Amamentação - Qual o papel do pai na amamentação?
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Já foi mencionado que a amamentação é um momento muito especial partilhado apenas pela mãe e pelo bebé. Há pais que se sentem excluídos e muitas vezes surgem alguns sentimentos de frustração. No entanto, os pais têm um papel bastante importante neste momento.
A amamentação não é, logo desde o início, um momento descontraído e feliz. Após o parto, a mãe precisa lidar com muitas questões e isso fá-la sentir-se ansiosa, insegura e por vezes parece que nada corre bem. É aqui que o pai atua, sendo para a mãe e bebé como um pilar.
Assim, o pai pode e deve:
- transmitir segurança à mãe e ajudar na tomada de decisão, incentivando a amamentação quando a mãe parecer vacilar;
- proteger a mãe e o bebé das opiniões alheias que poderão ser nefastas nesta fase;
- colocar o bebé a eructar e mudar a fralda;
- cuidar dos filhos mais velhos, caso os haja, assim como ajudar nas restantes tarefas da casa;
- e mimar... mimar muito a mãe!
Parecem ser tarefas muito simples e, aos olhos de algumas pessoas, quase insignificantes, mas acredite que marcará a diferença.
O apoio no pós-parto e especialmente na amamentação marcará o sucesso desta última.
Amamentação - A produção de leite está a diminuir. Existe alguma técnica que pode ser aplicada para voltar a ter mais leite?
Tal como já foi descrito no separador da prematuridade, existem algumas dicas que poderão favorecer a produção de leite. Dê uma espreitadela pressionando aqui!
Para além disto, existe outra técnica que também é abordada no separador da prematuridade, mas que optámos por colocar aqui um vídeo elucidativo. A técnica a que nos referimos é designada por relactação (técnica que favorece a produção de leite quando este já diminuiu). Ela é mais utilizada em meio hospitalar, mas temos conhecimento que há profissionais de saúde que realizam a técnica já no domicílio, durante as visitas domiciliárias.
Esta técnica, tal como já a descrevemos, é em tudo semelhante à translactação, mas normalmente é utilizada com leite artificial ou com o pouco leite materno que a mãe consegue extrair.
A estimulação da mama e os estímulos enviados ao cérebro durante a amamentação são fatores muito importantes na relactação.
Amamentação - A mama está dura como pedra, apresenta dor e o bebé não consegue adaptar-se à mama. O que fazer?
Por vezes, quando se dá a "descida" do leite, a quantidade produzida é superior àquela que o bebé necessita. Se o leite não for retirado da mama, a sua acumulação poderá originar o que designamos por ingurgitamento mamário.
Neste caso, a dor pode ser grande devido ao fato de haver tensão provocada pelo leite em "excesso". Esta situação vai também dificultar a adaptação do bebé à mama, já que também a aréola ficará tensa.
Caso se depare com esta dificuldade, deve em primeiro lugar extrair leite manualmente ou com bomba elétrica ou manual, isto para fazer diminuir a tensão na mama e facilitar a adaptação por parte do bebé.
Depois disto, se o bebé continuar a não conseguir adaptar-se o melhor será extrair mais leite e oferecê-lo por biberão/ copo/ seringa.
Para ajudar a descongestionar a mama pode e deve massajá-la durante a extração de leite, com movimentos rotativos e descendentes, em direção ao mamilo, tal como elucida a imagem a seguir.
Pode passar o chuveiro com água quente ou aplicar nas mamas um pano previamente humedecido com água quente, já que a temperatura irá facilitar o descongestionamento mamário e consequentemente ajudar na extração de leite e na redução da tensão.
Quando, derivado de um ingurgitamento grave, os canais do leite ficam bloqueados ocorre a mastite, que não é mais do que uma infeção dos tecidos mamários derivada da acumulação de leite.
Os sinais e sintomas são:
- Vermelhidão da mama;
- Edema (inchaço);
- Calor;
- Dor.
