Cuidados a ter numa visita a um recém-nascido
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Com o nascimento de um bebé, nasce também uma vontade, da parte de todos os familiares e amigos, de conhecerem o novo elemento da família, de tocar-lhe e pegar-lhe ao colo.
O ideal seria que, logo após o nascimento, o recém-nascido não recebesse visitas, de forma a protegê-lo e à família.
O recém-nascido é um ser imaturo, nomeadamente ao nível do sistema imunitário, o que o predispõe a infeções que podem ser muito prejudiciais. Para além disso, os primeiros dias logo após o nascimento, são para o casal dias de grande mudança nas suas rotinas familiares e, por vezes, é necessário dar-lhes tempo para que consigam gerir todas as emoções e também adaptarem-se a todas estas mudanças. Para além disso, precisam de tempo para descansar. A última coisa que necessitam nesta fase é dias agitados motivados por visitas constantes. Esta situação poderá ser geradora de stress e ansiedade, uma vez que poderão preocupar-se com aspetos irrelevantes para esta fase da sua vida, como a organização da casa, lanches, ...
No entanto, a maior parte das pessoas não consegue resistir a uma visita e muitas vezes o casal tem dificuldade em referir que estas não são oportunas, naquele momento. Assim, numa visita ao recém-nascido devem ser tidos em conta alguns aspetos, de forma a não tornar esse momento em algo desagradável para o casal. São eles:
1) A vontade da família deve ser sempre respeitada - por maior que seja a vontade em visitar um recém-nascido, se for vontade dos pais não receber visitas, esta decisão deve ser respeitada e não condenada;
2) Se os pais forem a favor de receber visitas, esta deve ser sempre combinada previamente com os mesmos - o facto de permitirem visitas, não significa que as pessoas possam aparecer sem avisar, pois isso pode desestabilizar todas as rotinas da Família, nomeadamente, interromper o momento da amamentação ou o sono do bebé;
3) Evite permanecer muito tempo em casa da Família - a visita deve ser curta de forma a dar espaço e tempo para que estabeleçam relação entre eles;
4) Evite perturbar as rotinas do recém-nascido - uma das coisas que as visitas mais gostam de fazer é tocar e pegar no recém-nascido e, por vezes, esquecem-se de respeitar as suas necessidades. Por maior que seja o desejo de tocar ou pegar ao colo, nunca se deve interromper nem o momento da amamentação, nem o sono;
5) Evite dar palpites - para os Pais, que estão numa fase de adaptação, com muitas dúvidas, é muito difícil ouvir vários palpites diferentes de cada pessoa que os visita. Dê a sua opinião apenas quando solicitada pelos pais e evite fazer comparações com outros bebés/ Famílias, pois todos são diferentes;
6) Não substitua os Pais nos cuidados ao bebé - Os cuidados devem ser prestados preferencialmente pelos Pais. Se quer ajudar a Família, ajude nas tarefas domésticas, mas nunca os substitua nos cuidados ao bebé, a não ser que verbalizem essa vontade. Às vezes os familiares oferecem-se para ficar a tomar conta do recém-nascido para que os Pais possam fazer alguma tarefa doméstica e deve ser exatamente o contrário;
7) Nunca toque no recém-nascido sem lavar as mãos - a lavagem das mãos é uma medida fundamental para evitar que o recém-nascido contraia infeções que possam ser prejudiciais para o seu adequado desenvolvimento;
8) Evite dar beijos - a maior parte das pessoas adora dar beijos aos bebés, principalmente nas mãos. Não se devem dar beijos nas mãos nem na face, uma vez que aumenta o risco de contrair alguma infeção, nomeadamente, herpes e mononucleose infecciosa (doença do beijo), que poderão ser muito graves para o recém-nascido;
9) Não visite a Família se estiver doente, mesmo que seja apenas "um pingo no nariz" - o que poderá ser uma situação simples para um adulto, ou até para uma criança em idade escolar, para um recém-nascido poderá tornar-se um problema grave. Assim, jogue pelo seguro e faça a visita quando estiver bem.
