Babywearing - Benefícios
quarta-feira, 29 de março de 2017
Cólicas- diminui as cólicas associadas aos três primeiros meses, devido ao contato pele a pele;
Plagiocefalia de posição- o posicionamento do bebé nos primeiros meses de vida deve ser alterado durante o dia de forma a evitar alterações na formação da cabeça, ocorre quando os bebés ficam deitados muito tempo na cama ou no "ovo".
Choro- Torna o bebé mais calmo, pois é o mais próximo que temos do espaço intra-uterino, assim como diminui o tempo de resposta aos pedidos do bebé.
Amamentação- Estimula a produção de ocitocina que é fundamental para estimular a produção de leite materno e permite amamentar durante a sua prática.
Displasia da anca- devido ao posicionamento das pernas em "M" ou "pernas de rã" diminuímos o risco da displasia da anca.
Atividade física- Aumenta a core abdominal e dorsal de quem transporte o bebé.
Adaptável- Devido à sua estrutura maleável torna-se ajustável ao desenvolvimento do músculo esquelético do bebé.
Sono- há quem diga que os panos têm pozinhos mágicos, porque a tendência é adormecer pouco tempo depois de estar no pano.
Podemos entender o babywearing como um ganho a todos os níveis. Há cada vez mais adeptos por todo o mundo! Para que possam praticar um ótimo babywearing existem consultoras certificadas para ajudar na escolha mais adequada a cada um de nós.
Sono- há quem diga que os panos têm pozinhos mágicos, porque a tendência é adormecer pouco tempo depois de estar no pano.
Podemos entender o babywearing como um ganho a todos os níveis. Há cada vez mais adeptos por todo o mundo! Para que possam praticar um ótimo babywearing existem consultoras certificadas para ajudar na escolha mais adequada a cada um de nós.
Babywearing - O que é?
É um conceito simples que consiste no uso de um sling para transporte do bebé junto a nós, a palavra em inglês significa "usar/ vestir o bebé".
O babywearing não é só uma palavra que está na moda e sem tradução literal para a nossa língua. É a forma de transportar as nossas crianças de forma descomplicada, económica, saudável e funcional.
Esta prática é muito antiga, é comummente vista em mulheres ativas de algumas povoações de África e da Ásia. Nos países mais desenvolvidos, este conceito acabou por decair. Mas, felizmente, já se percebeu que existem muitas vantagens em transportarmos as nossas crias junto a nós!
Para dar início a esta prática precisamos, em primeiro lugar de um porta bebés ergonómico. Pode ser um pano, um sling de argolas, uma mochila adequada, ... Em segundo lugar, precisamos de saber quais as normas de segurança, a seguir uma pitadinha de amor... "et voilá", faz-se a magia! Passamos a ter um bebé mais calmo, pais mais confiantes e até podemos dizer adeus às barreiras arquitetónicas que nos impedem de levar o nosso mais-que-tudo para todo o lado.
Existem inúmeros motivos para optarmos pelo babywearing, no entanto as principais razões qye levam os pais a fazer esta escolha são: a funcionalidade, bem estar e saúde. Os estudos validam os benefícios desta prática desde o nascimento, para os bebés e para o cuidador.
Celina Gaspar
O meu nome é Celina, sou formada em Fisioterapia, Consultora de Babywearing e CAM (Conselheira de Aleitamento Materno).
O meu interesse pelo Babywearing surgiu após o nascimento do Xavier e da procura de uma solução para continuar a ter uma vida ativa.
O meu interesse pelo Babywearing surgiu após o nascimento do Xavier e da procura de uma solução para continuar a ter uma vida ativa.
Hemorragias intra-periventriculares - Que futuro?
quarta-feira, 22 de março de 2017
A médio-longo prazo, estas crianças podem ser completamente normais, com bom desenvolvimento neurológico e cognitivo. Podem ter graus menores a maiores de paralisia cerebral, que pode variar de uma pequena limitação motora, mas com autonomia quase total, a formas graves, incapazes de comer, andar, totalmente dependentes de terceira pessoa e, por vezes, estados vegetativos, em que a capacidade de ver, ouvir e sentir o meio exterior é muito duvidosa.
