Receitas saudáveis para toda a Família
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Para esta quinzena fomos descobrir o site "Papinhas da Xica" e retirámos esta receita que nos parece super apetitosa.
Lasanha de Abóbora
- 1,5kg de abóbora manteiga;
- 1 c. de chá rasa de coentros moídos;
- 4 dentes de alho;
- 1 malagueta vermelha fresca (opcional);
- 2 c. de sopa de vinagre balsâmico;
- 2 latas de 400g de tomate em pedaços;
- 200g de espinafres baby;
- 60g de queijo parmesão;
- 250g de folhas de lasanha;
- 400g de requeijão (pode substituir por tofu)
- 100mL de leite meio-gordo (pode substituir por bebida vegetal);
- 1 c. de sopa de sementes de girassol ou sésamo;
- 1 pé de alecrim;
- pimenta preta e sal q.b.
Preparação:
- Pré-aqueça o forno a 180º e unte duas assadeiras com um pouco de azeite.
- Corte a abóbora em fatias de cerca de 1cm, em forma de meia-lua e distribua-as pelos tabuleiros.
- Polvilhe com os coentros moídos, uma pitada de sal marinho ou iodado, pimenta e leve a assar durante cerca de 50 min ou até estar macia e levemente dourada.
- Entretanto, faça o molho de tomate, deitando num tacho o azeite, o alho, a malagueta (sem sementes). Deixe refogar durante 2-3 min.
- Seguidamente, junte o vinagre e os tomates, desfazendo-os à medida que os vai deitando no tacho.Adicione 1L de água e deixe cozinhar em lume médio, durante 15 a 20 min.
- Para construir a lasanha, espalhe um terço do molho na base da assadeira. Cubra com uma camada de espinafres crus, uma camada de abóbora assada, um pouco de queijo parmesão ralado e uma camada de folhas de lasanha.
- Repita as camadas mais duas vezes, terminando com uma camada de folhas de lasanha.
- Deslasse o requeijão com o queijo, esmagando-o um pouco, tempere levemente e deite por cima da última camada.
- Polvilhe com o restante queijo parmesão ralado, com as sementes de girassol. Embeba o alecrim num pouco de azeite e distribua pelo topo da lasanha.
- Coloque na prateleira inferior do forno e deixe cozinhar durante cerca de 45 min ou até estar dourada e a borbulhar.
Como sugestão para a carne, o site "A Pitada do Pai" apresentava a seguinte sugestão:
Croquetes de carne no forno
- 500g de vitela picada;
- 1 cebola;
- 2 cenouras;
- 1/2 chávena de sementes de abóbora;
- 3/4 de chávena de flocos de trigo sarraceno (pode usar aveia);
- 2 ovos;
- farinha de amêndoa para moldar (ou farinha de linhaça, ou farelo de aveia ou pão ralado);
- tomilho (a gosto);
- oregãos (a gosto);
- fio de azeite;
- sal q.b.;
- pimenta q.b.
Preparação:
- Pré-aqueça o forno a 180ºC.
- Num robô de cozinha ou picadora coloque a vitela, a cebola, as sementes, os flocos de trigo sarraceno, o tomilho, os oregãos e um fio de azeite. Triture bem.
- Se quiser congelar o preparado, coloque numa caixa e leve ao congelador.
- Numa taça bata os ovos e tempere com sal e pimenta a gosto.
- Junte ao preparado de carne e mexa bem.
- Junte a farinha de amêndoa e vá moldando até ficar com formato de bolinhas. No final do "panar" com mais farinha de amêndoa.
- Coloque num tabuleiro forrado com papel vegetal e leve ao forno até estarem tostadinhos.
Por fim, a sobremesa encontra-se no primeiro site referido e é:
Bolachinhas de aveia e banana
- 100g de farelo de aveia;
- 2 bananas da madeira;
- 2 c. de chá de óleo de coco;
- 3 a 4 alperces secos.
Preparação:
- Misture o farelo com a banana.
- Quando tiver uma pasta bem ligada, junte óleo de coco.
- Seguidamente, misture os damascos cortados em bocadinhos mais pequeninos.
- Separar pequenos pedaços de massa e molde-os com uma forma do seu agrado.