10) Não se deve fazer acompanhar de crianças - as crianças mais crescidas são aquilo que muitas vezes designamos por "incubadoras de bactérias", que a elas não causa nenhum problema, mas poderá ser nefasto para o recém-nascido;
9) Não visite a Família se estiver doente, mesmo que seja apenas "um pingo no nariz" - o que poderá ser uma situação simples para um adulto, ou até para uma criança em idade escolar, para um recém-nascido poderá tornar-se um problema grave. Assim, jogue pelo seguro e faça a visita quando estiver bem.
10) Não se deve fazer acompanhar de crianças - as crianças mais crescidas são aquilo que muitas vezes designamos por "incubadoras de bactérias", que a elas não causa nenhum problema, mas poderá ser nefasto para o recém-nascido;
11) Não deve fumar perto do bebé, nem pegar-lhe com a roupa ou mãos com cheiro a tabaco - o contacto com o fumo aumenta o risco de síndrome de morte súbita;
12) Não deve utilizar perfumes - o que poderá ser algo muito discreto para nós, para o recém-nascido poderá ser um estímulo desagradável. Os sentidos dos recém-nascidos são muito apurados e estímulos acentuados poderão ser nefastos;
12) Não deve utilizar perfumes - o que poderá ser algo muito discreto para nós, para o recém-nascido poderá ser um estímulo desagradável. Os sentidos dos recém-nascidos são muito apurados e estímulos acentuados poderão ser nefastos;
13) Não tire fotografias sem pedir autorização aos Pais - pergunte sempre se pode tirar fotografias ao recém-nascido, nunca use o flash e nunca as publique em redes sociais sem consentimento.
Quando falamos de um bebé prematuro, que por norma tem um internamento prolongado, todas as medidas anteriormente referidas devem ser redobradas.
É importante não esquecer que são bebés muito frágeis do ponto de vista imunitário, devido à sua imaturidade e aos diversos ciclos de medicação que poderão ter feito no internamento. Assim, a higienização das mãos é fundamental, tal como apenas fazer a visita se estiver bem de saúde.
Reforça também a importância de evitar comentários ou emissão de opiniões sobre o bebé ou os cuidados prestados. Isto porque os Pais tiveram um longo percurso na Unidade de Neonatologia, onde aprenderam a conhecer o seu bebé e a identificar tanto as suas necessidades, como a forma de as satisfazer. Não há ninguém que o conheça melhor! Para além disso, poderão haver aspetos, ao nível da saúde do bebé, que os Pais possam não ter revelado. Assim, evite comentar dado que, embora com boa intenção, os Pais possam ficar melindrados.
Vista-se de bom senso e só depois visite a Família!
Quando falamos de um bebé prematuro, que por norma tem um internamento prolongado, todas as medidas anteriormente referidas devem ser redobradas.
É importante não esquecer que são bebés muito frágeis do ponto de vista imunitário, devido à sua imaturidade e aos diversos ciclos de medicação que poderão ter feito no internamento. Assim, a higienização das mãos é fundamental, tal como apenas fazer a visita se estiver bem de saúde.
Reforça também a importância de evitar comentários ou emissão de opiniões sobre o bebé ou os cuidados prestados. Isto porque os Pais tiveram um longo percurso na Unidade de Neonatologia, onde aprenderam a conhecer o seu bebé e a identificar tanto as suas necessidades, como a forma de as satisfazer. Não há ninguém que o conheça melhor! Para além disso, poderão haver aspetos, ao nível da saúde do bebé, que os Pais possam não ter revelado. Assim, evite comentar dado que, embora com boa intenção, os Pais possam ficar melindrados.
Vista-se de bom senso e só depois visite a Família!
o pai, a mãe e eu
Imunoterapia com alergénios - uma "cura" para a alergia?
quarta-feira, 22 de maio de 2019
Estima-se que em Portugal aproximadamente 25% da população (cerca de 2,5 milhões de pessoas) sofram de doenças alérgicas respiratórias, como a rinite e a asma brônquica. Este número tem vindo a aumentar e praticamente duplicou nos últimos 25 anos, afetando sobretudo crianças e adolescentes.
