deve falar com ele. É também durante este trimestre que se desenvolve o olfato (inicia-se entre a 11-15ª semanas e adquire funcionalidade à 20ª semana) e o paladar (começa a desenvolver-se entre a 13ª e a 15ª semanas e à 24ª semana o feto deglute cerca de 1/4 do líquido amniótico).
Entre a 20ª e 24ª semanas, o feto mede cerca de 32 cm cm e pesa aproximadamente 600 g.
A mãe cada vez está mais diferente e a sua pele também, pelo que é muito importante hidratá-la nesta fase. O apoio do pai é fundamental para a mãe se sentir amada e aceitar melhor o seu corpo.
Relativamente ao feto, neste trimestre é quando todos os órgãos se especializam cada vez mais.
Feto entre a 14ª e a 16ª semanas |
A partir da 14ª semana já é possível saber o sexo do bebé. Papás, já podem iniciar a decoração do quarto e a escolha do nome!!!
É curioso também como já tem unhas e cabelo e aos poucos começa a ter rotinas de sono a intervalos regulares, mas quando está acordado parece um furacão, uma vez que se mexe bastante.
Nesta altura, o feto já consegue ouvir o ruído do exterior, pelo que pode e deve falar com ele. É também durante este trimestre que se desenvolve o olfato (inicia-se entre a 11-15ª semanas e adquire funcionalidade à 20ª semana) e o paladar (começa a desenvolver-se entre a 13ª e a 15ª semanas e à 24ª semana o feto deglute cerca de 1/4 do líquido amniótico).
Entre a 20ª e 24ª semanas, o feto mede cerca de 32 cm cm e pesa aproximadamente 600 g.
Feto entre a 20ª e a 24ª semanas |
Nota: As imagens fetais foram retiradas da revista "A nossa gravidez"
Da conceção ao nascimento: 1º Trimestre
O primeiro trimestre decorre desde a conceção até às 12 semanas.
Apesar de muito pequeno, medindo cerca de 2 mm, o embrião começa desde cedo a provocar alterações no sistema imunitário da mãe para que não seja rejeitado e de forma a sinalizar a sua presença.
Inicia-se desde cedo o desenvolvimento da placenta de líquido amniótico, dando origem à chamada vesícula vitelina ou saco vitelino.
No segundo mês de vida muitas são as transformações. Inicialmente forma-se um coração rudimentar com duas cavidades a partir do 21º dia após a conceção, o tubo neural (estrutura primitiva que à medida que o embrião/ feto se desenvolve dará origem ao Sistema Nervoso Central e à coluna vertebral) encontra-se completamente formado e uma pequena cauda insinua-se.
Embrião entre a 1ª e a 4ª semana |
Após a 5ª semana, tudo dentro do útero se desenvolve a um ritmo alucinante de tal forma que na 8ª semana já é possível ver e ouvir, através de ecografia, o coração.
Pela 12ª semana, o bebé (agora designado feto em vez de embrião, designação esta utilizada até à 8ª semana) já tem bochechas, "pontinhos" das gengivas, que são os locais onde se desenvolverão os dentes.
Por outro lado, com as ramificações sensoriais a aumentarem e a desenvolverem-se permite que o primeiro sentido se desenvolva. Assim, entre a 8ª e a 12ª semanas desenvolve-se o tato.
No final deste trimestre, o feto mede entre 6 a 9 cm e pesa aproximadamente 19 g.
Nesta fase o risco de aborto também diminui drasticamente, dado que agora é a placenta que assume o controlo da gestação.
E durante todo este processo que alterações ocorrem na mãe?
Nas primeiras semanas, na maior parte dos casos, a mãe não sente nenhuma alteração. Aliás, na sua maioria nem desconfiam que estão grávidas, uma vez que os sintomas que habitualmente se atribuem à gravidez (náuseas, vómitos, sonolência, aumento mamário e aumento de peso), ocorrem em norma durante a 5/6ª semanas de gravidez.
