Os procedimentos dolorosos, ocorram eles em que momento da vida ocorrerem, são situações que promovem stress. Stress nas crianças e nas famílias que assistem com a frustração provocada pela ideia de que nada podem fazer.

Antigamente pensava-se que quanto mais pequena e prematura fosse a criança, menor a sua sensibilidade à dor. Pensamento completamente incorreto e já com vários estudos realizados que o inviabilizam.

Numa Neonatologia ou outro serviço de internamento em pediatria dispomos de medidas não farmacológicas (à parte a contenção, luminosidade, etc) que podemos utilizar e que ajudam na minimização deste stressor.

Nos centros de saúde não dispomos dessas alternativas, mas há sempre técnicas que poderemos utilizar e que são medidas não farmacológicas que denunciam boas práticas de cuidados. Vamos então enumera-las.

- Amamentação: Amamentar o seu bebé durante a realização do teste do pezinho ou durante a administração de vacinas diminui consideravelmente a sensação de dor. Acontece que, a partir dos 4 meses esta medida poderá começar a deixar de ser uma medida eficaz, dado que o bebé começa a ficar mais atento ao que o rodeia, deixando de mamar assim que alguém se aproxima.

- Chupeta: caso não amamente ou o seu filho utilize a chupeta e seja uma forma de o acalmar, esta consegue fazer magia e regular a criança nesta altura.

- Contenção e tom de voz (antes dos 12 meses de vida do bebé): a alternativa à amamentação, caso isso não coloque em causa a segurança de nenhum dos intervenientes (pais, bebé, enfermeira), é mesmo a contenção. Pode pegar no seu bebé ao colo e aconchega-lo, falar-lhe docemente e encorajá-lo.

Assim que o bebé completa 12 meses de vida, as vacinas deixam de ser administradas nas pernas e passam a sê-lo nos braços.

Nesta altura a contenção, o abraço, é fundamental.

É importante saber que a sua reação perante este procedimento influenciará sobremaneira a forma como o seu filho reagirá. Por isso mantenha o tom de voz tranquilo e baixo, a contenção que faz com que perceba que está ali para ele e a apoiá-lo. No final, independentemente da reação que ele tiver, elogie-o. Diga-lhe que foi muito corajoso e que não tem mal chorar. Que percebe que tenha sido doloroso e que entende que essa foi a melhor forma que encontrou para se expressar.

Dependendo da idade da criança, poderá prepará-lo para o procedimento que terá lugar no dia a seguir ou daqui a alguns minutos (para as crianças mais pequenas).

É importante que a criança se sinta compreendida, apoiada e respeitada, já que a vacinação é o "bicho-papão" dos mais pequenos (e de alguns graúdos também).


o pai, a mãe e eu