O açúcar simples é o açúcar adicionado aos alimentos e bebidas pela indústria alimentar, por quem manipula ou consome os alimentos e o açúcar naturalmente presente no mel, sumos de fruta e concentrados de sumo de fruta. 

A ingestão excessiva deste açúcar representa um hábito alimentar inadequado. A Organização MUndial da Saúde (OMS) refere que podem ser alcançados maiores benefícios para a saúde se o consumo diário não ultrapassar os 5% do valor energético total diário, recomendando que o consumo diário não deve ser superior a 10% do total da energia ingerida ao longo do dia (ou seja, 200 kcal/ dia ou 50 g de hidratos de carbono por dia, tendo como valor de referência de necessidades energéticas diárias as 2000 kcal).


Em Portugal, entre 2013 e 2014, a disponibilidade de açúcar por pessoa foi de 34,4 kg/ ano, o que equivale a 94g7 dia, ou seja, 376 kcal/ dia. Este valor ultrapassa o recomendado, pelo que se espera uma diminuição média de aproximadamente 176 kcal/ dia, provenientes da ingestão de açúcar. Dados existentes no nosso país apontam que em crianças com 4 anos de idade, consumos mais elevados de alimentos com açúcar estão associados a baixos consumos de fruta e hortícolas e, consequentemente também a um padrão alimentar menos saudável. 

Todos estes limites no que respeita aos valores de consumo de açúcar devem-se ao facto das calorias que o mesmo fornece serem consideradas vazias, ou seja, os açúcares simples, ao serem adicionados a um alimento aumentam o seu valor energético sem adicionar qualquer valor nutricional (por exemplo: vitaminas ou minerais), levando a uma menor qualidade geral da alimentação.

A ingestão excessiva de açúcar simples representa um fator de risco para as doenças crónicas. Encontra-se associado:
  • ao aumento de gorduras no sangue;
  • ao aumento da pressão arterial;
  • à diminuição do "colesterol bom";
  • a fatores associados a um maior risco de doença cardiovascular;
  • ao aumento de peso/ obesidade;
  • à diabetes tipo 2;
  • à incidência de cáries dentárias. 
Considerando tudo isto, procuramos alertá-lo para os perigos deste consumo excessivo, incentivando um consumo cuidado. 


Sugestões para diminuir a ingestão de açúcares:
  • não adicionar açúcar aos alimentos e bebidas (ex: frutos frescos, leite, chá, sumos de frutos);
  • limitar o consumo de gelados, chocolates, gomas, rebuçados, caramelos, frutos cristalizados, mel, sobremesas açucaradas, marmeladas, ...
  • evitar os refrigerantes e sumos de frutas artificiais.
A Família é responsável pela transmissão da cultura alimentar, sendo com ela que a criança inicia a formação do seu comportamento alimentar. 

A adoção de hábitos alimentares saudáveis na criança começa pelo envolvimento das Famílias, sendo importante limitar o consumo de alimentos industrializados de baixo valor nutritivo. 



O Pai, a Mãe e Eu