A primeira consulta de odontopediatria
quarta-feira, 28 de março de 2018
Existem inúmeros estudos científicos que demonstram que a prevenção é um método bastante eficaz no combate à cárie dentária do que o tratamento. Por esta razão a primeira visita ao consultório é feita com o intuito de prevenção e deve ser feita antes de já existirem problemas. Uma visita de rotina é sempre mais simples do que uma primeira visita em que se têm de fazer tratamentos dentários.
Nesta primeira consulta, os Pais serão informados sobre os métodos de higiene oral e sobre a necessidade de flúor. O clínico irá avaliar o desenvolvimento oral e dentário da criança e informa os Pais sobre as consequências da nutrição e dos hábitos orais (chucha ou dedo) na dentição de leite e definitiva.
Por outro lado, a primeira consulta tem uma vertente psicológica importante. A criança tem de se familiarizar com o ambiente do consultório dentário uma vez que este é um meio desconhecido para ela.
Existem crianças mais receosas que outras e para que as consultas sejam uma boa experiência, os Pais devem colaborar com o clínico e seguir algumas indicações básicas. destas indicações destacam-se:
- Antes da consulta, os Pais devem controlar os seus próprios medos. Devem evitar relatar, na presença da criança, acontecimentos desagradáveis relativos ao tratamento dentário e não permitir que outras pessoas o façam. Existem palavras que a assustam e é necessário evitá-las. Nunca devem pronunciar a palavra dor, mesmo que seja para dizer que não dói.
- Nunca a enganem. Digam-lhe que a vão levar ao médico dentista. Expliquem-lhe que tal como o professor, o médico dentista é uma pessoa que se preocupa com ela.
- Não se preocupem se a criança chorar. O choro é uma forma normal de reação perante situações desconhecidas ou temidas. Evitem dizer-lhe que não deve chorar e não se preocupem se a reação for ainda mais violenta. O clínico saberá lidar com a situação.
- Durante a consulta procurem não interferir na conversação entre ela e o médico dentista. A criança confunde-se quando várias pessoas falam e quando recebe indicações de vários lados, podendo não atender a ninguém.
- Deixem a criança expressar a sua curiosidade por tudo o que houver no consultório. Deixar a criança à vontade no consultório dentário é um dos objetivos da primeira consulta. O médico dentista esclarecerá as dúvidas da criança.
- Dependendo do caso e da idade da criança, o médico dentista poderá escolher tratá-la sozinha no consultório. Esta é uma das maneiras de conseguir que a criança coopere, em especial se dor extremamente ligada à Mãe ou ao Pai. Procurem confiar no clínico e na sua decisão.
Se estas indicações forem seguidas, os Pais conseguirão proporcionar à criança uma consulta agradável, prevenindo desde cedo quaisquer traumas. Dessa maneira, as próximas consultas serão muito mais fáceis para a criança, para os Pais e até para o clínico.
Sofia Arantes e Oliveira
Sofia Arantes e Oliveira
segunda-feira, 26 de março de 2018
Diretora clínica da Clínica de Especialidades Pediátricas KidsandTeens.
Investigadora em Biomateriais na University of California San Francisco (UCSF), EUA, de 1999 a 2002.
Doutorada em Medicina Dentária Conservadora pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, em 2004.
Licenciada em Medicina Dentária pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde-Sul, de 1991 a 1997.
Professora Associada da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, desde 2012.
Membro do Conselho Científico da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa.
Membro do Conselho Científico e do Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas.
Autora de várias publicações científicas em revistas nacionais e internacionais.
Prática exclusiva de odontopediatria, desde 1998.
Receitas saudáveis para toda a Família
sexta-feira, 23 de março de 2018
Hoje recorremos novamente ao portal da Direção-Geral da Saúde e trazemos mais sugestões de receitas saudáveis. Esperamos que gostem!
Borrego com especiarias
Ingredientes:
- 400g pá de borrego limpa em pedaços;
- 2 colheres de sopa de caril em pó;
- 1 colher de chá de noz-moscada em pó;
- 1 colher de sobremesa de paprica;
- 1 folha de louro;
- 1 colher de sopa de vinagre de sidra;
- 500g de batata para assar;
- 1 colher de sobremesa + 1 colher de chá de sal;
- 2 colheres de sopa de tomilho;
- 3 colheres de sopa de azeite;
- 100g de cebola picada;
- 100g de alho francês às rodelas;
- 500g de tomates maduros;
- 80g de maçã reineta;
- 2 colheres de sopa de coentros.
Modo de preparação:
- Limpe muito bem a pá de borrego de peles e gorduras. Junte o caril, a noz-moscada, a canela em pó, a paprica, a folha de louro cortada em pedaços pequenos e o vinagre e misture tudo muito bem. Tempere a carne com esta mistura.
- Pré-aqueça o forno a 170ºC. Lave as batatas, corte-as em gomos e coloque-as num tabuleiro de forno. Tempere com uma colher de sobremesa de sal, o tomilho, o mel e duas colheres de sopa de azeite. Misture bem. Leve ao forno durante cerca de 50 min ou até as batatas estarem tenras. Mexa-as de vez em quando.
- Ao mesmo tempo, frite os pedaços de borrego no restante azeite bem quente até a carne alourar. Reduza o lume e junte a cebola picada e as rodelas de alho-francês. Tape e deixe cozinhar sobre o lume brando cerca de 40 min.