Neste caso, já há a necessidade de intervenção do médico, uma vez que será necessário prescrever antibiótico para que estes sinais revertam.
Devido à dor exacerbada, poderá amamentar apenas da mama onde não tem sintomas e extrair o leite da mama afetada, com bomba ou manualmente.
A aplicação de gelo também é possível, de forma a reduzir o edema. Deverá colocar o gelo dentro de um saco, enrolar o saco numa toalha e aplicar na mama por períodos curtos.
Amamentação - Como tratar mamilos dolorosos ou com fissuras?
Quando inicia a amamentação é normal que os mamilos se encontrem um pouco doridos, já que poderá haver vezes em que o bebé não se adapte tão bem. As fissuras surgem de más adaptações que não são corrigidas. Para as evitar, em primeiro lugar deverá garantir a boa adaptação do bebé.
Depois, após cada mamada, deverá retirar umas gotas de leite e espalhar com o seu dedo pelo mamilo. Deve deixar secar e só depois tapar a mama.
Existem também no mercado algumas pomadas que poderão ajudar a cicatrizar a mama.
Se sentir a dor a amamentar devido às fissuras, a alternativa que tem é extrair o leite com a bomba elétrica ou manual e oferecer o seu leite ao bebé por biberão (caso a lactação e amamentação já estejam bem estabelecidas), por seringa ou copo.
Amamentação - Tem os mamilos rasos ou invertidos. E agora?
Por vezes acontece as mães terem um mamilo raso (também designado por plano) ou invertido.
Os vários formatos de mamilos. |
Há bebés que, com uma boa prega na mama, conseguem fazer uma pega adequada. Há outros bebés cujo desempenho não é tão bom.
Para tentar ajudar a que o mamilo se torne um pouco mais proeminente facilitando a pega, existe a técnica da seringa invertida. Abaixo encontra-se a imagem que ajuda a perceber como se deve preparar a seringa e aplicá-la.
Relativamente a esta técnica, torna-se importante salientar que nem sempre se conseguem obter os melhores resultados. O mamilo pode tornar-se um pouco mais proeminente, mas a duração do efeito é curto, podendo ser apenas o suficiente para que o bebé se consiga adaptar à mama.
Deverá ser aplicada 30 a 60 segundos antes da mamada.
Para além disto, outro aspeto negativo prende-se com o fato de que, enquanto estimula o mamilo, também estará a extrair leite, o que poderá ser desconfortável para as mães.
Caso esta técnica não consiga resolver a situação, há sempre os mamilos artificiais que embora estejam na lista dos objetos a não utilizar, acabam por ser um instrumento de grande utilidade para que a amamentação seja bem-sucedida.
Mamilo de silicone |
Há mamilos artificiais de látex ou silicone e algumas marcas possuem dois tamanhos.
Amamentação - Como poderá conservar o leite e qual a sua validade?
sábado, 28 de janeiro de 2017
O quadro que a seguir é apresentado foi retirado do Manual de Aleitamento Materno da UNICEF.
Contudo é importante referir que as validades dos leites no hospital diferem um pouco, dado que as portas dos frigoríficos estão a ser constantemente abertas e a manipulação dos leites é maior.
Contudo é importante referir que as validades dos leites no hospital diferem um pouco, dado que as portas dos frigoríficos estão a ser constantemente abertas e a manipulação dos leites é maior.
É importante referir ainda qu após o leite estar descongelado, a quantidade a ser oferecida ao bebé deve ser retirada para um biberão, que deve ser aquecido em "banho-maria" e não no microondas. Antes de ser oferecido ao bebé, deve testar a sua temperatura na parte interna do punho.
Amamentação - No caso dos bebés prematuros deverá seguir os mesmos conselhos? O que há de diferente?
Tal como referimos na introdução deste artigo, as mães de bebés prematuros deverão e poderão seguir estes conselhos. Contudo, ambas sabemos que o percurso hospitalar é muito diferente do de bebés que nascem de termo ou a partir das 35 semanas.