Normalmente, pela evolução das ecografias transfontanelares, pela ressonância magnética cerebral que geralmente se faz quando as crianças têm uma idade gestacional corrigida equivalente a 40-42 semanas e pela evolução do exame neurológico, vai sendo possível ser-se mais preciso em relação às consequências a médio e longo prazo. Nas formas muito graves, deteta-se precocemente que a evolução vai ser muito negativa. Nas formas intermédias e ligeiras, dada a plasticidade cerebral e variabilidade de fatores envolvidos, torna-se difícil ser preciso, nos primeiros meses a anos, sobre a evolução a longo prazo. Na idade escolar, por vezes, detetam-se alguns problemas de atenção, que embora sendo mais prováveis nesta população prematura, também podem existir em crianças de termo que nascem e crescem sem problemas aparentes.
Um diálogo aberto com os profissionais de saúde envolvidos, em cada momento, no tratamento da criança, dá a oportunidade de se colocarem as dúvidas e naturais angústias, quando se tem um filho(a) prematuro(a) e os problemas que daí podem advir. Infelizmente temos muitas vezes que aprender a lidar com o fator desconhecido, com a variabilidade dos seres humanos e com o fato de que, frequentemente, não se podem dar certezas nem fazer previsões, pois há muitas variáveis em jogo. A esperança, o positivismo, a perseverança, o diálogo familiar e com os profissionais, apoiados nos dados concretos que se vão obtendo ao longo da evolução da criança, são a melhor maneira de se enfrentar o dia a dia com a criança prematura.
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Hemorragias intra-periventriculares - Como podem evoluir?
As hemorragias intra-periventriculares podem evoluir de várias maneiras:
- Serem reabsorvidas, sem haver qualquer envolvimento do cérebro, o que tem um prognóstico bom, geralmente sem sequelas;
- Os coágulos de sangue dentro dos ventrículos podem entupir a circulação do líquido cefalorraquidiano e o bebé ter, a curto prazo, hidrocefalia (dilatação dos ventrículos) que, a partir de certa altura, tem que ser tratado por médicos neurocirurgiões, que vão colocar um tubo fino dentro do ventrículo, para o descomprimir (derivação ventricular, que pode ter várias variantes de acordo com a situação do bebé);
- Podem ocluir a drenagem venosa do cérebro adjacente e causar um enfarte cerebral, mais ou menos extenso, que determina as futuras sequelas que a criança poderá vir a ter.
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As consequências das hemorragias intra-periventriculares, a médio e longo prazo estão, como se percebe do acima descrito, muito dependentes da gravidade da hemorragia, existência ou não de enfarte cerebral e da sua extensão, da existência ou não de hidrocefalia, da sua gravidade e rapidez de tratamento.
Também afetam muito as consequências a médio e longo prazo fatores como:
- Fisioterapia e estimulação precoce, de qualidade (o cérebro imaturo tem mais capacidade de se "compensar" de lesões que um cérebro mais maduro);
- Ambiente familiar com estímulos de qualidade (famílias mais esclarecidas e que investem mais do seu tempo com a criança) está associado a uma evolução mais favorável do que famílias disfuncionais;
- Bebés do sexo feminino, para o mesmo tipo de lesões e de oportunidades de estimulação precoce e familiar têm, globalmente, tendência para melhor evolução a médio e longo prazo que bebés do sexo masculino.
Hemorragias intra-periventriculares - O que são?
As hemorragias intraventriculares ocorrem predominantemente em recém-nascidos prematuros. O cérebro imaturo, pelo fato de estar numa fase de grande crescimento, necessita de abundante irrigação sanguínea, que se faz da base e interior do cérebro para a sua periferia. O sangue, depois já venoso, circula pelas veias que vão confluindo para grandes seios venosos que existem ao redor e na base do cérebro.
