No primeiro mês de vida, um bebé de termo passa grande parte do tempo a dormir, mas à medida que cresce e desperta para tudo o que o rodeia o seu ciclo de sono-vigília sofre alterações, passando a tornar-se mais semelhante ao da família, na medida em que dorme mais durante o período noturno e o número de sestas diurnas diminui.
É durante o sono que os bebés recuperam as suas energias e quando se dá a libertação da hormona do crescimento pela hipófise (glândula localizada a nível cerebral). Desta forma compreende-se que os bebés têm de  "Dormir Bem para Crescer Bem".
O quadro seguinte ilustra o número de horas médias que um bebé dorme ao longo do seu crescimento.


Ao analisarmos o quadro conseguimos facilmente perceber que o sono é bastante diferente do que tomamos como habitual num adulto, não sendo de estranhar que os pais numa fase inicial de adaptação estejam mais exaustos, apesar de tudo valer a pena para sermos brindados com um sorriso desdentado.
Relativamente aos bebés prematuros tudo é um pouco diferente, dado que estes bebés têm necessidades aumentadas de sono e por isso é muito importante respeitá-las, cabendo aos pais garantir um ambiente o mais tranquilo possível com o mínimo de estimulação sensorial.
Um artigo de revisão que consultámos para elaborar este tema e que foi publicado no Jornal de Pediatria do Brasil, utilizou o resultado das ecografias realizadas durante a gravidez para perceber o sono do feto.
Assim, constataram que (no feto) só às 32 semanas de gestação é que se pode verificar a existência de sono NREM, atingindo a sua forma madura às 36 semanas de gestação. Verificou-se, desta forma, que o feto dorme a maior parte do tempo que passa in utero, sendo que 80% desse tempo é caracterizado por sono REM.
Por outro lado, verificaram também as alterações que se verificam durante o crescimento do feto são semelhantes às do bebé prematuro com a mesma idade gestacional, no entanto diferem no comportamento. Pensa-se que se deve ao facto de o feto e o bebé prematuro terem diferentes vivências, sendo uma das quais o nascimento e as alterações que ocorrem com este processo. Outro fator importante é o meio ambiente.
Durante o internamento, o bebé sofre imensos estímulos, muitos deles nocivos (como estímulos dolorosos, ruído, intensidade da luz, ...) que podem favorecer negativamente o seu desenvolvimento. É por estas razões que nas Unidades de Neonatologia de todo o país cresce diariamente a preocupação em limitar ao máximo todos estes estímulos e promover o repouso adequado por parte do bebé.