O objetivo do tratamento da alergia respiratória é reduzir os sintomas diários, de forma a minimizar o impacto da doença na qualidade de vida, assim como eliminar a inflamação causada pela alergia.
No entanto, apesar da grande eficácia da medicação no controlo destas doenças, esta não cura efetivamente a alergia. Por esse motivo, quando os medicamentos são interrompidos e se o contacto com os alergénios (as substâncias que provocam alergia como ácaros, pólenes, pelos de animais,...) persiste, inevitavelmente os sintomas acabam por regressar.
A imunoterapia, também conhecida como "vacina para a alergia" é um outro tipo de tratamento que tem como objetivo reabituar progressivamente o organismo à substância responsável pela doença alérgica. O processo de imunoterapia altera a resposta imunológica do indivíduo ao longo do tempo. Como resultado, quando o doente é exposto ao alergénio, sofre progressivamente menos sintomas.
Não se trata de um medicamento convencional. O tratamento consiste na administração de pequenas quantidades bem definidas das substâncias a que um indivíduo é alérgico. O tratamento está disponível para a maioria dos alergénios respiratórios comuns e é preparado individualmente para cada doente, de acordo com a sua alergia.
A eficácia depende muito da seleção adequada da vacina. Normalmente é um médico especialista em doenças alérgicas, um imunoalergologista, que prescreve preparações de imunoterapia. A decisão de iniciar este tratamento deve depender do aconselhamento de um médico experiente e da vontade do doente.
O tratamento pode ser feito através de injeções subcutâneas efetuadas mensalmente, sob vigilância médica, ou através de gotas ou comprimidos colocados debaixo da língua aplicados em casa, diariamente.
A imunoterapia é geralmente administrada por um mínimo de três a cinco anos. Após um ano de tratamento, observa-se habitualmente uma diminuição significativa da intensidade dos sintomas alérgicos, o que leva à diminuição da toma de outros medicamentos antialérgicos. Após três anos de tratamento é frequente não ser necesssária medicação diária para controlar a alergia. Alguns doentes ficam completamente controlados enquanto, noutros casos, apesar da melhoria ainda persistem alguns sintomas. Após o tratamento terminar, o efeito é normalmente duradouro, existindo estudos a demonstrar a sua eficácia após 7 anos.
A imunoterapia é segura para as pessoas de todas as idades. Em crianças e adolescentes, a imunoterapia demonstrou ajudar a prevenir o desenvolvimento futuro de asma alérgica.
Em resumo, a imunoterapia é um tratamento promissor para a alergia, que pode, quando bem aplicado, melhorar a qualidade de vida do doente alérgico e ser, potencialmente, curativo.
Pedro Morais Silva
Psicomotricidade - terapia do jogo e das brincadeiras
quarta-feira, 15 de maio de 2019
A psicomotricidade, palavra complexa para alguns, é uma área que deixa muitas pessoas a questionar se será mais um tipo de fisioterapia. Simplificando, psicomotricidade envolve três principais aspetos do ser humano, a sua parte emocional, a sua cognição e a sua motricidade. Os Psicomotricistas ou Técnicos de Reabilitação Psicomotora acreditam que o corpo é fulcral para a interiorização de aspetos cognitivos, sociais e emocionais essenciais para o desenvolvimento do indivíduo, tendo como finalidade a promoção da capacidade do indivíduo agir consigo, com o outro e com os objetos.
Para quem e como é a intervenção?
A psicomotricidade destina-se a todas as faixas etárias (crianças, jovens, adultos e idosos) utilizando diferentes metodologias: técnicas de relaxamento, consciencialização corporal, terapias expressivas, atividades lúdicas, ...
Clarificando... é a terapia que usa os jogos e tarefas divertidas e desafiantes para a promoção e desenvolvimento de capacidades como rastejar, saltar, equilibrar, manipular, memorizar, relacionar-se, entre outras dificuldades ou lacunas no desenvolvimento.