Os vasos originais do interior e da base do cérebro formam uma rede volumosa e frágil, chamada matriz germinativa, localizada na base dos ventrículos cerebrais laterais. Estes ventrículos são cavidades cheias de líquido cefalorraquidiano que existem ao longo de toda a nossa vida. Os vasos da matriz germinativa vão diminuindo de volume e quantidade quando o feto se torna mais maduro e são diminutos nos bebés que nascem de termo.
A regulação da circulação cerebral nestes vasos arteriais é muito imatura nos fetos e bebés prematuros, sendo muito dependente de outros fatores externos aos próprios vasos. Quanto mais de termo é um feto, mais capacidade os vasos sanguíneos têm de se contrair ou relaxar consoante as variações da oxigenação e da pressão arterial.
Num bebé muito prematuro, alterações circulatórias, cardíacas (como a persistência do canal arterial), pulmonares ou da capacidade de coagulação do sangue, podem causar sangramento nestes vasos da matriz germinativa ou do plexo intraventricular. São as hemorragias intra-ventriculares, em que o sangue é derramado para o interior dos ventrículos laterais, podendo extender-se pelos outros ventrículos cerebrais (não há só os ventrículos laterais).
Consoante a percentagem de ventrículo inundado por sangue, visível através das ecografias transfontanelares (que se fazem através das várias fontanelas que os bebés têm no crânio, que está na fase incipiente da calcificação), graduam-se as hemorragias em graus (1 a 3), sendo que a situação pode ser tanto mais grave quanto maior for o grau. Atualmente não se fala em hemorragias grau 4, pois considera-se que o aparecimento de sangue dentro do cérebro do bebé (fora dos ventrículos) é um enfarte hemorrágico causado pela obstrução da drenagem venosa e não uma extensão da hemorragia intraventricular. Assim, podemos ter hemorragias 1 a 3 com ou sem enfarte cerebral.
Israel Macedo
segunda-feira, 20 de março de 2017
O meu nome é Israel Macedo. Sou Pediatra de Medicina Neonatal.
Nasci no ano de 1959. Formei-me em Medicina pela Faculdade de Medicina, da Universidade de Lisboa.
Atualmente, sou Neonatologista na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, onde permaneço desde 1996 e Médico Pediatra no INEM Neonatal e Pediátrico.
Durante o meu percurso profissional apostei na formação e, entre outras, realizei Mestrado e Pós-graduação no âmbito da Epidemiologia e o Doutoramento em Medicina.
Em 2009, dei início ao primeiro Banco de Leite Humano em Portugal, sediado na Maternidade Dr. Alfredo da Costa, do qual me mantenho Coordenador.
Método Canguru: contato pele a pele - Barreiras versus Estratégias Promotoras
quarta-feira, 15 de março de 2017
Estudos salientam que a prática do Método Canguru apresenta-se como uma prática complexa devido às suas múltiplas componentes, salientando-se o próprio Método Canguru (duração/ aplicação); a amamentação; a alta precoce e o acompanhamento pós-alta. Considerando-se ainda que, a inexistência de uma norma que dite as regras para a concretização deste método, torna ainda mais difícil a sua implementação.
Como tal, apresentam-se como barreiras à sua implementação/ prática a própria condição do recém-nascido prematuro, a qual pode dificultar a vinculação e o envolvimento dos pais; a falta de privacidade; a ausência dos pais/ família; a falta de conhecimento e inexperiência por parte dos profissionais de saúde e as condições físicas inadequadas à prática do Método Canguru.
No entanto, surgem como principais estratégias promotoras da implementação do Método Canguru a formação dos profissionais de saúde e pais/ família e a integração deste método enquanto uma forma de cuidado importante para o adequado desenvolvimento do recém-nascido prematuro.
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Método Canguru: contato pele a pele - Como aplicar!
