As hemorragias intra-periventriculares podem evoluir de várias maneiras:


  1. Serem reabsorvidas, sem haver qualquer envolvimento do cérebro, o que tem um prognóstico bom, geralmente sem sequelas;
  2. Os coágulos de sangue dentro dos ventrículos podem entupir a circulação do líquido cefalorraquidiano e o bebé ter, a curto prazo, hidrocefalia (dilatação dos ventrículos) que, a partir de certa altura, tem que ser tratado por médicos neurocirurgiões, que vão colocar um tubo fino dentro do ventrículo, para o descomprimir (derivação ventricular, que pode ter várias variantes de acordo com a situação do bebé);
  3. Podem ocluir a drenagem venosa do cérebro adjacente e causar um enfarte cerebral, mais ou menos extenso, que determina as futuras sequelas que a criança poderá vir a ter.
Imagem retirada do Google imagens 

As consequências das hemorragias intra-periventriculares, a médio e longo prazo estão, como se percebe do acima descrito, muito dependentes da gravidade da hemorragia, existência ou não de enfarte cerebral e da sua extensão, da existência ou não de hidrocefalia, da sua gravidade e rapidez de tratamento. 

Também afetam muito as consequências a médio e longo prazo fatores como:

  • Fisioterapia e estimulação precoce, de qualidade (o cérebro imaturo tem mais capacidade de se "compensar" de lesões que um cérebro mais maduro);
  • Ambiente familiar com estímulos de qualidade (famílias mais esclarecidas e que investem mais do seu tempo com a criança) está associado a uma evolução mais favorável do que famílias disfuncionais;
  • Bebés do sexo feminino, para o mesmo tipo de lesões e de oportunidades de estimulação precoce e familiar têm, globalmente, tendência para melhor evolução a médio e longo prazo que bebés do sexo masculino.