Muitas vezes, nas ecografias fetais, conseguimos apanhar um momento em que o feto está a chuchar nos dedos. É um momento divertido para todos os pais e será possível acontecer a partir das 29 semanas.
Diz a literatura que entre as 32 e as 34 semanas um bebé poderá começar a iniciar-se na "arte de mamar". No entanto, diz a nossa experiência que, salvo algumas exceções, ele apenas estará disponível para esta maravilhosa experiência a partir das 34 semanas. É a partir deste momento que o bebé passará a conseguir coordenar melhor a sucção - deglutição - respiração.
A tarefa de mamar requer dos bebés prematuros um grande dispêndio de energia, não se alarme se no dia a seguir a uma viagem pela "arte de mamar" o seu bebé perder gramas em vez de as conseguir ganhar.
Acontece também, com alguma regularidade, as enfermeiras colocarem o bebé à mama antes mesmo das 34 semanas. Isto porque, tal como pode ler nas vantagens da amamentação, é um momento em que se promove a vinculação com a mãe. O fator psicológico desta aproximação induz a produção de leite e iniciamos o treino da sucção. Não se espera, contudo, que o desempenho do bebé seja o melhor e a pega perfeita, até porque a sonda de alimentação orogástrica muitas vezes dificulta a adaptação.
Bebé com sonda de alimentação orogástrica. Normalmente fixamo-la no lábio superior, com adesivo. |
Sim, esta é outra das grandes exceções aos critérios que temos vindo a apresentar. A tetina! É com tetina e chucha que estimulamos a sucção no prematuro, alternando a adaptação à mama sempre que o seu estado geral o permite.
Adaptar-se à mama requer do prematuro mais esforço, já que tem de sugar vigorosamente para conseguir extrair leite. A tetina vai gotejando e ajuda na tarefa, mas não é o ideal. A adaptação à mama é a nossa verdadeira preocupação e é interesse de todos que o bebé saia com alta com aleitamento materno exclusivo.
Outra forma de estimular a sucção do bebé prematuro, embora pouco utilizada nas unidades, é a translactação. Existem duas formas de colocar esta técnica em vigor. Numa, o enfermeiro calça uma luva, coloca o dedo na boca do bebé, de forma a perceber se existem movimentos de sucção eficazes. Posteriormente, é colocada uma sonda dentro de um biberão (com leite materno) e a ponta da sonda no dedo, que por sua vez é introduzido na boca do bebé. Com os movimentos de sucção eficazes, o bebé conseguirá ingerir algum leite.
Outra forma de a aplicar é colocar a extremidade da sonda na mama da mãe e adaptar o bebé à mama, permanecendo a outra extremidade dentro do referido biberão com leite.
Podem ver a técnica no filme abaixo.
Outro fator que poderá influenciar a amamentação é a inexistência de leite materno, já que a diminuição na produção é uma das possibilidades. Estimular a mama durante o dia, de 3 em 3 horas, fazendo o horário de alimentação do bebé é muito importante. Durante a noite, a mãe deverá também extrair leite, uma vez que a prolactina (hormona de produção de leite) está em maior quantidade em circulação. Então pretende-se que a mãe estimule pelo menos duas vezes durante a noite.
Outras técnicas que podem ser utilizadas para promover a produção de leite são:
- realizar Kangaroo Care na Unidade onde o bebé está internado (esta técnica será abordada mais tarde neste blogue);
- quando extrair leite ter perto de si uma foto do seu bebé;
- beber muita água;
- descansar bem durante a noite;
- tentar manter-se o mais calma possível.
Para além disto, existe a técnica de relactação, que é em tudo semelhante à técnica de translactação já descrita, mas utilizada apenas com adaptação à mama e muitas vezes o leite que se utiliza no biberão é leite artificial (quando a produção de leite materno é inexistente ou diminuiu drasticamente).