- Lave o tomate, limpe-o de sementes e pique-o em pedaços. Junte o tomate e a maçã reineta, previamente pelada e ralada, ao borrego e tempere com uma colher de chá de sal. Volte a tapar e cozinhe sobre lume muito brando mais 20 min ou até a carne estar tenra. Retire do lume, salpique com os coentros picados e sirva com as batatas assadas.
Tintureira em caldeirada de azeitonas pretas
Ingredientes:
- 2 cebolas;
- 5 dentes de alho;
- 3 colheres de sopa de azeite;
- 1 folha de louro;
- 600g de tomate de rama;
- 1 ramo de salsa;
- 1 colher de sobremesa de sal;
- 600g de batata;
- 1 pimento verde;
- 500g de tintureira em posta;
- 50g de azeitonas pretas em rodelas;
- pimenta q.b.
Modo de preparação:
- Descasque as cebolas e os dentes de alho e corte-os em rodelas. Leve ao lume um tacho com o azeite e os dentes de alho, deixe aquecer bem e junte as rodelas de cebola e a folha de louro. Entretanto pele os tomates e corte em cubinhos. Quando a cebola estiver mole junte o tomate e o ramo de salsa atado. Tempere com sal, tape e deixe cozinhar suavemente durante cerca de 10 min.
- Entretanto, descasque as batatas e corte-as em cubos ou em rodelas. Coloque as batatas no tacho, volte a tapar e deixe ferver mais 15 min.
- Ao fim deste tempo, junte ao cozinhado as postas de tintureira e o pimento, previamente lavado, limpo de sementes e cortado em tiras. Salpique com as azeitonas em rodelas e uma pitada de pimenta e deixe cozinhar tapado durante mais 10 min.
- Na altura de servir retire o ramo da salsa e a folha de louro e salpique com folhinhas frescas de salsa.
Dica: Pode substituir o tomate fresco por lata de tomate em pedaços (390g), tendo em atenção a redução de sal na hora de temperar.
Pêras salteadas com morangos e nozes
Ingredientes:
- 3 pêras;
- 2 colheres de sopa de azeite;
- 200g de morangos;
- 1/2 limão;
- 30 g miolo de noz:
- mel a gosto.
Modo de preparação:
- Descasque as pêras e corte-as em gomos, eliminando os caroços.
- Aloure as pêras numa frigideira no azeite quente, salpique com o mel e deixe caramelizar, mexendo de vez em quando.
- Adicione os morangos, lavados e cortados em pedaços. Regue com o sumo do limão.
- Retire do lume, distribua pelos pratos de serviço e salpique com as nozes grosseiramente picadas.
- Enfeite com raspa de casca de limão.
O Pai, a Mãe e Eu
O Sal
O sal é um termo comummente utilizado para designar cloreto de sódio (5g de sal equivalem a 2g de sódio). É um dos mais abundantes recursos naturais e um ião que não é produzido pelo nosso corpo. Atua no nosso organismo mantendo as nossas células a funcionar. O termo "sal" é o utilizado pois é mais facilmente compreendido e é a principal forma de adicionar sódio aos alimentos.
O nível de consumo de sal recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de menos de 5g por pessoa, por dia. Contudo, a ingestão de sal na maioria dos países da Europa está muito acima da quantidade sugerida e em Portugal, a quantidade de sal presente na alimentação é sensivelmente o dobro daquela que é recomendada. As percentagens de um inadequado consumo de sal, nas crianças e adolescentes, são elevadas.
O atual consumo elevado de sal é um fator importante da hipertensão e, por conseguinte, de doenças cardiovasculares, podendo ter efeitos negativos diretos, aumentando o risco de um acidente vascular cerebral, de hipertrofia do ventrículo esquerdo (coração) e de doenças renais. Portugal é um dos países da Europa que apresenta uma maior taxa de mortalidade devido a acidente vascular cerebral, sendo a hipertensão arterial um dos fatores de risco mais relevantes. O plano de ação traçado pela Organização Mundial de Saúde até 2020, no que diz respeito à área da Alimentação e Nutrição, sugere estratégias de redução da ingestão de sal como uma das melhores abordagens (com baixo custo e elevada eficácia) para a prevenção das doenças crónicas não transmissíveis na população na região europeia. A elevada prevalência nacional de fatores de risco para as doenças cardiovasculares leva a que se deva ter uma especial atenção à sua prevenção. Torna-se, desta forma, urgente começar a reduzir de forma progressiva a quantidade de sal na alimentação.
Sendo que os primeiros anos da criança são ideais para transmitir conhecimentos e para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis duradouros e sendo a família responsável pela transmissão da cultura alimentar e formação do seu comportamento alimentar, torna-se essencial que conheça e implemente estratégias para a adoção de hábitos alimentares saudáveis. A limitação do consumo de sal/ sódio é uma delas.
Pode diminuir o consumo de sal/ sódio através de estratégias como:
- cozinhar com pouco sal e usar ervas aromáticas e especiarias para temperar os seus cozinhados;
- limitar a ingestão de produtos de charcutaria, salsicharia, determinados queijos, alimentos muito processados industrialmente, caldos concentrados, molhos pré-preparados e alimentos tipo fast-food;
- não levar o sal fino para a mesa;
- optar por alimentos que contenham menos quantidade de sódio (Na);
- moderar a ingestão de bebidas gaseificadas, pois são também ricas em sal.
