É autista, é cego, é sobredotado, é hiperativo, é disléxico, é diabético... é um ser humano e é isto que é.

É uma doença, é um distúrbio, é uma malformação, é uma alergia, é um feitio, é uma deficiência... é uma criança e é isto que é.



É genético, é da alimentação, é hereditário, é ambiental, é comportamental, é sobrenatural... é um filho e é isto que é. 

É diferente, é inteligente, é "bicho-do-mato", é parvo, é inseguro... é uma pessoa que amamos e é isto que é!

Para mim sempre foi uma atitude simples de tomar. Sempre pensei assim. Nunca me foram importantes os nomes das coisas. Categorizar, rotular, para quê? Criar fantasmas e alimentá-los? Gastar energia na busca de respostas quando isso não vai mudar nada? Considero que para quem estuda, investiga e tem interesse num determinado assunto, aí sim deve ir ao pormenor de tudo, ao cerne da questão, conhecer as variáveis todas, os sintomas, as respostas possíveis, até para conseguir ajudar quem precisa. Agora para quem tem a bênção de ter um filho como eu tive, nada disso importa. Dar nome ao que ele tem sempre teve uma importância relativamente pequena para mim. Já detetar os problemas e saber o que fazer para ultrapassá-los foi e continua a ser uma luta que vou levar pra vida! 

O importante é saber ouvir, saber observar, confiar no instinto e ter a humildade de aprender com os outros. Temos de conhecer o nosso filho, independentemente do nome que possa estar associado a ele. Só conhecendo nele as suas virtudes e as fraquezas o posso encaminhar na vida de modo a que seja uma pessoa acima de tudo feliz... é esta a minha missão. Ajudá-lo a ultrapassar os obstáculos que a vida lhe colocou. Mas vamos juntos nesta caminhada... sem procurar respostas, mas sim soluções! 

É o que é... e o resto não importa para nada. 


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