A primeira palavra...

De certeza que se lembram qual foi a primeira palavra do(a) vosso(a) filho(a) e do turbilhão de sentimentos que a acompanharam: emoção... alegria... orgulho...
Ouvir os nossos filhos dizerem a sua primeira palavra é algo de marcante que enche o coração e que nos faz crescer como Mães e Pais abrindo-nos a porta a um novo mundo de interação e descoberta que nos acompanhará para o resto da vida: o mundo da linguagem, da comunicação verbal. "E lá dentro (do coração de mãe/ pai) abre-se uma janela sempre que um filho aprende uma nova palavra." (In: "Coração de mãe". Martins, I., Carvalho, B.. Planeta Tangerina. Carcavelos. 2008)
Mas algo que surge, aparentemente, assim tão espontânea e inesperadamente será que se desenvolve também assim? De um momento para o outro? Ou será que é algo que se inicia bem "lá" atrás e que vai "marinando" em segundo plano até ao grande momento? De onde vem? Do que depende? O que o pode alterar ou por outro lado facilitar?
A maior parte das crianças demora cerca de um ano ou mais até conseguir pronunciar as suas primeiras palavras e como aprendem tudo por imitação, têm nos pais os maiores professores nesta tarefa. Reconhecer que os sons que desde cedo aprenderam a imitar e repetir, fazendo longas brincadeiras (balbuciar, palrar), provocam reações no meio envolvente é algo fantástico e que estimula a criança a continuar esta troca em que, de acordo com a reação que recebe às suas produções, percebe que quando quer determinada "coisa" tem que fazer determinado som.
Com o passar do tempo e através deste jogo, a criança vai desenvolvendo a capacidade de juntar sons fazendo combinações que soam cada vez mais semelhantes àquilo que ouve à sua volta.


Joana Fortunato
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