Não deixe para amanhã o que pode começar já hoje!
O Pai, a Mãe e Eu
Sexualidade no pós parto
quarta-feira, 21 de março de 2018
Após o parto a mulher/ homem/ casal conhecem e integram nesta relação um novo ser - o bebé.
Estamos perante um novo período "crítico" no ciclo de vida, com múltiplas transformações - biológicas, psicológicas, familiares, sociais e conjugais.
As dúvidas, inquietações e medos que surgem nesse período são naturais e espetáveis. Há mudanças, logo aparecem perdas, ganhos, estranheza e, consequentemente, exigências adaptativas.
A experiência clínica evidencia uma particular intensidade destas questões no caso de um primeiro filho onde tudo é novo e desconhecido.
Se para umas mulheres, homens ou casais, estas exigências e transições são pacíficas e tranquilas, para outros vive-se uma grande turbulência por vezes geradora de sofrimento emocional.
É neste contexto que também a dimensão da sexualidade aparece com algumas particularidades. Vou falar-vos um pouco sobre este tema.
Por sexualidade entendemos a relação coital, mas muito mais do que isso, a sexualidade deverá ser percecionada numa dimensão física, mas também psicológica e ambas são fundamentais para o equilíbrio e bem estar do indivíduo.
A chegada de um bebé, as suas exigências e os seus prazeres levam, algumas vezes, a uma desfocagem das dimensões mais erotizadas e sexualizadas do casal.
Principalmente na mulher que vivendo uma série de transformações físicas (por vezes desconfortáveis), a que se acresce o envolvimento com o bebé, é frequente uma diminuição da líbido e uma retirada da dimensão sexual na relação com o seu parceiro.
Ao homem exige-se também uma adaptação à nova realidade do casal, que a partir de agora terá novas responsabilidades - as parentais. Importa que esteja atento e sensível às transformações que a sua companheira atravessa.
Homem e mulher estarão a aprender novos papéis, a gerir novos tempos e prioridades e é fundamental que, neste contexto, aprendam a expressar uma "nova sexualidade" que deverá ser construída por ambos e de acordo com as necessidades e desejos de cada um.
Talvez esse seja o momento de vivenciar/ experimentar uma intimidade sem sexo, com carícias sem "segundas intenções". Para alguns homens isso pode até parecer pouco. Para muitas mulheres será o necessário naquele momento, criando assim confiança para um futuro reencontro com a relação sexual.
Tendencialmente pode dizer-se que o retorno a níveis mais elevados de atividade sexual acontece a partir do segundo/ terceiro mês de puerpério (pós parto), com a marcada variabilidade individual, sendo que, para alguns casais, o padrão de ausência de contacto sexual se mantém durante anos após o nascimento do filho. Há ainda alguns casais que afirmam ter aumentado a satisfação sexual durante o período de transição para a parentalidade por motivos vários (exemplo: mais gratificados pela confirmação da sua competência para serem pais).
Se após 5/ 6 meses de pós parto as dificuldades de ajuste no casal se mantiverem, pode ser importante consultar um especialista.
Alguns estudos esquematizam fatores pessoais e ambientais que podem ser protetores ou de risco para a vivência da sexualidade neste período.
Vou partilhá-los convosco:
- Fatores protetores pessoais: presença de sensibilidade e de desejo sexual em ambos os elementos do casal; ausência de desconforto físico e psicológico; boa comunicação e boa proximidade conjugal e (co) parental.
- Fatores protetores ambientais: partilha de tarefas e de emoções no casal; capacidade de reorganização e estabelecimento de novas prioridades e rotinas familiares; acesso a informação especializada.
- Fatores de risco pessoais: queixas corporais relacionados com o parto e com o puerpério; falta de desejo sexual, indisponibilidade para o companheiro, stress/ cansaço, baixa autoestima e insegurança nos cuidados parentais.
- Fatores de risco ambientais: dificuldade em gerir as alterações das rotinas familiares; ter o bebé como foco/ centro de toda a atenção; ausência de comunicação no casal; falta de suporte social e clínico.
Dicas importantes
- Conhecer as mudanças corporais no pós parto, desmistificando mitos relacionados com a sexualidade (recorrer a profissionais quando necessário);
- Essencialmente para o homem procurar informação sobre a sexualidade e as respetivas alterações nas mulheres nesta fase da vida e ter em consideração a fragilidade e a debilidade da mulher após o parto;
- Partilhar com os companheiros as dúvidas e receios relacionados com a sexualidade;
- Partilhar com as companheiras as preocupações/ necessidades que vão surgindo nesta matéria;
- Essencialmente para a mulher, manter sempre o diálogo e a atenção para com o marido/ companheiro;
- Não centrar a sua atenção exclusivamente no bebé;
- Partilhar os cuidados parentais;
- No casal, é importante a partilha das vivências, dos problemas, dos medos, dos receios, das tarefas domésticas e dos cuidados parentais (importância da comunicação);
- Procurar ajuda profissional sempre que houver dúvidas.
Maria de Jesus Correia
Dia do Pai
domingo, 18 de março de 2018
Como surgiu o Dia do Pai?