São diversas as formas utilizadas na aplicação do método no que diz respeito à sua abrangência, ao momento de início e ao tempo de permanência na posição canguru.
O Método Canguru pode ser iniciado logo após o nascimento, no entanto quando os recém-nascidos apresentam complicações, em especial os prematuros, os cuidados iniciais devem seguir os protocolos institucionais elaborados com base nas características da unidade de cuidados e bebés internados, devendo ser elaborados em concordância com todos os profissionais, para que se torne mais fácil a aceitação.
Dada a relevância do Método Canguru ao nível dos seus múltiplos benefícios, consideramos pertinente que os mesmos sejam apresentados no quadro abaixo.
Atualmente um dos maiores desafios em neonatologia relaciona-se com um modelo de cuidados ao recém-nascido centrado na família. Os cuidados específicos que os recém-nascidos prematuros necessitam, obriga-os a internamentos mais ou menos prolongados em unidades de cuidados especiais ou de cuidados intermédios neonatais, que apresentam um ambiente excessivamente tecnológico, que por si só é fonte de stress acrescido para o bebé e para os seus pais, devido ao excesso de ruído, luminosidade e outros estímulos resultantes da manipulação frequente e de procedimentos dolorosos. Este ambiente provoca uma barreira acentuada entre os pais e o bebé, que se vêem muitas vezes restringida na comunicação (verbal e não verbal) em si.
O Método Canguru caracteriza-se por ser uma estratégia complementar aos cuidados ditos tradicionais, que proporciona um conhecimento mais aprofundado do recém-nascido prematuro por parte dos seus pais. Cabe, pois, à equipa de profissionais informar de forma clara e eficaz em que consiste o método, a sua aplicabilidade, as suas vantagens e incentivar a sua prática.
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Método Canguru: contato pele a pele - O quê e porquê?
O Método Canguru é conhecido por método mãe-canguru ou mesmo por contato pele a pele.
Foi desenvolvido em 1978 pelo Dr. Edgar Rey Sanabria, no instituto Materno-Infantil de Bogotá, na Colômbia, de modo a fazer face ao problema de falta de incubadoras que se verificava na época pela sobrelotação das unidades neonatais, nas quais muitas vezes se encontravam dois ou mais recém-nascidos numa mesma incubadora.
Este método destinava-se a potenciar a alta precoce de recém-nascidos de baixo peso, de modo a evitar as infeções cruzadas; ausência de recursos tecnológicos; elevadas taxas de mortalidade neonatal e o abandono materno, assim como permitia ao recém-nascido tornar-se, com maior facilidade, independente do ventilador.
O método consistia em colocar o bebé entre os seios maternos, em contato pele a pele e em posição vertical, de modo a que os recém-nascidos prematuros se mantivessem aquecidos, com uma temperatura controlada. O Dr. Sanabria observou que, para além da termorregulação, os bebés passaram a demonstrar uma estabilidade a nível clínico mais rápida e eficaz, o que lhes permitia uma alta hospitalar precoce. Foi também possível constatar que o contato pele a pele precoce e duradouro entre mãe e filho, favorecia a formação de vínculos afetivos entre ambos. Estas evidências despertaram o interesse da UNICEF.
Inicialmente considerado um método utilizado em comunidades e países com grandes dificuldades socioeconómicas rapidamente se assistiu à sua disseminação aos países em desenvolvimento e aos países desenvolvidos de todo o mundo.
O Método Canguru passou então a estar presente ao nível dos diferentes níveis da prestação de cuidados, com evidentes resultados nas taxas de mortalidade e morbilidade infantil, dos países que o aplicam de forma sistemática. Contudo, este método não deve ser entendido como substituto dos tratamentos terapêuticos, mas sim como contributo para o processo de recuperação da saúde e na melhoria da qualidade de vida.
Método Canguru: contato pele a pele - Introdução
Anualmente nascem cerca de quinze milhões de recém-nascidos prematuros, em todo o mundo.