- Leve ao forno, pré-aquecido a 180ºC, num tabuleiro apropriado (anti-aderente) ou num tabuleiro normal forrado com papel vegetal.
Esperamos que gostem da nossa seleção e que nos deixem o feedback nos comentários.
Até daqui a 15 dias.
O Pai, a Mãe e Eu
Bronquiolite aguda
terça-feira, 28 de novembro de 2017
A bronquiolite aguda é uma infeção respiratória de etiologia predominantemente viral que atinge crianças com menos de 3 anos. Os bebés ex-prematuros, crianças com doenças crónicas como a fibrose quística, cardiopatias, doenças neuromusculares ou imunodeficiências representam um risco acrescido para esta patologia.
A bronquiolite tem um pico de incidência entre os 3 e os 6 meses de idade e ocorre entre o final de Outubro e o início de Abril. A mesma criança pode ser reinfetada na mesma estação do ano.
O agente etiológico mais frequente é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) (75%), embora outros vírus como o Parainfluenza, Influenza A e B, Adenovirus, Metapeneumovirus, Coronavirus e Rinovirus também estejam implicados. O VSR não confere imunidade permanente, sendo frequente as recidivas nos primeiros 2 anos de vida, após a primeira infeção. Estima-se que aos 3 anos 100% das crianças entraram já em contacto com este vírus.
A via de contágio é aérea, pelo que surge habitualmente em contexto de infeção respiratória familiar ou escolar.
É uma doença autolimitada na sua grande maioria das situações, dado que apenas 3 a 4% das crianças com menos de 12 meses vão precisar de internamento hospitalar.
Durante o período prodrómico (primeiros sintomas que ocorrem nos primeiros 3 dias), o quadro clínico é caraterizado por obstrução nasal, tosse, rinorreia seromucosa e recusa alimentar. Este quadro pode ser acompanhado de febre geralmente baixa.
A fase aguda da doença carateriza-se por tosse de agravamento progressivo e a instalação de dificuldade respiratória (adejo nasal (as asas do nariz abanam à medida que o bebé respira), polipneia (respiração acelerada) e tiragem (costelas que ficam marcadas na pele quando o bebé respira)) também ela progressiva.
O diagnóstico da bronquiolite é clínico, pelo que não se justifica a realização de exames complementares de diagnóstico como o radiograma (Rx) do tórax ou análises sanguíneas. Apenas nas situações em que há suspeição da existência de complicações ou de doença grave.
A terapêutica implica a tranquilização da criança e do ambiente em que está inserida, minimizando assim a sua atividade física. A exposição ao fumo de tabaco está proibida!
Devem ser promovidos os alimentos líquidos enquanto que os sólidos não devem ser forçados. As refeições devem ser fracionadas e reduzidas em quantidade. Sabe-se aliás que o aleitamento materno reduz o risco de complicações e a gravidade da doença, graças às múltiplas vantagens imunológicas do mesmo.
A posição ideal de repouso deve ser a 45º com o plano horizontal, facilmente obtida colocando livros nos pés da cama ou elevando o colchão com almofadas. É fundamental uma boa higiene e desobstrução nasal. Em caso de febre é necessário a administração de antipiréticos, como o paracetamol ou ibuprofeno.
Em situações graves poderá ser necessário recorrer à terapêutica broncodilatadora e corticóide embora na bronquiolite típica não esteja indicada a sua utilização.
A criança deve ser observada por um médico sempre que cumpra um dos seguintes critérios:
- Idade inferior a 6 meses;
- Sinais de dificuldade respiratória (cianose (coloração escura da pele), adejo nasal, tiragem, polipneia);
- Sialorreia (produção de saliva em grande quantidade);
- Períodos de irritabilidade ou sonolência;
- Sensação de doença grave;
- Vómitos ou incapacidade de alimentar a criança;
- Doença crónica de base.
As complicações mais frequentes da bronquiolite são a otite média aguda, pneumonia, atelectasias (incapacidade do pulmão se expandir) e insuficiência respiratória. A presença de febre alta deve sempre alertar para a presença de eventuais complicações.
Embora a grande maioria das situações esteja resolvida em 5 dias, a tosse pode persistir até 3 semanas após a fase aguda da doença, sendo mais frequente nas situações de infeção ao VSR.