O Pai nem sempre foi considerado um dos pilares mais importantes na vida de uma criança. Antigamente era apenas visto como uma figura austera, cujo objetivo era prover as necessidades da Família, do ponto de vista económico. O Pai era quem trabalhava fora de casa, alguns na agricultura, para que a comida nunca faltasse na mesa e houvesse algum fundo de maneio para as restantes necessidades. Ficava a cargo da figura materna a educação da criança.
Não obstante esta situação, o Pai mantinha-se como uma figura importante, embora não com o significado atual.
Isto leva-nos à primeira descrição histórica da origem do Dia do Pai.
Reza a história que este dia teve início na antiga Babilónia, há mais de 4 mil anos, quando um jovem chamado Elmesu usou um pedaço de argila para criar um cartão de forma a transmitir uma mensagem de agradecimento a seu Pai.
Pai tenho em si a figura de um mentor, seu exemplo moldou a minha personalidade e transformou-me no homem que hoje sou.
Desejo saúde e vida longa a si meu Mestre, meu Senhor, meu Pai.
Este exemplo foi seguido por diversos povos e civilizações, levando desta forma à celebração deste dia.
No entanto, conta também a história que em 1909, em Washington, a filha de um veterano da Guerra Civil, Sonora Louise Smart Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às Mães, sentiu que deveria homenagear o seu Pai. Isto porque John Bruce Dodd viu morrer a sua mulher durante o trabalho de parto do seu sexto filho e criou estes seis filhos sem a ajuda de ninguém.
Este orgulho pelo seu Pai fez com que em 1910 Sonora enviasse uma petição para a Associação Ministerial de Spokane, cidade pertencente a Washington.
Oficialmente, o Dia do Pai foi celebrado a primeira vez a 19 de junho desse ano, dia do aniversário do Pai de Sonora.
Em Portugal, o Dia do Pai é celebrado a 19 de março, dia de S. José (Pai terreno de Jesus Cristo, tendo em conta a Igreja Católica).
Independentemente da cultura, ideologia religiosa ou dia escolhido para a celebração, o importante é reconhecermos a importância do Pai, a sua presença na vida da criança e, consequentemente, promovermos e incentivarmos o seu envolvimento nesta última.
O Pai, a Mãe e Eu deseja a todos os Pais que nos seguem um dia cheio de amor e reconhecimento. No entanto, que este dia possa ser celebrado em Família durante todos os dias do ano.
A vossa importância não se resume apenas ao dia de hoje!
O Pai, a Mãe e Eu
(informação recolhida nas páginas Wikipédia e Portal da Família)
Alterações à Lei da Procriação Medicamente Assistida
quarta-feira, 14 de março de 2018
A legislação que regula o acesso às técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) tem sofrido várias alterações ao longo dos anos. Entre todas as alterações, o grande destaque é ao alargamento das técnicas de PMA, a todas as mulheres, independentemente do seu diagnóstico de infertilidade, da sua orientação sexual ou do seu estado civil.
A Lei n.º 17/ 2016, de 20 de junho, vem eliminar a restrição até agora estabelecida, na qual o acesso às técnicas de PMA estava destinado a casos de infertilidade ou doença grave, aos casados ou pessoas de sexo diferente que vivem em união de fato há pelo menos dois anos. É então assegurada a igualdade para todas as mulheres, no recurso às técnicas de PMA.
Relativamente aos embriões não utilizados, estes podem ser criopreservados durante três anos. Após esse período, se o diretor do centro assumir a responsabilidade, pode alargar-se o prazo de criopreservação dos embriões por um novo período de três anos. Após o período máximo de criopreservação, os embriões podem ser eliminados, doados para investigação cientifica ou “doados a outras pessoas beneficiárias cuja indicação médica de infertilidade o aconselhe”.
Mais uma das grandes alterações neste âmbito é a Lei n.º 25/ 2016, que regula o acesso à gestação de substituição. Publicada a 22 de Agosto de 2016, apenas entrou em vigor no passado Agosto de 2017.
A gestação de substituição é a situação em que uma mulher (gestante) se dispõe a suportar uma gravidez por conta de outro casal e a entregar a criança após o parto.
Só é possível o recurso a esta técnica em casos excecionais, como em casos de ausência de útero, de lesão ou doença deste órgão que impeça de forma absoluta e definitiva a gravidez da mulher ou em situações clínicas que justifiquem.
O casal beneficiário e a gestante, após recorrerem a um centro de PMA para que seja atestada a infertilidade da mãe e a situação psicológica do casal e da gestante, terão que celebrar um contrato (que depende da autorização do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) e audição prévia da Ordem dos Médicos) onde estabelecem as condições relativa à gestação de substituição. Este é um contrato de natureza totalmente gratuita, ou seja, é proibido qualquer tipo de pagamento ou doação de qualquer bem ou quantia à gestante, exceto o valor correspondente às despesas decorrentes do acompanhamento de saúde prestado.
A gestante poderá apenas realizar uma barriga de aluguer e devem prevalecer “os interesses da criança sobre quaisquer outros e ser tidos em consideração os interesses da mulher gestante”.
No sentido de resguardar possíveis complicações físicas e psicológicas para a gestante de substituição, deve ser garantida à mesma, um acompanhamento psicológico antes e após o parto.
O decreto-lei relativo às técnicas de procriação medicamente assistida, incluindo a acima descrita, determina que a dignidade humana de todas as pessoas envolvidas deve ser respeitada, assim como proíbe qualquer tipo de discriminação com base no património genético ou no facto de se ter nascido em resultado destas técnicas.