A Organização Mundial da Saúde (2003) define prematuro como todo aquele que nasce com menos de 37 semanas de gestação, independentemente do peso à nascença e como recém-nascido de muito baixo peso, todos os recém-nascidos com peso ao nascimento inferior aos 1500g, independentemente da idade gestacional. Considerando-se que a prematuridade quando associada ao baixo peso ao nascimento, acarreta efeitos negativos consideráveis para a sobrevivência e desenvolvimento dos recém-nascidos, além do inevitável e importante impacto socioeconómico para as várias comunidades.
Se, por um lado, o desenvolvimento tecnológico permite uma melhoria dos cuidados prestados e a uma melhoria da saúde, por outro lado torna-se um entrave ao desenvolvimento da vinculação precoce entre pais e filhos.
Nas sociedades ocidentais verifica-se um recurso excessivo à tecnologia, nomeadamente no momento do parto, encontrando-se mãe e filho privados de um contato precoce efetivo, principalmente quando se trata de um parto prematuro ou em situações que, quer mãe quer filho, apresentem situações clínicas que impeçam este contato. A qualidade do contato inicial entre mãe e filho é fundamental para o desenvolvimento de uma vinculação saudável e promotora do desenvolvimento da criança, tornando-se extremamente fundamental em situações de risco, como a prematuridade.
Numa altura em que a humanização dos cuidados de saúde e a qualidade dos mesmos é o foco central dos cuidados prestados, torna-se indiscutível a adoção de novas estratégias de cuidados capazes de melhorarem os mesmos, como o Método Canguru, considerando indispensável ao bem-estar de pais e filhos e à excelência dos cuidados.
Imagem retirada do Google Imagem
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Sílvia Duarte
segunda-feira, 13 de março de 2017
Olá! Sou a Sílvia Duarte, Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria.
Sou enfermeira há 17 anos e ao longo destes anos, desempenhei funções no Hospital de São
Bernardo, em Setúbal, no serviço de Obstetrícia e Ginecologia e posteriormente na Unidade de Neonatologia.
Paralelamente trabalhei na Clínica de Hemodiálise de Setúbal. Passei pela UCSP de Santa Maria, Setúbal e por fim, pela Unidade de Neonatologia da Maternidade Dr. Alfredo da Costa - CHLC, EPE., onde atualmente desempenho funções.
Além dos cuidados diretos ao recém-nascido e família, participo em vários grupos de trabalho/ projetos, sendo corresponsável pela área de Formação em Serviço. Participo também no âmbito do projeto "Conversas com os Pais" com os temas "Método de Canguro" e "Sinais de alerta. Alta para o Domicílio", enquanto coautora.
Sou enfermeira há 17 anos e ao longo destes anos, desempenhei funções no Hospital de São
Bernardo, em Setúbal, no serviço de Obstetrícia e Ginecologia e posteriormente na Unidade de Neonatologia.
Paralelamente trabalhei na Clínica de Hemodiálise de Setúbal. Passei pela UCSP de Santa Maria, Setúbal e por fim, pela Unidade de Neonatologia da Maternidade Dr. Alfredo da Costa - CHLC, EPE., onde atualmente desempenho funções.
Além dos cuidados diretos ao recém-nascido e família, participo em vários grupos de trabalho/ projetos, sendo corresponsável pela área de Formação em Serviço. Participo também no âmbito do projeto "Conversas com os Pais" com os temas "Método de Canguro" e "Sinais de alerta. Alta para o Domicílio", enquanto coautora.