Alexandra da Silva Couto
Alexandra da Silva Couto
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Fiz a licenciatura em Medicina, na Faculdade de Medicina de Lisboa. Concluí a especialidade de Pediatria Médica no Hospital de Dona Estefânia e posteriormente realizei a subespecialidade de Neonatologia também nesse hospital.
Frequentei as urgências das Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de São Francisco Xavier e do Hospital do SAMS.
Frequentei as urgências das Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de São Francisco Xavier e do Hospital do SAMS.
Desde 2008, Assistente Hospitalar do quadro da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
Desde 2015, Assistente Hospitalar Graduada de Pediatria/ Neonatologia.
Desde 2015, Assistente Hospitalar Graduada de Pediatria/ Neonatologia.
Fui Assistente convidada da Faculdade de Medicina de Lisboa, de 1992 até final de 2009.
Tenho colaborado no ensino pré-graduado de alunos de Medicina do 5º e 6º anos.
Sou co-responsável pela formação de internos de Pediatria e Medicina Geral e Familiar, que optam pela realização da sua valência pediátrica na Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Colaboro na formação, em conjunto com toda a equipa de Neonatologia, no ensino pós-graduadode Assistentes Hospitalares de Pediatria (subespecialidade de Neonatologia Intensiva).
Sou responsável pela formação em Reanimação Básica e Avançada de Vida, quer de profissionais de saúde, quer de outros profissionais, na Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
Sou responsável pela formação em Reanimação Básica e Avançada de Vida, quer de profissionais de saúde, quer de outros profissionais, na Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
A importância da atividade física e do exercício físico para a saúde e desenvolvimento da criança
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que existem vários estudos realizados nos últimos anos, que demonstram que uma parte substancial dos problemas de saúde está relacionada com a inatividade física, estimando-se que, no mundo inteiro, 1,9 milhões de mortes lhe estejam associadas. Optar por um estilo de vida dotado de comportamentos de risco para a saúde cardiovascular, como o excesso de sedentarismo, está associado a um elevado registo de casos de morbilidade e mortalidade. A inatividade física é considerada como a quarta principal causa de morte a nível mundial.
Infelizmente, e com potenciais consequências para a saúde pública a curto e a longo prazo, uma grande proporção de crianças portuguesas apresenta níveis insuficientes de atividade física, sendo que a atividade física dos rapazes e raparigas decresce com a idade cronológica. Há cerca de uma década, Portugal detinha também a maior percentagem de sedentarismo em adultos na União Europeia, ou seja, 87,8%. Segundo o Ministério da Saúde, esta tendência para a inatividade física conduz a uma série de problemas, tais como a hipertensão, diabetes, alguns tipos de cancro, problemas cardiovasculares, problemas respiratórios, distúrbios do sono, alterações osteoarticulares, alterações metabólicas e psicológicas, entre outros.
Uma das potenciais consequências da inatividade física durante a infância é o risco de excesso de peso ou obesidade. A obesidade não é só considerada uma doença de proporções epidémicas com uma crescente prevalência mundial, como apresenta uma etiologia que é multidimensional por natureza, tendo sido considerada como a epidemia do século XXI. A prevalência de crianças e adolescentes com excesso de peso e obesidade tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos, com repercussões significativas sobre a saúde, vindo a reduzir a sua qualidade de vida. Segundo a OMS, 20% das crianças e adolescentes na Europa têm excesso de peso e 7% são obesas. Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 155 milhões de crianças em idade escolar apresentam excesso de peso (pré-obesidade e obesidade), das quais 30 a 45 milhões são obesas, correspondendo a 3% das crianças entre os 5 e os 17 anos a nível mundial. Portugal e Espanha não ficam de fora destes números.
Adicionalmente, o desconforto e a dor causados nas estruturas músculo-esqueléticas e na funcionalidade dos membros inferiores poderá limitar a atividade física e a prática de exercício, perpetuando o ciclo da obesidade. Em suma, a exposição adequada a cargas biomecânicas resultantes da atividade física não só é essencial para a saúde óssea como tem efeitos positivos para o desenvolvimento da criança e do adulto. Por outro lado, os seus efeitos negativos poderão estar relacionados com a exposição insuficiente à carga mecânica ou pelo excesso, podendo resultar em desequilíbrios posturais, desconforto e lesões.