Quais os âmbitos de intervenção?
- Reeducativo e terapêutico: intervenção nos problemas de desenvolvimento, de aprendizagem e/ ou do comportamento e, ainda, patologias de ordem psíquica que comprometem a qualidade de vida do indivíduo, entre outras dificuldades;
- Educativo: estimulação do desenvolvimento psicomotor e do potencial de aprendizagem;
- Preventivo: promoção e estimulação do desenvolvimento.
Em geral, a intervenção incide no desenvolvimento psicomotor, regulação tónica, movimento e posturas atípicas, coordenação e equilibração, orientação espacial e temporal, noção corporal, concentração e memória.
A psicomotricidade destina-se a crianças, jovens, adultos e idosos com:
- Dificuldades de aprendizagem;
- Perturbação de hiperatividade e défice de atenção;
- Síndromes;
- Perturbação do espetro do autismo;
- Atraso global do desenvolvimento;
- Parkinson;
- Alzheimer;
- ...
Estrutura e duração das sessões de psicomotricidade?
São realizadas sessões individuais ou em grupo consoante o tipo de intervenção, com duração aproximada de 45 minutos, variando conforme o técnico.
Onde pode encontrar Psicomotricistas?
- Equipas multidisciplinares em clínicas ou gabinetes;
- Algumas escolas;
- IPSS;
- Serviços privados de creches e lares;
- Centros de estudos;
- Piscinas;
- ...
Se quiser procurar por Psicomotricistas mais perto de si aceda ao site da Associação Portuguesa de Psicomotricidade.
Fátima Sousa
Açúcar na Infância
sexta-feira, 10 de maio de 2019
Todos sabemos que, apesar de nos trazer uma sensação de conforto e prazer, o açúcar traz consequências menos "doces" para a nossa saúde.
Tal acontece porque nos fornece as chamadas "calorias vazias", isto é, contribui para um aumento da densidade energética da dieta sem contribuir para a sua densidade nutricional (riqueza em vitaminas e minerais). E isto torna-se particularmente crítico nas crianças e adolescentes, cujo adequado crescimento e desenvolvimento depende da obtenção de nutrientes importantes a partir da alimentação. Para além disso, o seu consumo excessivo está associado ao desenvolvimento de condições como cáries dentárias, excesso de peso, diabetes tipo 2, triglicerídeos aumentados, hipertensão arterial (sim, o sal não é o único responsável!) e esteatose hepática (o chamado "fígado gordo"), contribuindo para um risco aumentado de doenças cardiovasculares. Apesar de se tratarem de patologias até há bem pouco tempo associadas aos nossos avós, surgem cada vez mais em idades precoces!
A principal preocupação prende-se com os açúcares simples, isto é, o açúcar de adição (e não o que está naturalmente presente nos alimentos como a fruta ou lacticínios) bem como o que está presente no mel, xaropes (como o xarope de milho ou de glicose-frutose, frequentemente encontrados nos alimentos processados), sumos de fruta e concentrados de sumos de fruta.
As atuais recomendações da Organização Mundial de Saúde (2015) apontam para um contributo máximo de 10% dos açúcares simples para a ingestão energética diária, tendo esta organização realçado que uma redução para menos do que 5% do valor energético total/dia pode apresentar maiores benefícios na prevenção de excesso de peso e cáries dentárias. Assumindo um valor de 2000 kcal/dia para as necessidades energéticas médias de um adulto, este contributo máximo de 5% traduz-se em 25 gr de açúcares simples/dia, o equivalente a 5 pacotes de açúcar. No caso das crianças, uma vez que as necessidades energéticas são menores, este valor será também naturalmente menor!
Dados do último Inquérito Alimentar Nacional mostram-nos que os portugueses excedem, em muito, estes valores máximos recomendados, principalmente as crianças e os adolescentes, com consumos de açúcares simples na ordem dos 27% e 20% do consumo energético diário total, respetivamente, valores muito acima dos 10% máximos recomendados! Para tal, contribuem os refrigerantes, doces, bolos, bolachas e cereais de pequeno-almoço, alimentos consumidos diariamente por muitas crianças e adolescentes.