A legislação relativa às técnicas de PMA já passou por diversas alterações, alterações essas que permitiram a igualdade para todas as mulheres no nosso país. Foi permitido que todas elas realizem o seu sonho…serem mães!
Margarida Rosa
Margarida Rosa
segunda-feira, 12 de março de 2018
O meu nome é Margarida Rosa, nasci a 13 de março de 1992.
Sou Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Beja.
Atualmente exerço a minha atividade na MALO CLINIC - Ginemed Lisboa - Centro de Reprodução Medicamente Assistida.
Receitas saudáveis para toda a Família
sexta-feira, 9 de março de 2018
Para a rubrica desta quinzena, O Pai, a Mãe e Eu decidiu utilizar algumas receitas aconselhadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Esperamos que gostem!
Perninhas de frango com manjericão
Ingredientes:
- 100g cebola;
- 4 dentes de alho;
- 200g de alho francês;
- 3 colheres de sopa de azeite;
- 800g perninhas de frango;
- 1 (6g) colher de sobremesa + 1 colher de chá (4g) de sal;
- 2 colheres de sopa de molho de tomate com manjericão;
- q.b. de água;
- 200g de esparguete;
- 100g de pimentos padrão;
- q.b. folhas de manjericão.
Modo de preparação:
- Descasque a cebola e os dentes de alho e pique-os finamente. Corte o alho francês em rodelas, lave e escorra bem;
- Aqueça o azeite num tacho, junte os dentes de alho e a cebola picados e as rodelas de alho francês. Deixe cozinhar mexendo até os legumes ficarem moles. Introduza as perninhas de frango e aloure-as de todos os lados. Entretanto, lave o tomate e pique-o em pedacinhos, ao mesmo tempo que o limpa de sementes. Tempere o frango com 1 colher de sobremesa de sal, junte o tomate e o molho de tomate, mexa e cozinhe tapado, sobre lume brando durante cerca de 25 minutos.
- Ponha outro tacho ao lume com água para cozer esparguete. Quando ferver, tempere com 1 colher de chá de sal, introduza a massa, mexa com um garfo e deixe ferver não mais de 7 minutos para ficar al-dente.
- Ao mesmo tempo, lave os pimentos e junte-os ao frango. Deixe cozer mais 5 minutos, retire do lume e adicione algumas folhas frescas de manjericão.
- Escorra bem o esparguete e sirva a acompanhar as perninhas de frango.
Açorda de bacalhau
Ingredientes:
- 300g de bacalhau seco;
- 4 ovos;
- 400g de pão alentejano (da véspera);
- 4 colheres de sopa de azeite;
- 2 dentes de alho;
- 1 raminho de coentros frescos;
- 1 colher de café de sal;
- 200g de rábano.
Modo de preparação:
- Coza o bacalhau previamente demolhado (durante 36h). Retire o bacalhau e aproveite a água de cozedura (sem deixar ferver) para escalfar os ovos. Retire os ovos e reserve o caldo.
- Esmague num almofariz os alhos descascados, os coentros lavados e escolhidos, com o azeite e o sal.
- Leve o caldo da cozedura do bacalhau ao lume e junte-lhe a mistura anteriormente descrita, assim que levantar fervura.
- Entretanto corte o pão em fatias ou pedaços e distribua-o pelos pratos.
- Na altura de servir, deite o caldo sobre o pão, os ovos e o bacalhau (cortado em pedaços ou em lascas) e acompanhe com rodelas de rábano.
Sugestão alternativa: Se preferir pode acompanhar com rabanetes.
Dica: Abra os ovos para uma concha (de sopa) antes de os colocar na água, com umas gotas de vinagre, para que não se desmanchem.
Sal: Molhe um pedaço de pão na água da cozedura do bacalhau e prove. Se estiver bem temperada, não coloque o sal quando esmagar os alhos e coentros.
Bolo de cenoura e laranja com especiarias
Ingredientes:
- 2 ovos tamanho L
- 120g de açúcar amarelo;
- 3 colheres de sopa de azeite;
- 100g cenoura;
- 200g de laranja;
- 7 colheres de sopa de aveia;
- 100g farinha integral;
- 1 colher de sobremesa de fermento em pó.
Modo de preparação:
- Ligue o forno, regulando-o para os 180ºC.
- Bata as gemas com o açúcar na batedeira até obter um creme. Adicione o azeite, a cenoura (finamente ralada no crivo mais fino do ralador), a raspa da casca e o sumo da laranja e misture bem. Junte a aveia, a farinha, o fermento, o chá e as especiarias e mexa até a mistura estar uniforme.
- Bata as claras em castelo bem firme e incorpore-as delicadamente na massa. Deite tudo numa forma previamente untada e forrada com papel vegetal e leve ao forno durante 30 minutos.
Dica: Pode congelar as fatias de bolo.
E por hoje é tudo! Boas e saudáveis refeições!
O Pai, a Mãe e Eu
Os açúcares
quinta-feira, 8 de março de 2018
O açúcar simples é o açúcar adicionado aos alimentos e bebidas pela indústria alimentar, por quem manipula ou consome os alimentos e o açúcar naturalmente presente no mel, sumos de fruta e concentrados de sumo de fruta.