Atendendo às evidências existentes relativamente ao papel da atividade física e do exercício/ desporto na saúde e desenvolvimento da criança, bem como as suas consequências na vida adulta, torna-se imprescindível promover hábitos e comportamentos saudáveis, incluindo a alimentação e o sono, a par da aquisição de estilos de vida ativos. Assumindo-se que as crianças passam a maior parte do seu tempo na escola, é aqui que deve existir uma intervenção precoce dos professores de educação física, dos fisiologistas do exercício, dos técnicos de exercício físico e dos treinadores de desporto, sendo fundamental o envolvimento da Família. No entanto, a aquisição de comportamentos ativos e saudáveis tem de se iniciar antes da entrada formal na escola.
Considerando o tempo que as crianças passam na escola é provavelmente o ambiente escolar que promove uma das influências mais importantes no comportamento de prática de atividade física das crianças, a par do contexto familiar. Neste sentido, deve a escola ser promotora de programas integradores e estruturados que por um lado permitam à criança a vivência de experiências agradáveis, ao nível da prática de atividades físicas, mas que por outro lado permitam o seu desenvolvimento cognitivo, físico e motor, de forma harmoniosa.
Não obstante, a promoção de prática de atividade física não deve ficar apenas confinada às aulas de educação física. Deve também expandir-se para o recreio escolar, para as atividades desportivas extra-escolares e principalmente para os tempos livres das crianças. Há indícios preocupantes de que as crianças apresentam, atualmente, menores níveis de atividade física como consequência da generalização dos meios de transporte e da forte atração que revelam por atividades mais sedentárias na ocupação dos tempos livres tais como televisão, vídeo, jogos de computador, entre outros. Torna-se de particular importância dar atenção ao excesso de tempo que a criança passa na posição sentada, bem como as respetivas consequências para a sua saúde. Assim, a educação e a promoção de uma vida ativa e saudável da criança começa na Família, desde cedo, em linha com as Recomendações Internacionais e com a Estratégia para a Promoção da Atividade Física. Os Encarregados de Educação deverão conhecer as recomendações e propostas dos Professores de Educação Física e dos Profissionais do Exercício especializados na intervenção com crianças.
Como estratégias práticas em que o movimento é fundamental, torna-se necessário:
Atendendo às evidências existentes relativamente ao papel da atividade física e do exercício/ desporto na saúde e desenvolvimento da criança, bem como as suas consequências na vida adulta, torna-se imprescindível promover hábitos e comportamentos saudáveis, incluindo a alimentação e o sono, a par da aquisição de estilos de vida ativos. Assumindo-se que as crianças passam a maior parte do seu tempo na escola, é aqui que deve existir uma intervenção precoce dos professores de educação física, dos fisiologistas do exercício, dos técnicos de exercício físico e dos treinadores de desporto, sendo fundamental o envolvimento da Família. No entanto, a aquisição de comportamentos ativos e saudáveis tem de se iniciar antes da entrada formal na escola.
Considerando o tempo que as crianças passam na escola é provavelmente o ambiente escolar que promove uma das influências mais importantes no comportamento de prática de atividade física das crianças, a par do contexto familiar. Neste sentido, deve a escola ser promotora de programas integradores e estruturados que por um lado permitam à criança a vivência de experiências agradáveis, ao nível da prática de atividades físicas, mas que por outro lado permitam o seu desenvolvimento cognitivo, físico e motor, de forma harmoniosa.
Não obstante, a promoção de prática de atividade física não deve ficar apenas confinada às aulas de educação física. Deve também expandir-se para o recreio escolar, para as atividades desportivas extra-escolares e principalmente para os tempos livres das crianças. Há indícios preocupantes de que as crianças apresentam, atualmente, menores níveis de atividade física como consequência da generalização dos meios de transporte e da forte atração que revelam por atividades mais sedentárias na ocupação dos tempos livres tais como televisão, vídeo, jogos de computador, entre outros. Torna-se de particular importância dar atenção ao excesso de tempo que a criança passa na posição sentada, bem como as respetivas consequências para a sua saúde. Assim, a educação e a promoção de uma vida ativa e saudável da criança começa na Família, desde cedo, em linha com as Recomendações Internacionais e com a Estratégia para a Promoção da Atividade Física. Os Encarregados de Educação deverão conhecer as recomendações e propostas dos Professores de Educação Física e dos Profissionais do Exercício especializados na intervenção com crianças.