Por fim, existe também um produto natural vendido na Farmácia e que tem como finalidade o aumento da produção de leite. O Promil é um suplemento alimentar que tem na sua composição Cardo Mariano. Vem em saquetas que podem ser dissolvidas em água ou sumo. Deve tomar duas saquetas por dia, fora das refeições (1h antes ou 1h depois das refeições).
Amamentação - Poderá oferecer chuchas ou tetinas a um bebé que é amamentado?
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
As últimas recomendações referem que a chucha, tetinas ou outro tipo de objetos, como os mamilos artificiais, são de evitar, uma vez que poderão dificultar a adequada adaptação à mama, principalmnte até que a lactação e a amamentação estejam bem estabelecidas.
No entanto, é preciso ter em conta que há exceções que são importantes e que se devem ter em conta, tal como será referido mais adiante.
No entanto, é preciso ter em conta que há exceções que são importantes e que se devem ter em conta, tal como será referido mais adiante.
Amamentação - Até que idade deverá amamentar o seu bebé de forma exclusiva?
Neste momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconizou o aleitamento materno exclusivo, ou seja, sem introdução de outros alimentos ou outro tipo de leite, até aos 6 meses de vida. Isto se o bebé estiver com boa progressão ao nível do desenvolvimento físico e cognitivo.
Após os 6 meses, inicia-se a introdução dos alimentos, mas o aleitamento deve manter-se até ser possível, tendo a OMS apontado os 24 meses ou mais como uma meta, caso a mãe e o bebé assim o entendam e se sintam felizes.
Amamentação - O leite da mãe poderá ser fraco e não alimentar devidamente o bebé?
Não existem leites fracos ou fortes. Como já foi referido anteriormente, o leite varia na sua composição ao longo do dia, tanto em quantidade como em qualidade.
O que poderá acontecer é a quantidade do seu leite não suprir as necessidades do seu bebé. Pensando neste aspeto e na possibilidade de não estar a fazer uma correcta pega na mama, o seu bebé deverá ser pesado semanalmente, na mesma balança, até que complete o mês de vida. Se o bebé estiver a progredir bem de peso, então não há com que se preocupar. Talvez o motivo da sua irritação seja outro que não a fome.
Amamentação - Qual a posição mais adequada para a mãe e para o bebé?
Quando amamenta, a mãe deve sentir-se confortável. Existem algumas posições possíveis e até mesmo no caso de querer amamentar gémeos ao mesmo tempo, isso não é uma utopia.
Veja as imagens abaixo, assim como o vídeo que lhe sugerimos.
Posição possível quando os gémeos são bebés pequenos. |
Esta posição para gémeos quando estes já são mais crescidos. |
Uma das formas possíveis quando amamenta deitada. Repare que o bebé está completamente virado para a mãe. A sua barriga toca na barriga do bebé. |
Amamentação - Que tipo de alimentação a mãe deverá ter?
Esta é sempre uma questão muito colocada pelas mães.
A alimentação de uma lactante (mãe que amamenta) deve ser diversificada. Não se deve privar de nenhum alimento, embora não deva ingerir grandes quantidades, principalmente de alimentos alergénicos (exemplo: morangos, marisco, etc.). Caso haja casos na família de alergias às proteínas do leite de vaca (PLV), a mãe deve limitar a ingestão de leite e seus derivados.
Amamentação - Deverá oferecer uma ou as duas mamas ao bebé?
O leite tem na sua constituição água, lactose (o açúcar do leite) e gordura, variando em quantidade e qualidade ao longo do dia.
Quando o bebé inicia a mamada, o primeiro leite que extrai da mama tem maioritariamente água e lactose e só no fim a gordura aparece em maior quantidade. É ela que irá dar a sensação de saciedade ao bebé.