A ingestão excessiva deste açúcar representa um hábito alimentar inadequado. A Organização MUndial da Saúde (OMS) refere que podem ser alcançados maiores benefícios para a saúde se o consumo diário não ultrapassar os 5% do valor energético total diário, recomendando que o consumo diário não deve ser superior a 10% do total da energia ingerida ao longo do dia (ou seja, 200 kcal/ dia ou 50 g de hidratos de carbono por dia, tendo como valor de referência de necessidades energéticas diárias as 2000 kcal).
Em Portugal, entre 2013 e 2014, a disponibilidade de açúcar por pessoa foi de 34,4 kg/ ano, o que equivale a 94g7 dia, ou seja, 376 kcal/ dia. Este valor ultrapassa o recomendado, pelo que se espera uma diminuição média de aproximadamente 176 kcal/ dia, provenientes da ingestão de açúcar. Dados existentes no nosso país apontam que em crianças com 4 anos de idade, consumos mais elevados de alimentos com açúcar estão associados a baixos consumos de fruta e hortícolas e, consequentemente também a um padrão alimentar menos saudável.
Todos estes limites no que respeita aos valores de consumo de açúcar devem-se ao facto das calorias que o mesmo fornece serem consideradas vazias, ou seja, os açúcares simples, ao serem adicionados a um alimento aumentam o seu valor energético sem adicionar qualquer valor nutricional (por exemplo: vitaminas ou minerais), levando a uma menor qualidade geral da alimentação.
A ingestão excessiva de açúcar simples representa um fator de risco para as doenças crónicas. Encontra-se associado:
- ao aumento de gorduras no sangue;
- ao aumento da pressão arterial;
- à diminuição do "colesterol bom";
- a fatores associados a um maior risco de doença cardiovascular;
- ao aumento de peso/ obesidade;
- à diabetes tipo 2;
- à incidência de cáries dentárias.
Considerando tudo isto, procuramos alertá-lo para os perigos deste consumo excessivo, incentivando um consumo cuidado.
Sugestões para diminuir a ingestão de açúcares:
- não adicionar açúcar aos alimentos e bebidas (ex: frutos frescos, leite, chá, sumos de frutos);
- limitar o consumo de gelados, chocolates, gomas, rebuçados, caramelos, frutos cristalizados, mel, sobremesas açucaradas, marmeladas, ...
- evitar os refrigerantes e sumos de frutas artificiais.
A Família é responsável pela transmissão da cultura alimentar, sendo com ela que a criança inicia a formação do seu comportamento alimentar.
A adoção de hábitos alimentares saudáveis na criança começa pelo envolvimento das Famílias, sendo importante limitar o consumo de alimentos industrializados de baixo valor nutritivo.
O Pai, a Mãe e Eu
O Autismo e a Escola
quarta-feira, 7 de março de 2018
O autismo é atualmente concebido como um síndrome que afeta gravemente o desenvolvimento da criança, colocando algumas restrições à sua educação e integração social.
Quando começam a surgir os primeiros sintomas de Perturbação do Espetro do Autismo (P.E.A.), confirmados por um diagnóstico, as Famílias passam por diversas etapas. A angústia pode tornar-se inevitável, seguida pelo receio e o medo face à dificuldade em lidar com esta situação. Na realidade, trata-se de uma perturbação ao nível da relação social e da comunicação, conduzindo a um maior desequilíbrio da relação pais/ filhos. Estas crianças podem manifestar um comportamento permanentemente inadequado, nas rotinas em casa, na escola ou numa saída com a Família.
No grupo de crianças com Necessidades Educativas Especiais surge um número considerável de crianças com P.E.A.. São crianças com um repertório muito limitado de comportamentos e, geralmente, possuem dificuldades significativas em realizar aprendizagens.
O grau de incapacitação é variável de criança para criança e está muito dependente da qualidade do trabalho educativo realizado e do grau de empenhamento e participação ativa das Famílias. A escola deve oferecer recursos específicos e diversificados para que se possam desenvolver atividades apropriadas às necessidades, interesses, motivação e desempenho de todos os alunos.
Não existem duas pessoas afetadas da mesma forma e por isso podem ser muito diferentes entre si, não constituindo um grupo homogéneo. É necessário conhecer as caraterísticas de cada aluno, as necessidades de cada Família, estabelecer objetivos simples e acreditar que é possível.
Um dos problemas percecionados é o sistema de comunicação ineficaz, que conduz a pessoa a exprimir as suas necessidades de outra forma que não através da linguagem, por meio de atos negativos, de destruição, de automutilações por falta de meios de comunicação eficazes para explicar o que desejam e o que sentem. Escola, Família e equipa técnica envolvida em cada caso deverão caminhar juntos no desenvolvimento de formas de comunicação alternativa, adequadas a cada caso.
Por outro lado, a criança pode ter um vocabulário vasto, boa pronúncia, formular frases corretas, sem no entanto compreender aquilo que se espera dela, mesmo que as mensagens nos pareçam claras. Estes jovens raramente são capazes de imaginar aquilo que sentem as outras pessoas, de se colocarem no seu lugar. Qualquer relação com outra pessoa, sobretudo se for desconhecida, exige-lhes um esforço considerável de adaptação: as modificações e os imprevistos são sentidos como verdadeiras ruturas, acarretando uma ansiedade imensa, existindo um desejo pela conservação da semelhança.