Como estratégias práticas em que o movimento é fundamental, torna-se necessário:
- "Dar espaço" à criança para brincar e mexer-se livremente em interação com o ambiente;
- Incutir o mais cedo possível hábitos de prática física em contextos mais formais ou informais. Como exemplos, a daptação ao meio aquático, caminhadas, jogos, transporte ativo para a escola, ginástica, entre outros, são atividades que se podem iniciar muito cedo, ainda na fase pré-escolar;
- Promover a prática de desportos coletivos, desportos de combate, natação, ginástica, dança, bicicleta, entre outros, que são exemplos de atividades que se podem iniciar no 1º ciclo;
- Conhecer as várias formas de exercício/ desporto atualmente disponíveis, que mais agradem à criança/ jovem, ao nível do desporto escolar, de clubes ou centros desportivos, de atividades de tempos livres, ou de desporto de natureza;
- Procura de profissionais de desporto/ exercício especializados nas atividades pretendidas - principalmente no que se refere à avaliação da condição física, à prescrição do exercício e à intervenção pedagógica - de forma a melhor serem adequadas à idade e capacidade da criança e respeitada a progressão na aquisição das respetivas competências motoras;
- Perceber que o foco deverá ser o volume semanal de atividade física (em tempo e intensidade), ou seja, realizar no mínimo 60 minutos/ dia de atividade física moderada a vigorosa, que resulte de diferentes tipos de exercícios/ modalidades que sejam do interesse e gosto da criança, e que promovam e fortaleçam as componentes aeróbia, muscular e óssea;
- Valorizar e elogiar as progressões e objetivos alcançados pela criança, quer seja na educação física e no desporto escolar, quer nas atividades físicas extra-escolares recreativas ou competitivas;
- Respeitar os necessários períodos de brincadeira livre, alimentação adequada, repouso e sono, entre as sessões de atividade física;
- Ensinar à criança a importância de um estilo de vida saudável e ativo que com certeza significará ganhos no futuro ao nível da saúde e desenvolvimento, transmitindo exemplos positivos;
- Limitar o "tempo de écran" e o "tempo sentado", evitando a "especialização" em sedentarismo e excesso de jogos virtuais.
Visto isto, importa então referir os benefícios da prática de exercício físico/ desporto nas crianças e jovens e que podem ser sintetizados nos seguintes:
Por outro lado, o contexto desportivo implica a incorporação de valores, o respeito por regras e pelas outras pessoas, a aprendizagem sobre os limites individuais e coletivos, a gestão do sucesso e também do insucesso e, particularmente, a definição de objetivos e de uma disciplina, inerentes ao desporto, mas também aplicáveis a diversas situações ao longo da vida.
- Melhoria da capacidade e eficiência em realizar tarefas motoras básicas e tarefas motoras desportivas (aumento da disponibilidade motora);
- Melhoria dos resultados dos testes físicos aplicados nas escolas (ex.: Fitnessgram do Cooper Institute for Aerobics Research, ou Plataforma FITescola);
- Melhoria da composição corporal;
- Regulação e controlo do excesso de peso e da obesidade;
- Regulação e controlo da pressão arterial elevada;
- Prevenção de doenças cardiovasculares e outras;
- Possível prevenção de lesões músculo-esqueléticas;
- Melhoria da coordenação e equilíbrio (agilidade, ritmicidade, orientação espacial...);
- Melhoria da força e flexibilidade e desenvolvimento de posturas corretas;
- Melhoria da cognição, concentração e memória;
- Criação de efeitos psicológicos positivos: melhoria da autoconfiança e da autoestima, melhoria do humor, diminuição do stress e ansiedade, prevenção e regulação de estados depressivos;
- Promoção da convivência em grupo, divertimento e bem-estar;
- Implementação da disciplina e do respeito pelos outros;
- Estabelecimento de objetivos pessoais;
- Estabelecer o exercício físico como um interesse a manter ao longo da vida, habituando a um estilo de vida saudável.