Imagine a refeição de um adulto em que a água seria o nosso prato de sopa, a lactose o nosso prato principal e a gordura a nossa fruta (ou outra sobremesa). Supostamente sentimo-nos saciados ao fim de ingerirmos estes três componentes de uma refeição. O mesmo acontece com o bebé.
Sendo assim, deverá oferecer primeiro uma mama até a esvaziar e só depois a outra, caso o bebé ainda demonstre interesse. Na mamada seguinte, caso tenha oferecido apenas uma mama, deverá começar pela mama que não foi oferecida. Caso contrário, inicia a mamada com a última mama oferecida.
Quando o bebé inicia a mamada, o primeiro leite que extrai da mama tem maioritariamente água e lactose e só no fim a gordura aparece em maior quantidade. É ela que irá dar a sensação de saciedade ao bebé.
Imagine a refeição de um adulto em que a água seria o nosso prato de sopa, a lactose o nosso prato principal e a gordura a nossa fruta (ou outra sobremesa). Supostamente sentimo-nos saciados ao fim de ingerirmos estes três componentes de uma refeição. O mesmo acontece com o bebé.
Sendo assim, deverá oferecer primeiro uma mama até a esvaziar e só depois a outra, caso o bebé ainda demonstre interesse. Na mamada seguinte, caso tenha oferecido apenas uma mama, deverá começar pela mama que não foi oferecida. Caso contrário, inicia a mamada com a última mama oferecida.
Amamentação - Como sabe se o bebé está a fazer uma pega adequada?
Para que o bebé apresente uma boa pega na mama, este deverá abocanhar não só o mamilo como a aréola, tal como se pode ver na imagem abaixo.
Caso o bebé abocanhe apenas o mamilo:
- Este poderá ficar macerado e fissurado;
- O bebé terá mais dificuldade em extrair leite da mama e por isso a mamada não será bem sucedida.
Amamentação - Que horário deverá praticar e quanto tempo deverá durar a mamada?
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Falar em amamentação é falar em "regime livre", principalmente no início em que a lactação e a amamentação ainda não estão bem estabelecidas.
Dado que é impossível contabilizar a quantidade de leite ingerido pelo bebé, este deve ser amamentado sempre que manifestar interesse/ fome.
Da nossa experiência, aconselhamos a que a mãe esteja atenta. O choro do bebé nem sempre significa fome. Poderá estar incomodado com uma fralda suja, por exemplo. No entanto, embora não haja horários rígidos, deve evitar-se intervalos superiores a 3h no primeiro mês de vida do bebé, ou então mamar de 5 em 5 minutos quando a lactação já se encontra bem desenvolvida e a mãe tem leite suficiente.
Quanto à duração da mamada, a nossa experiência diz-nos que se o bebé estiver bem adaptado à mama, a mamar convenientemente sem adormecer e se a mãe tiver leite em quantidade suficiente, em 5 a 10 minutos o bebé conseguirá extrair da mama o necessário para ficar saciado. Há, no entanto, bebés que demoram 30 minutos ou mais.
Durante o período da mamada é importante perceber dois aspetos:
- O bebé está bem adaptado e com uma pega correta (como abordaremos a seguir)?
- O bebé não está a fazer da mama chucha?
Em ambos os casos a mamada deverá ser interrompida. Em caso de má pega deverá ajudar o seu bebé a melhorar, como adiante se explicará. No segundo caso, verifique se o bebé necessita eructar (arrotar) e volte a colocá-lo à mama. Se voltar a fazer da mama chucha, volte a interromper a mamada, uma vez que o risco de macerar e fissurar o mamilo é grande.
Amamentação - Quando ocorre a "descida" do leite?
Num parto eutócico (parto normal), normalmente o leite "desce" ao fim de 24 a 48h. No caso de cesariana e devido a uma estimulação hormonal diferente, a "descida" do leite poderá ocorrer um pouco mais tarde.