Os problemas de comportamento das pessoas autistas são a expressão das suas dificuldades e dos seus medos, das suas necessidades, dos seus desejos. Para os ajudarmos temos que descodificar as suas mensagens.
Finalmente, uma questão que se deve ter em conta é a necessidade de se focar a intervenção em toda a Família e não somente na criança autista.
Ajudar alunos autistas a aproximarem-se do mundo comum, das outras pessoas, das relações humanamente significativas que as outras crianças possuem e tirá-las do seu mundo ritualizado, inflexível e fechado, põe à prova a criatividade e todo o potencial de recursos que um docente possa ter. Por vezes esta relação educacional poderá despertar sentimentos negativos, de frustração, de impotência nos docentes, mas são estes mesmos sentimentos que mobilizarão a necessidade de conhecer e compreender o aluno autista e ajudá-lo através da educação.
Será essencial o nosso mundo dos afetos, o afeto profissional, o gostar do trabalho que se realiza. Com afeto genuíno é possível transmitir mensagens e esperar alguma recetividade. Com verdadeiro afeto conseguem criar-se momentos de empatia, levando estes alunos a querer ultrapassar alguns dos seus piores medos, a quebrarem o muro que os separa do resto do mundo e a realizarem algo.
Existe um consenso geral de que o tratamento mais eficaz para o autismo é a educação. Os princípios gerais da educação dos alunos com autismo são os mesmo que se preconizam para todas as outras crianças:
Quando começam a surgir os primeiros sintomas de Perturbação do Espetro do Autismo (P.E.A.), confirmados por um diagnóstico, as Famílias passam por diversas etapas. A angústia pode tornar-se inevitável, seguida pelo receio e o medo face à dificuldade em lidar com esta situação. Na realidade, trata-se de uma perturbação ao nível da relação social e da comunicação, conduzindo a um maior desequilíbrio da relação pais/ filhos. Estas crianças podem manifestar um comportamento permanentemente inadequado, nas rotinas em casa, na escola ou numa saída com a Família.
No grupo de crianças com Necessidades Educativas Especiais surge um número considerável de crianças com P.E.A.. São crianças com um repertório muito limitado de comportamentos e, geralmente, possuem dificuldades significativas em realizar aprendizagens.
O grau de incapacitação é variável de criança para criança e está muito dependente da qualidade do trabalho educativo realizado e do grau de empenhamento e participação ativa das Famílias. A escola deve oferecer recursos específicos e diversificados para que se possam desenvolver atividades apropriadas às necessidades, interesses, motivação e desempenho de todos os alunos.
Não existem duas pessoas afetadas da mesma forma e por isso podem ser muito diferentes entre si, não constituindo um grupo homogéneo. É necessário conhecer as caraterísticas de cada aluno, as necessidades de cada Família, estabelecer objetivos simples e acreditar que é possível.
Um dos problemas percecionados é o sistema de comunicação ineficaz, que conduz a pessoa a exprimir as suas necessidades de outra forma que não através da linguagem, por meio de atos negativos, de destruição, de automutilações por falta de meios de comunicação eficazes para explicar o que desejam e o que sentem. Escola, Família e equipa técnica envolvida em cada caso deverão caminhar juntos no desenvolvimento de formas de comunicação alternativa, adequadas a cada caso.
Por outro lado, a criança pode ter um vocabulário vasto, boa pronúncia, formular frases corretas, sem no entanto compreender aquilo que se espera dela, mesmo que as mensagens nos pareçam claras. Estes jovens raramente são capazes de imaginar aquilo que sentem as outras pessoas, de se colocarem no seu lugar. Qualquer relação com outra pessoa, sobretudo se for desconhecida, exige-lhes um esforço considerável de adaptação: as modificações e os imprevistos são sentidos como verdadeiras ruturas, acarretando uma ansiedade imensa, existindo um desejo pela conservação da semelhança.
Os problemas de comportamento das pessoas autistas são a expressão das suas dificuldades e dos seus medos, das suas necessidades, dos seus desejos. Para os ajudarmos temos que descodificar as suas mensagens.
Finalmente, uma questão que se deve ter em conta é a necessidade de se focar a intervenção em toda a Família e não somente na criança autista.
Ajudar alunos autistas a aproximarem-se do mundo comum, das outras pessoas, das relações humanamente significativas que as outras crianças possuem e tirá-las do seu mundo ritualizado, inflexível e fechado, põe à prova a criatividade e todo o potencial de recursos que um docente possa ter. Por vezes esta relação educacional poderá despertar sentimentos negativos, de frustração, de impotência nos docentes, mas são estes mesmos sentimentos que mobilizarão a necessidade de conhecer e compreender o aluno autista e ajudá-lo através da educação.
Será essencial o nosso mundo dos afetos, o afeto profissional, o gostar do trabalho que se realiza. Com afeto genuíno é possível transmitir mensagens e esperar alguma recetividade. Com verdadeiro afeto conseguem criar-se momentos de empatia, levando estes alunos a querer ultrapassar alguns dos seus piores medos, a quebrarem o muro que os separa do resto do mundo e a realizarem algo.