A Infertilidade - Onde pode recorrer?
quarta-feira, 8 de março de 2017
No nosso país existem vários Centros Públicos que realizam este tipo de tratamentos. São eles:
Região Norte
Região Norte
- Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
- Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho, EPE
- Centro Hospitalar do Porto, EPE
- Centro Hospitalar de São João, EPE
Região Centro
- Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, EPE
- Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Região de Lisboa e Vale do Tejo
- Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE - Hospital de Santa Maria
- Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE - Maternidade Dr. Alfredo da Costa
- Hospital Garcia de Orta, EPE
Região Autónoma da Madeira
- Hospital Dr. Nélio Mendonça, Sesaram, EPE
Relativamente aos Centros Privados, pode recorrer a estes tratamentos em:
Região Norte
- Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros
- CETI (Centro de Estudo e Tratamento da Infertilidade)
- CEIE (Centro de Estudos de Infertilidade e Esterilidade)
- COGE (Clínica Obstétrica e Ginecológica de Espinho)
- FERTICARE (Centro de Medicina da Reprodução)
Região Centro
- CLINIMER (Clínica de Medicina da Reprodução)
- FERTICENTRO (Centro de Estudos de Fertilidade)
Região de Lisboa e Vale do Tejo
- AVA CLINIC
- BRITISH HOSPITAL, Lisbon XXI
- CEMEARE
- Hospital dos Lusíadas
- IVI Lisboa
- MALO CLINIC - GINEMED Lisboa
Região do Algarve
- FERTIMED (centro Médico de Reprodução Humana)
Região Autónoma dos Açores
- MEKA CENTER (Clínica da Mulher)
Região Autónoma da Madeira
- FERTIMADEIRA (Centro de Estudos de Fertilidade e de Criopresenvação da Madeira)
A infertilidade - Causas e tratamento
As causas da infertilidade mais comuns estão divididas em três grupos:
Pode também recorrer a tratamentos mais complexos como:
É importante salientar que, após a realização dos tratamentos são precisos 12 a 14 dias para o casal saber se alcançou o seu sonho.
- origem feminina
- origem masculina
- origem mista
Depois do diagnóstico, o médico especialista irá determinar o tratamento mais adequado a cada casal.
Pode recorrer a tratamentos simples como:
- Indução da Ovulação (IO) - Este tratamento consiste na administração de medicamentos que favorecem o desenvolvimento dos folículos e posteriormente é induzida a ovulação. As relações sexuais são programadas para que coincidam com a ovulação.
- Inseminação Intra-Uterina (IIU) - Introdução de espermatozóides do companheiro ou de um dador no interior do útero da mulher, próximo do momento da ovulação.
Pode também recorrer a tratamentos mais complexos como:
- Fertilização In Vitro (FIV) - Consiste na fecundação do óvulo pelo espermatozóide em laboratório. Requer a estimulação dos ovários e posterior punção ovárica para a recolha dos óvulos. Após a fecundação, os embriões são transferidos para o útero da mulher.
- Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides (ICSI) - semelhante à fertilização in vitro, mas neste caso o espermatozóide é introduzido diretamente dentro do óvulo em meio laboratorial.
Para além dos tratamentos enumerados, existem muitos outros que poderão ser sugeridos, embora os primeiros sejam os mais comuns.
É importante salientar que, após a realização dos tratamentos são precisos 12 a 14 dias para o casal saber se alcançou o seu sonho.
A Infertilidade - O que é?
A Infertilidade é um acontecimento inesperado na vida de um casal e uma barreira ao sonho de ter um filho.
É uma situação clínica com implicações pessoais, relacionais e sociais. Ultrapassar a infertilidade é diferente de casal para casal. Pode ser influenciada por diversos fatores e pode manifestar-se de forma diferente ao longo do tempo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) chama de infertilidade quando existe incapacidade de gerar uma gravidez após um ou mais anos de relações sexuais desprotegidas.
A infertilidade pode ser primária (quando um casal não consegue nem nunca conseguiu obter uma gravidez anteriormente) ou secundária (quando há incapacidade de conceber uma gravidez em casais que já alcançaram uma gravidez anterior, independentemente do seu término).
A avaliação do casal através de exames específicos é fundamental.
Em 85 a 90% dos casos é possível identificar a causa da infertilidade. Nos casos em que não é possível identificar são classificados como infertilidade idiopática/ inexplicada.
Ana Gaspar
segunda-feira, 6 de março de 2017
Olá! Chamo-me Ana Gaspar e sou Enfermeira.