Segundo um estudo feito no projeto Geração 21, que acompanha crianças do norte de Portugal desde o seu nascimento, cerca de 35% das crianças com 2 anos consumia refrigerantes pelo menos 1 vez por semana, e aos 4 anos mais de metade das crianças seguidas consumia refrigerantes e néctares diariamente!
De facto, o açúcar está presente em grandes quantidades em alimentos e bebidas frequentemente consumidos pelos mais novos, conforme apresentado na imagem abaixo, sendo importante limitá-los ao máximo. Para além disso, em crianças abaixo dos 2 anos o açúcar deve mesmo ser evitado por completo uma vez que o seu consumo não acrescenta nenhum benefício à sua alimentação, compromete o estabelecimento das preferências alimentares e está associado a piores hábitos alimentares como menor consumo de hortícolas.
Uma importante forma de reduzir o consumo de açúcares é analisar os rótulos alimentares. Para além da consulta da tabela nutricional para averiguar a quantidade de açúcar presente no alimento/bebida, a lista de ingredientes, ao apresentar os constituintes por ordem decrescente de quantidade, permite-nos perceber quais os ingredientes que estão presentes em maior quantidade. Assim, se o açúcar surgir nos primeiros itens da lista estamos perante um alimento/bebida com uma elevada quantidade do mesmo, devendo, por isso, ser consumido esporadicamente. Contudo, o açúcar passa muitas vezes despercebido ao poder apresentar-se no rótulo sob múltiplas designações: Maltodextrina, Mel, Melaço, Xarope de milho, Xarope de agave e grande parte delas terminadas em "ose" como a glicose, frutose, sacarose, dextrose e lactose.
Por isso, para além de fazer um esforço para reduzir gradualmente a quantidade de açúcar que adiciona às bebidas ou sobremesas caseiras, de forma a educar o paladar, esteja também mais atento aos rótulos dos alimentos e evite ter em casa alimentos processados, reservando o seu consumo para ocasiões especiais. Irá beneficiar a saúde de toda a família!
Maria Inês Cardoso
Receitas saudáveis para toda a Família
No dia em que se abordará o tema dos malefícios do consumo excessivo do açúcar, trazemos duas receitas de sobremesas saudáveis. Porque também é possível adoçar a boca sem usar açúcar!
Panquecas de Batata Doce
Ingredientes (para 8 unidades):
- 150gr de batata doce cozida e amassada
- 1 ovo
- 2 claras
- 1 colher de chá de canela em pó
- 1 colher de café de óleo de coco
Preparação:
Bata as claras e de seguida bata o ovo. Misture com a batata e a canela.
Pincele óleo de coco numa frigideira antiaderente e coloque uma concha pequena de massa. Deixe dourar e vire. Repita até acabar a massa.
Sirva com calda de frutas, mel ou outro recheio da sua preferência.
Sirva com calda de frutas, mel ou outro recheio da sua preferência.
Receita e imagem retiradas de:
http://segredosdeamigas.com.br/
Brownie de Batata Doce
Ingredientes:
- 70gr trigo sarraceno
- 150gr amêndoa com pele
- 500gr batata doce
- 150gr tâmaras sem caroço
- 130gr chocolate negro 70% cacau
- 30gr óleo de coco
- 60gr bebida vegetal
- 2 colheres de sopa de cacau em pó
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 1 pitada de sal
- 1200gr água
Preparação:
- Pré-aqueça o forno a 180ºC e prepare uma forma de silicone com 20x27cm ou uma forma tradicional forrada com papel vegetal;
- Reduza o trigo sarraceno a farinha e reserve;
- Pique a amêndoa e reserve;
- Leve a água ao lume com a batata doce e deixe cozer. Desperdice a água e reserve a batata.