Existe um consenso geral de que o tratamento mais eficaz para o autismo é a educação. Os princípios gerais da educação dos alunos com autismo são os mesmo que se preconizam para todas as outras crianças:
- acreditar no seu potencial e desenvolver ao máximo as suas competências, sem a preocupação do fator tempo e elegendo conteúdos prioritários;
- criar condições que favoreçam o equilíbrio pessoal de forma harmoniosa e calma usando uma linguagem afirmativa, coerente e percetível;
- fomentar o bem-estar emocional e a sua qualidade de vida estabelecendo rotinas simples com regras bem definidas, aproximando estas crianças do mundo humano e de relações significativas;
- perfilar conteúdos módicos e de fácil compreensão que as preparem o melhor possível para a vida ativa;
- quando os comportamentos são desajustados deverão ser contornados com acalmia, de forma lúdica, sempre desvalorizando os problemas, mostrando persistência, paciência e com a certificação do controle das situações com vista ao sucesso.
Podemos concluir que não há uma abordagem única que seja totalmente eficaz para todas as crianças durante todo o tempo. Devemos inclusive modificar as nossas intervenções de acordo com a fase de desenvolvimento da criança e do seu contexto familiar.
Alguns autores afirmam que o planeamento da intervenção deve ser estruturado de acordo com as etapas de vida da criança. Portanto, com crianças pequenas, a prioridade deveria ser ao nível da terapia da fala, da interação social e da linguagem, da educação especial e do suporte familiar. Já com adolescentes, os alvos seriam as áreas de competências sociais, terapia ocupacional e sexualidade.
Educar crianças com P.E.A. é hoje claramente viável e possível em inclusão. No entanto, apresenta enormes desafios aos profissionais envolvidos devido às caraterísticas que estas manifestam.
Para um professor, o que se torna crucial realçar é que independentemente de qual a sua etiologia, o autismo é um distúrbio do desenvolvimento que irá afetar todo o processo de aquisição de experiências, por isso as crianças com P.E.A. manifestam diferenças no modo como aprendem.
Tudo aquilo que as outras crianças aprendem espontaneamente tem de lhes ser ensinado e explicado, utilizando procedimentos de intervenção que reconheçam e procurem compensar essas dificuldades muito específicas.
O envolvimento e a formação de todos os que lidam com a pessoa com autismo são essenciais. Serão, sem dúvida, as relações a modificar a sua evolução e os seu prognóstico. As necessidades específicas de cada um não serão apenas determinadas pelas suas dificuldades de desenvolvimento, mas principalmente na forma como estas se organizam no contexto em que a aprendizagem acontece.
Maria Aires
Adeus amamentação
terça-feira, 6 de março de 2018
E pronto... Terminou!
Fui finalmente vencida ao fim de 6 meses de luta!!
Depois de horas de bomba, horas de relactação e translactação, CAM (Conselheira em Aleitamento Materno) cá em casa, massagens no banho, luvas de látex com água quente, Promil e chá de funcho, acumulando sessões de extração de 5 mL/ 15 mL/ 30 mL para conseguir um total de 120 mL/ 150 mL, por vezes uns abençoados 50 mL numa só sessão para alegrar...
... tudo termina!!!
O Pequenote começou a recusar a mama e era rara a vez que conseguia chegar aos 10 mL por sessão. No início pensei ser falta de pressão da máquina, pois o que sentia nada tinha a ver com a pressão de antes. A máquina era emprestada, por isso comprei uma nova... igual! Ao que parece não se sente o mesmo se não tivermos praticamente nada para extrair. A máquina, essa, ficou de lado. Tinha 2 semanas de existência. Mas, mais do que isso, é o sentimento de que tudo acabou.
Iniciámos então a fase de "beber o que a Mamã conseguiu congelar". Também é uma fase boa, diferente e acolhedora. Cada biberão de leite materno tem inerente a si um pequeno sentimento de sucesso.
"Um biberão de leite materno por dia (para fazer render), mal sabe o bem que lhe fazia" 😊
Se pudesse voltar atrás teria feito tudo de maneira diferente? Tudo não! Mas o esforço, dedicação e amor seriam os mesmos de certeza!
Será que fiz tudo o que estava ao meu alcance para lhe dar o "melhor de mim"? Sim, sim e mais sim! Consciência tranquila que sim!
Valeu a pena? Claro que sim! Cada lágrima, cada dor, cada corrida, cada segundo de volta das mamas, ...
Adeus amamentação! (Não) Deixas saudades!!
P.S. Filhote, não te preocupes que sempre que precisares de um abraço apertado cá estarei para te reconfortar e aconchegar ainda mais.
Iniciámos então a fase de "beber o que a Mamã conseguiu congelar". Também é uma fase boa, diferente e acolhedora. Cada biberão de leite materno tem inerente a si um pequeno sentimento de sucesso.
"Um biberão de leite materno por dia (para fazer render), mal sabe o bem que lhe fazia" 😊
Se pudesse voltar atrás teria feito tudo de maneira diferente? Tudo não! Mas o esforço, dedicação e amor seriam os mesmos de certeza!
Será que fiz tudo o que estava ao meu alcance para lhe dar o "melhor de mim"? Sim, sim e mais sim! Consciência tranquila que sim!
Valeu a pena? Claro que sim! Cada lágrima, cada dor, cada corrida, cada segundo de volta das mamas, ...
Adeus amamentação! (Não) Deixas saudades!!
P.S. Filhote, não te preocupes que sempre que precisares de um abraço apertado cá estarei para te reconfortar e aconchegar ainda mais.
Mãe Joana
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