Anualmente nascem cerca de quinze milhões de recém-nascidos prematuros, em todo o mundo.

A Organização Mundial da Saúde (2003) define prematuro como todo aquele que nasce com menos de 37 semanas de gestação, independentemente do peso à nascença e como recém-nascido de muito baixo peso, todos os recém-nascidos com peso ao nascimento inferior aos 1500g, independentemente da idade gestacional. Considerando-se que a prematuridade quando associada ao baixo peso ao nascimento, acarreta efeitos negativos consideráveis para a sobrevivência e desenvolvimento dos recém-nascidos, além do inevitável e importante impacto socioeconómico para as várias comunidades.

Se, por um lado, o desenvolvimento tecnológico permite uma melhoria dos cuidados prestados e a uma melhoria da saúde, por outro lado torna-se um entrave ao desenvolvimento da vinculação precoce entre pais e filhos.

Nas sociedades ocidentais verifica-se um recurso excessivo à tecnologia, nomeadamente no momento do parto, encontrando-se mãe e filho privados de um contato precoce efetivo, principalmente quando se trata de um parto prematuro ou em situações que, quer mãe quer filho, apresentem situações clínicas que impeçam este contato. A qualidade do contato inicial entre mãe e filho é fundamental para o desenvolvimento de uma vinculação saudável e promotora do desenvolvimento da criança, tornando-se extremamente fundamental em situações de risco, como a prematuridade.


Numa altura em que a humanização dos cuidados de saúde e a qualidade dos mesmos é o foco central dos cuidados prestados, torna-se indiscutível a adoção de novas estratégias de cuidados capazes de melhorarem os mesmos, como o Método Canguru, considerando indispensável ao bem-estar de pais e filhos e à excelência dos cuidados.


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