Então, se pode dar-se o caso da mãe poder ainda não saber que está grávida, o pai então poderá estar a anos-luz da novidade. Contudo, aqueles que já sabem que irão ser pais podem experienciar sentimentos de felicidade pela boa-nova ou insegurança face às responsabilidades.
Quando surgem os primeiros sintomas da gravidez (mamas inchadas, urina frequentemente, algum cansaço, ...) torna-se bastante importante adotar um estilo de vida calmo e livre de excessos (isento de álcool e tabaco). Aqui o pai também terá um papel fundamental, adotando um estilo de vida igual ao da mãe e, quem sabe, até pode ser ele a surpreender com um jantar preparado por si.
Os pais notam que, de dia para dia, a barriga cada vez cresce mais e alguma ansiedade pode acontecer, porque muito tempo decorre até à realização da ecografia. Quanto a isso, o nosso conselho passa por promoverem bons momentos a dois e recolher informação sobre a gravidez (tendo atenção aos locais onde a tentam encontrar. Procurar sítios fidedignos, como Centros de Saúde, Direção-Geral da Saúde, entre outros).
É importante ter ainda em atenção que deverão escolher precocemente um médico assistente para acompanhar a gestação e que lhe receitará os suplementos indispensáveis ao bom desenvolvimento do seu bebé.
Este final de semestre é importante para os papás conversarem sobre receios, sentimentos e dúvidas que possam ter resposta médica.
Nota: As imagens fetais foram retiradas da revista "A nossa gravidez"
Da conceção ao nascimento: Introdução
Tudo começa quando as células se juntam. São elas o óvulo e o espermatozóide.
É verdade!! São duas pequenas células que ao se unirem formam dos seres mais belos do mundo.
Quando estamos no período fértil (dias prováveis em que ocorre a ovulação), um óvulo rompe a parede do ovário e inicia a sua migração para o pavilhão das Trompas de Falópio. É nesta estrutura anatómica que se irá dar a fecundação.
Imagem retirada do Google Imagens |
Aquando de uma relação sexual há ejaculação de espermatozóides que, devido à sua morfologia, têm a capacidade de iniciar a viagem até às trompas onde se encontra o óvulo que está pronto a ser fecundado.
Quando a fecundação se dá, toda uma viagem se inicia até ao útero, local onde se desenvolverá durante 9 meses (41 semanas) o novo membro da família.
A cada semana de gravidez há novas mudanças para todos, incluindo os pais, daí que cada vez mais usar-se a expressão de que é o casal que engravida e não apenas a mulher.
A gravidez é então a "nossa gravidez" e divide-se por três trimestres, sendo que em cada um deles tanto o bebé, como a mãe e o pai vivem experiências únicas. Tal como a tríade, também os médicos e enfermeiros aparecem como intervenientes nesta história única, pois assistem ao desenvolvimento de um novo ser e de uma nova família, estando igualmente atentos aos exames e rotinas necessárias que permitem um adequado acompanhamento, funcionando como um apoio bastante importante neste percurso.
Baby talks - Ecological kids_2 de Fevereiro de 2017
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Um testemunho!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Quando um bebé nasce, é natural que a família, principalmente a mais próxima, queira conhecer o novo elemento. Atrás disto vem sempre uma sugestão, uma opinião, um juízo de valor...
É um fato que o conhecimento da nossa mãe poderá ser útil, no entanto, o mais importante será ouvir o seu bebé em primeiro lugar.
Cada família é uma família, com características muito próprias. No entanto, escolhemos este testemunho, porque poderá ser o reflexo da sua realidade. Como é que esta mãe ultrapassou esta fase?
Regras na Hora de Dormir - Cuidados a Ter:
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Na hora de dormir há alguns aspetos a ter em conta:
- Garanta que o quarto possui uma temperatura adequada;
- A cama e o colchão devem ter o tamanho adequado, devendo haver especial cuidado com a largura entre grades do berço a fim de evitar que o bebé possa ficar preso;
- A cabeceira da cama deverá estar elevada a 45º (não use almofadas), pois permite uma melhor respiração por parte do bebé;
- Evite objectos desnecessário no interior do berço;
- Deite o bebé preferencialmente de costas (barriga para cima) para que o nariz fique livre permitindo que o bebé respire melhor.