Nesta sequência, apresenta-se também uma prescrição do exercício para crianças e adolescentes, adaptado da American College Sports Medicine (ACSM, 2017):
Em suma, estão atualmente bem estabelecidos do ponto de vista social e científico, quer os benefícios da atividade física para a saúde pública, quer os riscos e custos do sedentarismo. As evidências científicas são esclarecedoras relativamente ao facto de o exercício físico, nas suas diferentes formas e estímulos proporcionados, e na sua adaptação às diferentes caraterísticas da população-alvo (neste caso, as crianças e jovens), ser um instrumento de saúde pública eficaz e que envolve recursos financeiros substancialmente inferiores, relativamente a outras intervenções, quer de prevenção quer de tratamento. Assim, torna-se fundamental promover a atividade física nesta fase da vida, favorecendo um estilo de vida mais saudável. Sem desculpas. Porque queremos os nossos filhos mais saudáveis e mais felizes!
Rita Santos Rocha
Rita Santos Rocha
domingo, 19 de novembro de 2017
Sou Licenciada em Ciências do Desporto e sou:
- Professora Coordenadora na Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM) do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém);
- Investigadora do Neuromechanics of Human Movement Group do Centro Interdisciplinar de Estudo da Perfomance Humana (CIPER) da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa;
- Formadora na área do Fitness e Ginástica para Todos na FGP, CEF, ACSM, Reebok University, entre outros (desde 1996);
- Membro da Comissão Científica da Escola Nacional de Ginástica da Federação de Ginástica de Portugal (FGP), desde 2006;
- Integro o Profissional Standards Comittee da EuropeActive (ex- European Health & Fitness Association) Bruxelas, desde 2011.
Relativamente à formação académica, para além da Licenciatura, conto com:
- Doutoramento em Motricidade Humana - especialização em Saúde e Condição Física;
- Pós-Graduação em Epidemiologia Prática
- Mestrado em Exercício e Saúde
Receitas saudáveis para toda a Família
sábado, 18 de novembro de 2017
As sugestões para esta semana podem fazer as delícias de toda a Família. Vamos ficar à espera que experimentem e nos digam como correu.
Voltamos a trazer uma receita de carne e uma sobremesa, sugestões da Nutricionista Sofia Rodrigues e a receita de peixe presente no site A Pitada do Pai. Esta última originalmente de frango, mas referida no site como podendo fazer-se com bacalhau ou outro peixe.
Esperamos que gostem da seleção.
Almôndegas de frango e espinafres
- 600g de peito de frango picado;
- 150g de espinafres cozidos e bem escorridos;
- 1 ramo de cebolinho;
- 50g de pão alemão ralado;
- 1 ovo;
- 1/2 colher de café de cominhos em pó;
- sal e pimenta a gosto;
- 2 alhos.
Preparação:
- Misture todos os ingredientes e molde pequenas bolas (almôndegas);
- Coloque 1 colher de sopa de azeite numa frigideira anti-aderente e aloure as almôndegas OU
- Corte e pique 1 cebola e 2 tomates e coloque no fundo de um tacho. Disponha as almôndegas em cima, adicione um fio de azeite e leve o tacho ao lume, deixando cozinhar cerca de 30 a 40 minutos.
Sugestão de almoço/ jantar para as crianças:
- 3 pequenas almôndegas + 3 colheres de sopa rasas de quinoa ou puré + salada.
Bacalhau à "brás" com esparguete de curgete
- 500g de bacalhau (também podem usar frango ou peru, outro peixe ou tofu);
- 2 curgetes (em esparguete);
- 5 ovos;
- 1 cebola;
- 1 fio de azeite;
- salsa picada;
- flor de sal (a gosto).
Preparação:
- Numa frigideira coloque um fio de azeite juntamente com a cebola picada;
- Adicione o bacalhau e quando estiver quase cozinhado, junte o esparguete de curgete;
- Adicione os ovos e vá mexendo até estes estarem cozinhados;
- Sirva com salsa picada.
Gelado de fruta
- 2 bananas maduras congeladas;
- 1/2 manga congelada (aos quadrados);
- 6 morangos maduros (congelados).