Inicialmente aparece o chamado colostro, que não é mais do que uma "água" amarelada e espessa, mas que é muito importante para o bebé. Pode acontecer a mãe já ter colostro nos últimos meses de gravidez.
Para além de outros componentes, faz parte da sua composição os anticorpos que ajudam no reforço imunológico do bebé. Para além disso, também reforça o desenvolvimento do aparelho gastrointestinal, ajudando na eliminação do mecónio (primeiras fezes do bebé). Dura apenas 2 ou 3 dias e após este período aparecerá o leite de transição.
Para além de outros componentes, faz parte da sua composição os anticorpos que ajudam no reforço imunológico do bebé. Para além disso, também reforça o desenvolvimento do aparelho gastrointestinal, ajudando na eliminação do mecónio (primeiras fezes do bebé). Dura apenas 2 ou 3 dias e após este período aparecerá o leite de transição.
Amamentação - Quais são as vantagens da amamentação para a mãe e para o bebé?
Para além dos dois principais intervenientes, a amamentação apresenta vantagens também a nível familiar. Vamos então enumerá-las:
Vantagens para o bebé:
Vantagens para o bebé:
- Previne o aparecimento de otites, diarreia, vómitos, pneumonias, bronquiolites e meningites (uma vez que a mãe passa par o bebé, através do leite, anticorpos que irão reforçar o sistema imunológico do bebé);
- Reforça o vínculo afetivo com a mãe e futuramente a criança será mais confiante na relação com os seus pares e outros adultos (este momento é de grande cumplicidade, apenas mãe-filho, sem que outros se devam interpor);
- Melhora o desenvolvimento da boca e o alinhamento dos dentes;
- É mais facilmente digerido;
- Melhora o desenvolvimento físico e cognitivo do bebé.
Vantagens para a mãe:
- Ajuda a perder o peso ganho durante a gravidez;
- Ajuda na involução uterina (o útero a voltar ao seu tamanho normal);
- Protege relativamente ao aparecimento de cancro da mama e do ovário e previne a osteoporose.
Vantagens para a família:
- É gratuito;
- Está sempre à temperatura ideal e preparado independentemente da hora a que o bebé decida mamar.
Amamentação - Introdução
A amamentação é sempre um tema envolto em alguma expetativa por parte das mães de primeira viagem e muito ansiado por parte das mães já com filhos mais crescidos e com sucesso na amamentação. Mas, em ambas, é normal que surjam dúvidas.
É importante referir que cada bebé é uno e por isso um filho nunca irá agir da mesma forma que o anterior. Por vezes parecem nascer já ensinados. O reflexo de sucção está presente desde as 29 semanas de gestação e há muitos bebés que, quando nascem de termo (com o tempo de gestação completo - 38 a 40 semanas) parece que desde sempre se adaptaram à mama, de tal forma que chegamos a verbalizar: "Parece que nasceu ensinado!" Contudo, nem sempre as coisas correm com tanta facilidade. Uma das exceções que importa referir prende-se com os bebés prematuros.
Relativamente à amamentação nestes casos particulares, tendo em conta que algumas mães que acompanham o nosso blogue e página de facebook ainda têm o seu bebé internado, faremos alusão a todas as particularidades inerentes. No entanto, tudo o que será aqui mencionado poderá e deverá ser tido em conta pelas mães de bebés prematuros, uma vez que estes são os aspetos base da amamentação e dúvidas que também são frequentemente colocadas por vós.
Optámos por descrever as dúvidas que da nossa experiência são as mais frequentes. Não hesite em contactar-nos se, para além do que aqui esclarecemos, se mantiver com dúvidas. Convidamo-las a escreverem-nos em forma de comentário ou mensagem privada.
De seguida enumeramos as dúvidas que serão esclarecidas em diferentes publicações. Pode facilmente encontrá-las no separador devido, designado por "Amamentação".
- Quais são as vantagens da amamentação para a mãe e o bebé?
- Quando ocorre a "descida" do leite?