Nasci a 25 de Agosto de 1989, formei-me em enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias. Fiz uma Pós-Graduação em Gestão de Serviços de Saúde, na Universidade Europeia e encontro-me atualmente a frequentar a especialidade em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, na Universidade Católica Portuguesa.
Trabalho no Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE, pólo Maternidade Dr. Alfredo da Costa, na Unidade de Cuidados Intermédios Neonatais e na MALO CLINIC - Ginemed Lisboa - Centro de Reprodução Medicamente Assistida.
Segurança no transporte da criança - do nascimento aos 12 meses: características das cadeiras
quarta-feira, 1 de março de 2017
As cadeiras homologadas pelo regulamento ECE R44/ 03, ECE R44/ 04 devem ser adequadas ao peso, altura e idade da criança. Estão classificadas em 5 grupos, de acordo com o peso: 0, 0+, I, II e III.
Na cadeira do grupo 0+, vulgarmente conhecida por "ovo", a criança viaja semi-sentada. É a mais aconselhável, pois ao ser instalada voltada para trás (única possibilidade de instalação neste grupo), apoia uniformemente a cabeça, o pescoço e a região dorsal do bebé, sendo muito eficaz na prevenção de lesões da coluna cervical (pescoço).
Este tipo de cadeira deve ser colocado no banco traseiro do automóvel, voltada para trás (pelo menos até aos 18 meses, idealmente até aos 3/ 4 anos). No caso de um veículo de dois lugares, pode ser colocado no banco frontal sempre com o airbag frontal desligado e presa com cinto de segurança de 3 pontos de fixação, passando nas guias marcadas na cadeira a azul. Se o veículo estiver equipado com sistema isofix, deve ser colocado o respetivo dispositivo com 3 pontos obrigatórios de fixação ao veículo, encaixando a cadeira neste sistema, não sendo necessária retenção com cintos de segurança.
Fonte: APSI. Segurança da Criança Passageiro do nascimento aos 12 meses de: 03-2012 |
Em Julho de 2013, entrou em vigor uma nova norma referente aos novos sistemas de retenção para crianças (i-Size).
Nestas cadeiras, o critério do peso para a escolha da cadeira deixou de existir, passando a existir o critério da altura, daí a designação i-Size (a escolha da cadeira deve fazer-se em função da altura dos ombros da criança, largura dos ombros e da anca).
Foram também adicionados novos requisitos de segurança, tais como:
- as cadeiras i-Size são maiores e permitem sentar em posição voltada para trás, mesmo as crianças mais altas, até mais tarde;
- apresentam proteção para embates laterais;
- a fixação é apenas realizada por encaixe (sistema isofix), o que diminui o risco de instalação incorreta.
Durante algum tempo (ainda indeterminado) vão coexistir no mercado cadeiras homologadas por ambos os regulamentos.
Autora: Diana Vaz
Segurança no transporte da criança - quadro de características dos grupos de sistemas de retenção
Este quadro elucida-nos acerca do grupo de sistema de retenção a escolher e a posição em que este deve ser colocado, tendo em conta o peso e a idade da criança.
Grupo
|
Peso
|
Idade
(aproximada)
|
Posição da
cadeira
|
0 – Alcofa
|
Só para
casos especiais,
sob
recomendação médica
|
De lado, perpendicular à
marcha; cabeça para interior do veículo.