- Junte as tâmaras, o chocolate, o óleo, a bebida vegetal e o cacau e triture tudo;
- Adicione a batata doce cozida e volte a triturar;
- Adicione o fermento, o sal, a amêndoa e o trigo sarraceno e misture:
- Deite a massa na forma e leve ao forno durante 25 minutos;
- Sirva com gelado ou iogurte.
Receita e imagem retiradas de:
https://salsaecoentros.com/
Receita e imagem retiradas de:
https://salsaecoentros.com/
O Pai, a Mãe e Eu
Co-Sleeping
quarta-feira, 8 de maio de 2019
Co-sleeping poderá ser entendido, por muitos, apenas como a partilha do mesmo quarto com os seus filhos. No entanto, a definição internacional prende-se mais com a partilha da mesma cama, também denominada bed-sharing.
Tal como acontece com tantos outros cuidados que prestamos aos nossos filhos, também este tem muitas décadas, embora, até há bem poucos anos, mais praticado em determinadas culturas. A partilha do mesmo quarto e, inclusivamente, da mesma cama, acontecia devido às baixas condições socio-económicas que levavam a casa pequenas, apenas com um quarto, ou apenas por questões culturais. Mas, como em tudo, as ideias mudam, começam a perceber-se determinados benefícios e a mudança de comportamento acontece.
Hoje em dia, temos famílias em todo o mundo que partilham a mesma cama com os seus filhos, não obstante a controvérsia de opiniões por parte dos profissionais de saúde.
Mas porque razão existe tanta divisão de opiniões que levam as famílias a não comentarem a prática deste cuidado com os profissionais?
Pensa-se que a prática de co-sleeping está intimamente ligada à ocorrência do Síndrome de Morte Súbita. Assim, no sentido de confirmar (ou negar) esta correlação, tanto os EUA como Inglaterra e Nova Zelândia têm-se dedicado à realização de estudos.
Nestes estudos, há muitos aspetos que têm sido confirmados e alguns alertas têm sido feitos e que descreveremos a seguir.
O bebé humano é o mais imaturo e, por isso, o mais dependente de todos os mamíferos e isso deve-se ao facto da gestação ser mais curta. Para além disso, ele só se irá reconhecer como um ser independente da Mãe e Pai ao fim de 6 meses de vida. Vem habituado a ser permanentemente embalado (e massajado) devido ao ambiente que vivia in utero e isso faz com que a sua necessidade de toque e miminhos seja muito frequente.
Para além disso, há outro aspecto importante a ter em conta, que tem a ver com o cansaço materno, as dores/desconfortos que na maior parte dos casos estão subjacentes ao parto e a consequente necessidade de descanso.
Assim, o co-sleeping vem ajudar a colmatar algumas necessidades da díade/tríade, surgindo os seus benefícios, que nem sempre são bastantes claros ou vinculativos nos diferentes estudos. São eles:
- ajuda a estabelecer a amamentação - Existem estudos que referem que a partilha da mesma cama permite que o aleitamento materno exclusivo se prolongue até aos 6 meses de vida e, posteriormente, se mantenha até que a mãe e a criança queiram;
- promove a vinculação;
- promove o sono - Embora despertem com mais frequência, os bebés tendem a acalmar-se mais rapidamente, comparativamente a quando dormem sozinhos no seu berço.
No entanto, como em tudo, "não há bela sem senão", já diz o velho ditado português.
Não obstante estes (hipotéticos) benefícios, existem alguns aspetos que, pensa-se, aumentam o risco de Síndrome de Morte Súbita e que todas as famílias devem ponderar.
Quase a totalidade dos estudos consultados referem como risco:
- casais ou um dos elementos do casal fumadores;
- consumidores de drogas, medicação e/ou álcool;
- prematuros e/ou bebés que tenham nascido com baixo peso.
É importante também alertar que se encontra descrito que dormir com o bebé sobre o peito, sentada no sofá ou mesmo na cama, aumenta o risco de morte ou lesão grave, por queda ou sufocamento (este último também inerente aos riscos anteriormente descritos).
Se existir um ou mais fatores de risco é importante que o casal pondere não praticar este cuidado.