- Que horário deverá praticar e quanto tempo deverá durar a mamada?
- Como sabe se o bebé está a fazer uma pega adequada da mama?
- Deverá oferecer apenas uma ou as duas mamas ao bebé?
- Que tipo de alimentação a mãe deverá ter?
- Qual a posição mais adequada para a mãe e para o bebé?
- O leite da mãe poderá ser fraco e não alimentar devidamente o bebé?
- Até que idade deverá amamentar o seu bebé de forma exclusiva?
- Poderá oferecer chuchas ou tetinas a um bebé que é amamentado?
- No caso dos bebés prematuros, deverá seguir os mesmos conselhos? O que há de diferente?
- Como poderá conservar o leite e qual a sua validade?
- Tem os mamilos rasos ou invertidos. E agora?
- Como tratar mamilos dolorosos ou com fissuras?
- A mama está dura como pedra, apresenta dor e o bebé não consegue adaptar-se para mamar. O que fazer?
- A produção de leite está a diminuir. Existe alguma técnica que pode ser utilizada para voltar a ter uma produção maior?
- Qual o papel do pai na amamentação?
É importante referir que para a realização deste tópico, para além da experiência, tivemos também o suporte do Manual de Aleitamento Materno da UNICEF.
De forma a ilustrar melhor a mensagem que queremos transmitir, houve em alguns casos necessidade de recorrer a imagens recolhidas no google e vídeos do YouTube.
A nossa missão e locais onde nos pode encontrar
Comprometemo-nos publicar informação com base científica, com uma pitadinha de experiência pessoal de cada um dos elementos da equipa, de uma forma clara e acessível a todos quantos quiserem usufruir deste nosso cantinho do conhecimento.
Aliado a este blogue, prometemos não cair na monotonia e temos já muitas ideias para colocar em prática. Aguardem pelo que temos reservado para vós!
É importante agradecer à D. Dulce Gomes uma das primeiras impulsionadoras e à Rita Sousa e Joel Santos que nos ajudaram com o logotipo que carateriza o nosso projeto.
A Nossa História!
Um dia decidimos que poderíamos fazer mais do que já fazemos no nosso dia-a-dia profissional. Que os nossos conhecimentos poderiam ser úteis neste mundo cibernáutico, onde a informação nem sempre é filtrada e tende a gerar ideias erróneas ou imensas dúvidas na população de Pais.
O acaso fez o seu trabalho e várias sugestões por parte de vários conhecidos fizeram-nos tomar a dianteira e surgiu este projeto, a 1 de Fevereiro de 2017.
As profissionais que estiveram na sua construção são:
As profissionais que estiveram na sua construção são:
Núria Simões, enfermeira especialista de Saúde Infantil e Pediatria e fundadora d' o pai, a mãe e eu.
Nasceu a 29 de Junho de 1981, formou-se na antiga Escola Superior de Enfermagem de S. Vicente de Paulo e especializou-se na Universidade Católica Portuguesa. Trabalhou durante 11 anos na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, na Unidade de Neonatologia.
Para além disso, tem alguns projetos no âmbito da comunidade e colaborou com os Bombeiros Voluntários, na emergência pré-hospitalar.
É conselheira de aleitamento materno e instrutora de massagem infantil, certificada pela APMI.
Nasceu a 13 de Julho de 1988, formou-se em Medicina pela Universidade Nova de Lisboa e encontrava-se a realizar o internato de Medicina Geral e Familiar no ACES Almada - Seixal, na USF Monte da Caparica.
Para além disso, dedica-se à emergência pré-hospitalar, colaborando com os Bombeiros Voluntários Lisbonenses.
No final de 2017, a Patrícia deixou o projeto por questões pessoais e no final de 2018 o pai, a mãe e eu foi registada como marca nacional. O sonho tornou-se realidade e o projeto tomou outras direções e dimensões. O resto... o blogue e a página de facebook falam por si.
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