Como posso ajudar o meu bebé a dormir?
Existem diversos "truques", "técnicas" e "métodos", porém se algum funcionasse a 100% seria esse o de eleição. Neste tema o nosso objetivo não é ensinar nada aos pais, pois afinal de contas cada casal, cada pai e cada mãe é que conhecem melhor o seu bebé e por isso cabe a cada um descobrir qual a "técnica" que melhor funciona com o seu rebento.
Sobre este assunto importa salientar que os bebés adoram rotinas e em função disso há que instituí-las desde cedo. Com o anoitecer o ambiente envolvente deverá ser o mais calmo possível, luz de baixa intensidade e cada família deverá instituir a sua rotina de dormir (exemplo: banho, massagem, mamada, mimo e cama).
Apesar de parecer fácil reconhecemos a grande dificuldade de induzir o sono de um bebé dado que cada ser é uno. Seguidamente apresentamos algumas estratégias que podem ser adoptadas.
- Musicoterapia: sabe-se que a música tem efeito relaxante nos bebés e como tal pode ser um excelente aliado. Quando se fala em música não se trata necessariamente de música de embalar, pois a música que os pais gostam de ouvir ou que ouviam durante a gestação do bebé pode ter o mesmo efeito. Os mobiles de berço também nesta linha podem ter o seu lugar;
- Embalar o bebé: Muitos bebés adoram ser embalados, pois sente-se seguros o que os permite relaxar e regular a sua frequência cardíaca, dado que os papás embalam ao ritmo da sua frequência cardíaca. Assim, é fácil compreender que se a rotina do sono for stressante esta técnica pode não ser a mais indicada;
- Luz de presença: A sua colocação no quarto em local que não ilumine directamente o berço, permite ao bebé ter algumas referência o que condiciona um melhor conforto. Contudo, se os bebés se renderem às maravilhas da luz poderá não ser de todo o método de eleição;
- Enfaixamento: Efetivamente trata-se de uma técnica com bons resultados no que se refere ao relaxamento do bebé e indução do sono, mas à medida que o bebé se mexe cada vez mais pode tornar-se perigosa, uma vez que a criança pode rebolar e ao ficar voltada para baixo asfixiar.
- Ninhos e Sacos cama: Como forma de aumentar a segurança atualmente estão disponíveis para aquisição estes grandes aliados que têm um efeito semelhante ao do enfaixamento, porém sem risco de morte súbita acrescido
Quantas horas dorme um bebé?
No primeiro mês de vida, um bebé de termo passa grande parte do tempo a dormir, mas à medida que cresce e desperta para tudo o que o rodeia o seu ciclo de sono-vigília sofre alterações, passando a tornar-se mais semelhante ao da família, na medida em que dorme mais durante o período noturno e o número de sestas diurnas diminui.
É durante o sono que os bebés recuperam as suas energias e quando se dá a libertação da hormona do crescimento pela hipófise (glândula localizada a nível cerebral). Desta forma compreende-se que os bebés têm de "Dormir Bem para Crescer Bem".
O quadro seguinte ilustra o número de horas médias que um bebé dorme ao longo do seu crescimento.
Ao analisarmos o quadro conseguimos facilmente perceber que o sono é bastante diferente do que tomamos como habitual num adulto, não sendo de estranhar que os pais numa fase inicial de adaptação estejam mais exaustos, apesar de tudo valer a pena para sermos brindados com um sorriso desdentado.
Relativamente aos bebés prematuros tudo é um pouco diferente, dado que estes bebés têm necessidades aumentadas de sono e por isso é muito importante respeitá-las, cabendo aos pais garantir um ambiente o mais tranquilo possível com o mínimo de estimulação sensorial.