Outro aspeto que necessita ser considerado, para além de terem em conta estes fatores de risco, é a sexualidade do casal, que muitas vezes fica comprometida pelo facto de partilharem a cama com a criança. Esta poderá ser uma forma de procurarem outras alternativas, no entanto, poderá para muitos ser um entrave tornando-se importante abordarem esta questão.
Assim, como poderão tornar o co-sleeping seguro?
- Os bebés devem dormir de barriga para cima, o colchão deve ser firme (eviatr colchões de água ou outras superfícies macias), a cama larga e o ambiente deve ser desprovido de fumo;
- As mãos dos bebés deverão estar livres e este não deve ser totalmente coberto com a roupa da cama;
- Se algum dos pais tiver cabelo comprido, este deve permanecer apanhado, de forma a diminuir o risco de se "emaranhar" em torno do bebé;
- As crianças com um ano ou menos não devem dormir na mesma cama onde dormem outras crianças;
- Caso haja situação de obesidade de pelo menos um dos pais, é aconselhável que a criança durma numa cama à parte;
- Tanto o Pai como a Mãe devem concordar com a decisão de praticarem co-sleeping, de forma a que a responsabilidade pela criança não recaia em apenas um deles.
Optar pelo co-sleeping (ou não) não faz do casal melhores ou piores Pais. É importante partilharem as escolhas com os profissionais de saúde, sem receio de juízos de valor, para que possam obter um aconselhamento/orientação que vos ajude a escolher o que poderá ser melhor para a vossa Família.
Não há certos, nem errados...há apenas famílias a darem o seu melhor!
o pai, a mãe e eu
Miopia nas crianças e jovens
quarta-feira, 1 de maio de 2019
A palavra miopia tem origem do grego "myopia", que significa "olho fechado", porque as pessoas com esta condição, muitas vezes, encerram os olhos ligeiramente na tentativa de ver o que está mais longe.
Num olho com miopia, o objeto é focado antes da retina. Isto pode acontecer se um olho for maior ou crescer mais do que o esperado (miopia axial), se a córnea (a parte transparente que fica à frente do olho) for mais curva que o normal ou se o índice refrativo do cristalino (nossa lente natural) estiver aumentado.
Desconhecemos a prevalência da miopia em Portugal, mas pensa-se que seja semelhante a outros países ocidentais. Nos EUA estima-se que a prevalência da miopia seja de 3% em crianças entre os 5-7 anos, 8% em crianças entre os 8-10 anos de idade, 14% em jovens entre os 11-12 anos de idade e 25% em adolescentes entre os 12-17 anos. Em países asiáticos a prevalência é ainda maior, chegando a cerca de 84% nos adolescentes entre os 16-18 anos.
Há fatores de risco para a miopia. Atualmente, o mais importante é a história familiar. Os prematuros e crianças com baixo peso ao nascer também têm mais chances de desenvolver miopia. Outro fator de risco menos claro/ evidente pode ser, entre outros, o excesso de trabalho ao perto (quanto mais perto, maior parece ser o risco).
Felizmente, a maioria dos pacientes têm uma miopia ligeira/ moderada e ficam a ver a 100% com óculos ou lentes de contacto e os olhos mantêm-se saudáveis ao longo da vida. Já os altos míopes muitas vezes têm um crescimento anormal do globo ocular e este aumento leva, em muitos casos, a patologias da retina, tais como descolamentos de retina e problemas na parte central da mesma. Assim, todos os altos míopes devem ser vigiados regularmente por um oftalmologista.
Há cirurgia para corrigir a miopia?
Sim, mas a cirurgia só está recomendada a partir dos 18 anos de idade e quando há estabilidade refrativa (não há aumento da graduação dos óculos) pelo menos durante 2 anos.
Existem várias técnicas cirúrgicas como o caso do LASIK e o implante de lentes intraoculares. Mas, para além de só estar indicada em adultos (exceto em casos raros), é necessário fazer vários exames para saber se a pessoa pode ou não ser submetida a cirurgia.
Lígia Figueiredo
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