Preparação:
- Retire do congelador e com a ajuda de um robot de cozinha triture tudo até obter um creme. Sirva de imediato.
O Pai, a Mãe e Eu
Introdução dos alimentos no primeiro ano de vida
No que respeita à diversificação alimentar, não existem diretrizes rígidas nem receitas preconizadas, variando as indicações de acordo com as crenças de cada profissional ou instituição. No entanto, há associações internacionais que dão algumas orientações que deverão ser adaptadas por cada profissional.
Há que ter também em atenção as caraterísticas de cada criança e Família, os aspetos culturais e as condições socioeconómicas, o que torna todo este processo de introdução de novos alimentos mais flexível.
O Pai, a Mãe e Eu resolveu fazer um resumo do que possa ser comum. Mas, antes disso, é importante das a conhecer ou relembrar alguns aspetos.
O Pai, a Mãe e Eu resolveu fazer um resumo do que possa ser comum. Mas, antes disso, é importante das a conhecer ou relembrar alguns aspetos.
- A alimentação complementar deve ser iniciada entre os 4-6 meses, se o bebé for alimentado com leite artificial e 6 meses no caso do aleitamento materno, tendo em conta as indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
- É a partir dos 4 meses que o bebé começa a adquirir uma maior maturidade do aparelho digestivo, uma maior estabilidade do maxilar e pescoço, o que faz com que esteja preparado para iniciar esta aventura dos sabores e texturas.
- É entre os 5 e os 8 meses que se dá a passagem progressiva da sucção para a mastigação, pelo que é importante estimular esta competência, havendo a necessidade de oferecer os alimentos progressivamente mais sólidos de forma a exercitar a mastigação.
- Torna-se importante iniciar os sólidos antes dos 10 meses de vida, uma vez que existe risco de aumentar as dificuldades alimentares caso se iniciem posteriormente.
- Caso o bebé demonstre não gostar de um alimento ou sabor, este dever ser oferecido continuamente para que a criança se possa habituar e aprender a gostar. A janela de habituação aos sabores começa a encerrar aos 2 anos e encerra definitivamente aos 3 anos.
- O glúten não deverá ser introduzido antes dos 4 meses, mas deverá sê-lo a partir desta altura e até aos 7 meses, de forma gradual.
- O bebé nasce com o gosto inato para o doce e uma aversão ao amargo. A preferência pelo salgado desenvolve-se a partir do 2º semestre de vida.
- Não adicionar sal a nenhuma das refeições elaboradas para os bebés. Quanto mais tarde melhor, mas na impossibilidade de adiar, iniciar apenas aos 12 meses.
- Aos 12 meses de vida, a criança deve iniciar a dieta familiar.
4-6 Meses
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Permitidos
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Proibidos
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Recomendações
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Puré/ caldo
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Batata
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Espinafre
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- No puré devem
juntar 4 a 5 legumes.
- Um novo alimento deve ser introduzido 2-3 dias após o
anterior para se poder habituar aos sabores e de forma a perceber a
existência de alergia.
- Como os legumes não têm gordura, deve adicionar cerca de
5-7,5 mL de azeite após a sopa estar feita, por cada dose
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Cenoura
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Nabo
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Abóbora
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Nabiça
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Cebola
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Beterraba
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Alho
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Aipo - Devem ser introduzidos após os 12 meses
devido aos fitatos e nitratos que impedem a absorção de alguns minerais
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Alho francês
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Alface
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Curgete
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Bróculo
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Couve branca
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Carne
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Frango
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- Iniciar com porções de 10g e ir aumentando gradualmente
até atingir os 25-30g
- Oferecer 4 vezes por semana
- Aos 7 meses
pode ser confecionada com farinha de pau ou açorda (tal como o peixe)
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Peru
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Borrego
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Avestruz
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Coelho
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Vitela (em último lugar)
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Peixe
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Pescada
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- Iniciar com porções de 10g e ir aumentando gradualmente
até atingir os 25-30g
- Oferecer 3 vezes por semana (alternar com a carne)
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Linguado
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Solha
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Faneca
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Pargo
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4-6 Meses
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Indicações
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Recomendações
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Papas
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Lácteas (que têm leite) – devem ser
preparadas com água fervida
Não lácteas (não têm leite) – Devem ser
preparadas com o leite que o bebé bebe habitualmente
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- Quando iniciar a alimentação complementar deverá iniciar
com o puré de legumes, já que os bebés vêm com a preferência inata do doce.