|
|
0+
|
Até 13 Kg
|
Até 12-18
meses
|
Virada para trás
|
0+/ I ou I
|
Até 18 Kg
|
12
meses–3/ 4 anos
|
Virada para trás
|
0+/ I ou I
|
Até 18 Kg
|
12
meses–3/ 4 anos
|
Virada para a frente
|
II/ III
|
15-36 Kg
|
4/ 6 anos-
12 anos
|
Virada para a frente
|
III
|
22-36 Kg
|
8/ 9- 12
anos
|
Virada para a frente
|
Fonte: Orientação da Direção Geral da Saúde. Transporte de Crianças em automóvel desde a alta da Maternidade: número 001/ 2010, de 16-09-2010
Autora: Diana Vaz
Segurança no transporte da criança - do nascimento aos 12 meses: recomendações
As recomendações relativas à correta colocação da criança na cadeira de transporte são:
- é recomendado que os cintos internos da cadeira tenham 5 pontos de fixação, devendo os pontos de fixação dos cintos ao encosto ficar na direção dos ombros do bebé;
- o arnês deve ser bem ajustado ao corpo da criança (folga máxima de um dedo entre o arnês e o ombro);
- não se podem colocar quaisquer mantas entre o bebé e a cadeira. Este deve ser diretamente sentado na mesma e os cintos ajustados. Em caso de necessidade, poderão ser colocados dispositivos adequados lateralmente e entre as pernas do bebé, para promover um adequado suporte;
Fonte: Bull MJ, and Engle WA Pediatrics: de 2009; 123: 1424 - 1429 |
- nos modelos que têm "guarda-sol", este deve ser rebatido ou retirado durante o transporte automóvel;
- desaconselha-se a utilização de cadeiras em segunda mão, a não ser que estejam de acordo com as normas de segurança atuais, possuam o livro de instruções original, assim como todas as peças e se conheça muito bem o seu historial. Nunca se deve reutilizar cadeiras envolvidas num acidente de viação, mesmo que pareçam não ter sofrido qualquer dano;
- nunca deixar a criança sozinha no automóvel, em nenhuma circunstância, mesmo que seja por um período curto de tempo;
- quando a cadeira é utilizada fora do carro deve sempre ser colocada no chão (nunca em cima de mesas ou cadeiras) e os cintos devem ser corretamente apertados.
A criança deve viajar na cadeira do grupo 0+ até o mais tarde possível, pois é mais fácil de instalar, de mudar de um carro para o outro e tem menos erros de utilização do que as cadeiras seguintes. Mesmo que os pés batam nas costas do banco, ou que a criança tenha de viajar de pernas dobradas ou encolhidas, o nível de proteção não fica comprometido. Apenas quando a criança atingir os 13kg de peso ou a cabeça ultrapassar o limite superior das costas da cadeira ou o arnês ficar demasiado baixo relativamente ao ombro é que se deverá mudar para a cadeira seguinte, que deve ser ainda instalada de costas para o sentido do trânsito.
"Transportar uma criança num automóvel sem o respectivo sistema de retenção pode ter consequências fatais, em caso de acidente ou travagem brusca.
Uma colisão a 50 Km/ hora, se a criança não for transportada com sistema de retenção apropriado, pode equivaler a uma queda de um terceiro andar."
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Informação técnica. Transporte de crianças em automóvel. Lisboa, 2010
Autora: Diana Vaz
Segurança no transporte da criança - do nascimento aos 12 meses
Todas as crianças devem, para sua segurança e de acordo com o regulado no artigo 55º do Código da Estrada, ser transportadas em sistemas de retenção homologados, apropriados à sua idade e estatura até atingirem os 12 anos ou 135 cm de altura.
A escolha do sistema de retenção a utilizar no "nosso" bebé não é fácil. Estão disponíveis um vasto conjunto de "cadeirinhas"/ "ovinhos" que entre si diferem em vários pontos, sendo um deles o preço. É fundamental que a família conheça as suas necessidades e opte pela cadeira que melhor se adapte às suas necessidades e meios de transporte mais utilizados, devendo a cadeira idealmente ser experimentada no veículo antes da sua compra.
As cadeiras de transporte devem estar identificadas com etiquetas cor de laranja ECE R44/ 03, ECE R44/ 04 ou com etiqueta i-Size (novo modelo de cadeira, a utilizar apenas em veículos compatíveis). Estas etiquetas são a garantia de que as cadeiras cumprem as regras de segurança definidas na norma de segurança europeia.
Autora: Diana Vaz
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