Um artigo de revisão que consultámos para elaborar este tema e que foi publicado no Jornal de Pediatria do Brasil, utilizou o resultado das ecografias realizadas durante a gravidez para perceber o sono do feto.Assim, constataram que (no feto) só às 32 semanas de gestação é que se pode verificar a existência de sono NREM, atingindo a sua forma madura às 36 semanas de gestação. Verificou-se, desta forma, que o feto dorme a maior parte do tempo que passa in utero, sendo que 80% desse tempo é caracterizado por sono REM.
Por outro lado, verificaram também as alterações que se verificam durante o crescimento do feto são semelhantes às do bebé prematuro com a mesma idade gestacional, no entanto diferem no comportamento. Pensa-se que se deve ao facto de o feto e o bebé prematuro terem diferentes vivências, sendo uma das quais o nascimento e as alterações que ocorrem com este processo. Outro fator importante é o meio ambiente.
Durante o internamento, o bebé sofre imensos estímulos, muitos deles nocivos (como estímulos dolorosos, ruído, intensidade da luz, ...) que podem favorecer negativamente o seu desenvolvimento. É por estas razões que nas Unidades de Neonatologia de todo o país cresce diariamente a preocupação em limitar ao máximo todos estes estímulos e promover o repouso adequado por parte do bebé.
Gritos a meio da noite... como resolver?
Efectivamente não existem estudos que comprovem que os bebés sonham, pelo menos até à idade das crianças se conseguirem expressar, muitos são os especialistas que não acreditam que tal possa ser possível.
Contudo, a partir dos 6 meses e muitas vezes até aos 5-6 anos os pais verbalizam preocupação, porque os seus filhos acordam aos gritos a meio da noite e não sabem como poderão ajudá-los.
Esta entidade que pode ser familiar a muitos designa-se por terrores noturnos ("pesadelos"). Nesta situação, o bebé para além de agitado tem um choro diferente do habitual e por vezes de difícil consolo.
O que os pais podem fazer para ajudar os seus bebés?
- Confortar e acalmar o bebé dando-lhe colinho e permitindo o contacto pele a pele, dado ter um efeito de relaxamento e permitir ao bebé sentir-se seguro;
- Utilizar uma luz de presença para que o bebé tenha referências e se sinta confiante;
- Ter um amigo de pelúcia que pode ser o seu companheiro de soneca e evita a "sensação de abandono".
Introdução - Sono do Bebé
Quando nasce um bebé, todo um novo ritmo se impõe o que contribui para o cansaço dos pais, daí que este seja um tema que desperta particular interesse.
Antes dos bebés começarem a dormir com um padrão semelhante ao dos seus pais têm de passar por um processo complexo de maturação cerebral a fim de regular o seu ciclo de sono-vigília, contudo esta regulação pode ser mais ou menos demorada dependendo do bebé.
Os bebés de termo têm um ciclo de sono-vigília organizado de forma semelhante ao dos adultos sendo constituído por 3 fases tal como pretende ilustrar a imagem seguinte, porém os períodos de sono REM-NREM são de 20-30 minutos ao passo que os dos adultos são de 90 min. É na fase 3 que os bebés ficam mais despertáveis.
O que se entende, então, por sono REM e NREM?
O sono REM (Rapid Eye Movement) caracteriza-se por um sono "ativo". É nesta fase que os sonhos ocorrem e se podem observar movimentos rápidos dos olhos por baixo das pálpebras fechadas.
Por outro lado, o sono NREM (Non-Rapid Eye Movement) está em contraposição ao sono REM. É caracterizado por ser um sono "calmo", não apresentando nenhuma das características verificadas no sono REM.
Num bebé de termo, estes dois estadios do sono começam a organizar-se nos primeiros 6 meses de vida. Entre os 3-4 meses, os bebés passam 50% do tempo em sono REM e os outros 50% em NREM.
A partir dos segundos 6 meses de vida, o sono REM diminui e o NREM aumenta na mesma proporção.
Na adolescência, 20% do tempo total de sono é sono REM e os restantes 80% são caracterizados por 4 estadios diferentes de sono NREM.
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