- 1 refeição deve ter 30 a 50g de farinha (2 a 5 colheres
de sopa rasas)
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6-10 Meses
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Permitidos
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Proibidos
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Recomendações
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Fruta
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Maçã (cozida ou assada com casca e
caroço)
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Citrinos (Laranja, tangerina,
clementina, limão) - Oferecer
a partir dos 9 meses
Kiwi, Maracujá, Frutos silvestres (morangos,
framboesas, amoras e groselhas) - Não oferecer antes dos 12 meses,
principalmente se há história de alergias familiares
- Frutos oleaginosos (noz, amendoim,
amêndoa, pinhão) - Não dar antes dos 24 meses por risco de
alergia
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- A fruta não deve substituir uma refeição;
- Não deve misturar frutas para que a criança consiga
diferençar os paladares;
- Devem ser consumidos em forma de papa (cada vez com uma
textura maior) e não em forma de sumo;
- Frutos secos (figo, ameixa, damasco, uva passa) podem
ser introduzidos aos 9 meses. Devem ser triturados e adicionados à papa ou no
iogurte natural. Se possível demolhados para retirar parte do açúcar. 1 a 2
unidades.
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Pera (cozida ou assada com casca e
caroço)
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Banana
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Papaia
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Pera-abacate
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Manga
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6-10 Meses
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Permitidos
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Proibidos
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Recomendações
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Ovo
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Gema (9 meses)
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Clara - Introduzir apenas aos 11 meses. Em caso
de alergia só voltar a introduzir aos 24 meses
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- Iniciar com ½ gema por refeição, por semana, durante 2 a
3 semanas, seguido de 1 gema por refeição, por semana, durante 2 a 3 semanas.
- Quando se oferece gema, não adicionar carne ou peixe
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Leguminosas
(9 meses)
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Feijão
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________
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- Iniciar com feijão fradinho branco ou preto e lentilhas
- Demolhar previamente
- Retirar as cascas e oferecer em pequenas porções
- Na alimentação vegetariana, por serem a maior fonte de
proteínas, a sua introdução deverá ocorrer mais cedo.
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Ervilhas
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Fava
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Lentilhas
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Grão
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Iogurte e queijo
(9 meses)
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Iogurte natural
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Queijo fresco aromatizado,
Sobremesas lácteas, Gelados e natas - Apenas aos 24 meses
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- Deve ser oferecido num lanche, em alternativa ao leite
ou papa e não como sobremesa.
- Natural, sem aromas e sem adição de açúcar ou natas.
- Leite de vaca só pode ser introduzido depois dos 12
meses, preferencialmente 24-36 meses.
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De seguida apresentaremos uma sugestão de plano alimentar, com número de refeições, tendo em conta a idade do bebé.
N.º de refeições/ dia
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Tipo de refeições
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Recomendações
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4 meses
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5 a 6
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1 refeição puré ou papa
Restantes refeições de leite
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Se o bebé não gostar, insistir no dia seguinte
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5 meses
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5
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1 refeição de papa de cereais
1 refeição de puré de legumes + sobremesa de fruta
Restantes refeições de leite
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- Após 2 semana de puré de legumes, preparar caldo de
carne (3-6 dias)
- Pode fazer o puré e conservá-lo no frigorífico, bem
acondicionado, durante 48h
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6-7 meses
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5
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= aos 5 meses, usando caldo de carne/ peixe
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8 meses
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5
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1 refeição de papa
2 refeições puré de legumes + sobremesa de fruta (almoço e
jantar)
Restantes refeições de leite
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9-10 meses
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4 a 5
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= 8 meses, mas agora alternar a carne e o peixe com a gema
de ovo
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Aos 10 meses oferecer 1º e 2º prato ao almoço e jantar.
Neste caso deve ser retirado a carne/ peixe/ ovo da sopa
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12 meses
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4 a 5
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= 9/ 10 meses
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O Pai, a Mãe e Eu
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